104 - Drew Bieber

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— Eu disse essas coisas de cabeça quente! E Julie sempre aumenta, vocês sabem disso.

Digo aos meus pais que estavam no meu pé a quase uma hora, e eu não estou com cabeça pra falar de Penélope com ninguém.

— Como pode fazer isso filho? Deixar acontecer e a maltratar assim? — mamãe pergunta decepcionada e vejo meu pai me encarando.

— Eu conversei contigo, perguntei se era pra valer. Oque rolou? As coisas não é como você está pensando não, garoto! Penélope além de ser da família, é uma garota que precisa ser tratada de uma forma decente.

— Vai se desculpar com ela — minha mãe diz séria — e depois disso com os pais dela, pois Penélope não é nenhuma vagabunda não. Me ouviu?

— Eu nunca trataria ela como uma — meio que penso alto e eles continuam sérios.

— Não vê? Você fez exatamente isso Jeremy, onde já se viu dizer algo assim? Que se cansou. Ela não é um objeto meu filho.

— Vai consertar isso — meu pai diz e eu passo a língua sobre o lábio.

— Tem muita coisa acontecendo, prefiro deixar as coisas como estão — digo e eles negam.

— Ela está a dias sem ir à escola Drew — minha mãe diz e eu respiro fundo.

Confesso que também estou preocupado com Penélope, é foda assistir às merdas das aulas e encarar sempre a cadeira dela vaga, sinto falta dela, toda hora, porra.

— Eu gosto dela — confesso notando meus pais me encararem — gosto pra caralho.

— Gosta? — minha mãe ri negando — Jeremy eu juro que estou perdendo a calma com você.

— Se eu fiz oque fiz, é por ela — confesso — só quero que confiem em mim, não quis machucar Penélope.

— Se gosta dela, por que terminou?

Meu pai pergunta sério enquanto passa a mão sobre seu queixo onde ele deixava a barba crescer.

Molho meus lábios sabendo que não posso contar tudo que está acontecendo, e então apenas nego e minha mãe cruza os braços ainda irritada e o meu pai continua me encarando, ele já sabe que tem algo errado aqui, e eu estou fodido se ele começar a me fazer perguntas demais.

— Jeremy, eu não estou entendendo. E seu pai também não — minha mãe diz mantendo a calma.

— Um dia vão me entender — digo sério — só quero que... saibam que eu nunca quis machucar a Penélope, e que se eu comecei algo com ela, foi por que realmente eu gostei dela! Não sou moleque, jamais usaria uma garota dessa forma, não começaria um namoro pra apenas me aproveitar.

— Drew — minha mãe insisti e eu nego e olho para o meu pai.

— Desculpa qualquer coisa — é tudo que eu digo antes de me levantar e sair do escritório do meu pai passando a mão em meu topete respirando fundo.

Está cada dia mais foda, eu penso nela o tempo todo, e ficar ouvindo das pessoas que eu estou machucando ela, só me deixa mais pra baixo, por que porra, eu sei que estou partindo o coração da minha garota aos poucos.

[...]

Saio de casa caminhando em direção à praia enquanto encaro meu celular, notando a foto dela junto ao contato dela e nego pra mim mesmo, se eu ligar será pior, ela vai querer me encontrar. E se nos encontrarmos eu não vou me conter, vou beija-lá e dizer que isso não passa de um filho da puta que resolveu foder com a nossa relação com uma ameaça de merda.

— Você está aí — ouço Julie e me viro notando ela cruzar seus braços irritada.

— Nem começa — digo sério — minha cabeça já está doendo de sermões.

— Não só sermões, e sim o chifre nascendo — ela diz e eu franzo o cenho — sabe quem estava com Penélope? Um gatinho lindo, embrulhados assistindo filmes fofos comendo pipoca.

— De que merda você está falando? — Ok, isso eu não gostei. Que história é essa?

— O nome dele é Luan, e só pra te avisar, ele é bem mais bonito que você — ela diz e se vira jogando seu cabelo enquanto caminha pra casa e eu nego com raiva.

Isso não vai rolar, esse filho da puta não vai ficar perto dela assim.

Caminho com raiva até meu carro e abro a porta a batendo em seguida me escorando na merda do meu carro. Se eu for até lá eu vou quebrar a cara daquele merda e isso não vai ser nada bom, já que o filho da puta está com um vídeo que compromete muito a Penélope.

— Você está aí — Sônia diz e eu me viro encarando ela séria, ótimo. Outra pra jogar na minha cara como eu sou um panaca por deixar Penélope.

— Oque veio me dizer? Que não presto? Não perca seu tempo. Já fizeram muito isso.

— Você ama ela — ela ri meio que de canto e eu não entendo muito bem.

— Eu terminei com ela — a lembro e ela assente.

— E eu estou muito curiosa pra saber o motivo, já que gosta muito dela — ela diz e molho meus lábios e ela ri sacando que está certo. Eu gosto da Penélope.

Na verdade, eu estou apaixonado por ela. Porra! Realmente, eu estou apaixonado por Penélope Somers.

— Me diz, oque te fez terminar com ela?

— Eu estou atrasado — minto — marquei com o Léo.

— Drew — ela me chama e eu entro no carro batendo a porta e ela se apoia na janela do meu carro me encarando — não perca ela, sabe que não vai encontrar outra como ela.

É, realmente não vou. Nunca! Penélope Somers só existe uma, e porra. Era tudo que eu precisava, e eu estou fodido sem ela.

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Onde histórias criam vida. Descubra agora