— Como você está? — quando ouço a voz da minha mãe meio que fico surpresa, ainda mais por ser ela perguntando algo. Ela quase nunca se importa.
— Péssima — dou de ombros e ela solta o garfo sobre seu prato e eu continuo fazendo meu sanduíche.
— Precisa comer comida de verdade Penélope.
— Não consigo.
Realmente eu não consigo, estou comendo sanduíches por me sentir muito fraca e saber que preciso comer algo, então eu opino pelo sanduíche ou frutas.
— Quer ir ao médico amanhã novamente?
— Não — nego e respiro fundo — médico nenhum vai curar isso.
— Quer finalmente me dizer a razão de você e Drew terem terminado?
— Pra me dizer que você tinha razão? Que Drew não gosta de mim?
— Eu nunca diria isso — ela diz e eu apenas respiro fundo e assenti.
— Vou subir, boa noite mãe.
Saio da cozinha e passo pela sala subindo a escada e por um segundo olho para o sofá e sinto falta de ver Louise assistindo e minha mãe lendo livros ao seu lado.
Eu preciso visitar Louise, não quero que ela pense que não faz alta, pois ela faz, e muita.
Meu celular toca e vejo o nome do Luan na tela e sorrio fraco.
Luan se aproximou muito, e sei que ele sente pena, talvez seja apenas por isso que tenta me tirar de casa, mas sempre recuso seus passeios pelo condomínio. E então acabamos que ficando aqui, maratonando filmes e ele me conta sobre as aulas que eu estou perdendo.
— Oi.
— Loirinha, tenho um convite.
Ele diz e eu franzo o cenho enquanto mordo meu sanduíche.
— Hm? — murmuro.
— Acampar, e fazer uma trilha bacana. Topa? Esse final de semana.
— Como assim acampar Luan? Ficou louco? — pergunto rindo — Tenho cara de que gosto de lugares com insetos e terra?
— Não parei pra pensar nisso.
— Pois pense, pois eu não me vejo em um lugar assim — nego mesmo sabendo que ele não está me vendo.
— Ao menos pense — ele pede.
— Não preciso pensar, não vou acampar com você Luan.
— Não vai mesmo — a voz rouca me faz me virar e abaixo o celular e também meu sanduíche.
Notando Drew me encarar do lado de fora do meu quarto e engulo seco pela surpresa e apenas encaro meu celular e clico em finalizar chamada.
— Oque faz aqui? — as palavras saem da minha boca e ele entra, sério. Meu coração praticamente salta pela boca.
— Está com esse merda? — ele pergunta nervoso e eu respiro fundo.
— É por isso que veio?
— Eu vim saber se está bem, mas parece que está ótima. Não é?
— Acha que eu estou bem depois de me chutar da sua vida?
— Não fiz isso — ele nega — apenas acabei o nosso lance.
— Lance? — pergunto com raiva e nego me virando de costas pra ele e ouço ele soltar uma lufada de ar.
— Não te quero perto desse cara — ele diz e eu reviro os olhos e me viro o encarando.
— Não pode me pedir isso, não somos namorados lembra?
Digo cruzando os braços e ele se aproxima e passa a mão sobre seu topete.
— Ele não merece sua confiança, porra.
— E você merece? — retruco e ele molha os lábios e nega com raiva.
— Não estamos falando de mim, e sim desse filho da puta — ele diz próximo, tão próximo que consigo sentir o cheiro de seu perfume.
— Ao menos ele não me trata feito um lixo.
— Oque foi? Vai me dizer que já está apaixonada por ele? — Drew pergunta com raiva e eu dou de ombros.
— E se eu tiver? — isso o pega de surpresa, e consigo ver ódio em seu olhar e ele passa a mão no rosto e me segura de uma vez me assustando.
Sinto sua boca se encostar nos meus lábios e coloco minhas mãos sobre seu peito e abro a boca deixando que ele me beije, o beijo é quente e rápido, mostrando o quão nossas bocas sentiam falta de uma da outra.
Drew vai me empurrando pra cama lentamente até que eu caia sentada e ele se deita sobre mim que deito minhas costas sobre meu colchão, e não demorou nem dois segundos para aquele beijo virar um amasso.
— Drew — sussurro quando sinto sua mão em meu seio — por que isso?
Ele para de me tocar e tira seus lábios do meu pescoço e fecha os olhos por alguns segundos.
— Não me diz que veio aqui só pra transar — mostro decepção em minha voz e ele se senta na minha cama encarando suas mãos e nega.
— Não, sinceramente não estou com cabeça nem pra isso — ele diz rouco.
— Quer conversar?
Pergunto tocando seu ombro e ele nega levantando e respira fundo antes de encarar meus olhos.
— Ainda rola uma química entre a gente, só isso — ele dá de ombros — eu só vim aqui dizer que... fique longe desse cara Penélope.
— Você é um idiota sabia?
Digo negando e me levanto magoada pelo que acabou de acontecer e abro a porta pra ele sair e ele passa a mão sobre o rosto.
— Quero o seu bem — ele diz parando na minha frente.
— Se quisesse mesmo isso, não teria me tratado feito uma vadia — digo e ele molha os lábios, pensa sobre algo e depois encara o meu rosto e apenas assente.
— Se cuida.
É tudo que ele diz antes de sair do meu quarto e eu nego com raiva batendo a porta e me escorando nela em seguida com os olhos fechados.
Por que eu tenho que amar tanto esse garoto meu Deus? Isso é uma tortura contra meu coração.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanfictionUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...