— Poxa mãe , eu tenho dezesseis anos — digo ouvindo ela gritar sem parar.— Desde quando dezesseis anos é ser adulto Jeremy? Você está fumando Desde quando? Seu pai já sabe disso? Meu Deus eu tenho que resolver tudo sozinha nessa casa.
— Pelo amor de Deus mãe — suplico — para de gritar.
— Onde dormiu noite passada? — ela pergunta e eu franzo o cenho — Diga Jeremy.
— No quarto de uma garota da faculdade. Mas eu voltei, acordei em casa, não foi?
Sou sincero , eu sabia que ela não me deixaria sair dali sem confessar onde eu estava.
— Garota da faculdade — ela ri — elas que te dão isso?
Ela aponta pra mesa onde estava meu maço de cigarro e eu não consigo prender o riso.
— Acha que elas que me dão cigarro? Porra mãe, são cigarros e não maconha.
— Você já fumou maconha Jeremy? — ela surta e eu me arrependo de abrir a boca.
— Não mãe, claro que não — minto e ela nega quase chorando.
— Eu desisto, seu pai que tente — ela diz enquanto anda pela sala — está de castigo.
— Por causa do cigarro?
— Não vai sair mais anoite — ela diz e eu nego me levantando e ela aponta o dedo pra mim — e vai levar a Penélope todos os dias para escola.
— Oque? — meio que nego e ela assente.
— Vai saber como é se sentir frustrado — ela diz e eu nego e logo a loira aparece novamente comendo um pedaço de bolo.
— Mãe — suplico e ela cruza os braços.
Todos sabiam como Penélope me irritava desde criança, e usar isso contra mim é muita sacanagem.
— Penélope pode ajudar o Jeremy com as atividades?
Minha mãe diz se sentando pegando o controle da televisão e Penélope me olha e assente e eu nego, isso é jogo sujo.
Subo as escadas sem paciência alguma e rezo pra que Penélope não me siga. Jogo a bolsa na cama e bato a porta e nego novamente quase chutando minha mesinha, mas decido ir tomar banho, minha cabeça estava doendo demais e eu precisava relaxar, eu só quero dormir agora.
Seguro a toalha em volta do meu quadril e saio do banheiro pingando água e vejo Penélope sentada na minha cama concentrada em seu celular, mas logo me olha e desce seu olhar pelo meu abdômen.
— Sua mãe disse pra mim te ajudar com as atividades — ela diz e eu nego.
— Não precisa, estou numa boa — digo puxando minha roupa e ela continua me encarando — não vai sair?
— Ah...sim, eu vou — ela meio que ri e sai fechando a porta e eu nego meio que sério e me visto.
E a primeira coisa que eu faço é ligar para o meu pai, que atende de primeira, com certeza ele sabia oque estava acontecendo, tudo minha mãe corre pra contar pra ele.
— Pai, você precisa parar ela — praticamente imploro na chamada e ouço ele ri.
— Sabe como sua mãe é — ele meio que respira fundo — aguente a consequência dos seus atos.
— Qual é pai, um cigarro não é motivo pra isso — digo indignado — ela quer que eu leve a Penélope pra escola todo dia pô, sacanagem.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanfictionUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...