— Está mesmo me pedindo perdão? Ou está fazendo para não perder seu carro?— Já perdi — sua risada sai pelo nariz e ele coça o queixo de uma forma meio sexy.
— Lamento — murmuro me virando e caminho até minha cama e me sento meio que molhando os lábios ao fitar os olhos dele.
— Saindo daqui vou até o tio Chaz, me desculpar e pedir que não faça nenhuma besteira — murmura e eu respiro fundo.
— Não acho que ele me mande pra Saint Mary, ele não teria essa coragem, tia Sam não deixaria — digo e ele se aproxima e me assusto quando ele toca meu braço e vejo que ele encarava a marca avermelhada, eu nem me lembrava que o cinto havia pegado ali.
— Daniela deixou mesmo que ele te batesse? — seu olhar era sério, meio que contrariado.
— Se importa? — pergunto curiosa e ele me solta e eu molho meus lábios — Nunca se importou comigo antes.
— A culpa disso é minha — ele explica.
— Drew — me levanto e ele encara meus seios novamente.
Poxa, eu sempre esfreguei meus seios na cara dele e ele nunca se ligou em olhá-los, bastou me ver sem blusa que ele se interessou? Se eu soubesse teria armado algo pra ficar sem blusa antes.
— Eu vou embora agora — ele diz ao notar que eu havia percebido seu olhar e apenas assenti mexendo em meu cabelo úmido.
— Está muito encrencado? — pergunto e ele coça a nuca.
— Além da suspensão? Senhora Bieber em casa.
— Lamento — meio que dou risada, sei que tia Sam sabe muito bem como deixar ele arrependido de algo.
— É, então — diz fitando meu rosto — estou perdoado?
— Só se me mostrar seus peitos também — digo e ele ri meio que fingindo que ia tirar a camisa e eu molho meus lábios — está perdoado Drew.
Ele assente e eu mordo o lábio ao notar ele se virar pra descer por onde entrou e sorrio de orelha a orelha me sentando na cama, sério que tivemos uma conversa bacana pela primeira vez na vida sem ele me insultar? Eu não acredito.
Corro para o meu celular e mordo o lábio enquanto procuro o número da Marie, e ela não demora a atender.
— Oi famosa — ela já atende rindo.
— Não começa — reviro os olhos — uma coisa aconteceu, na verdade, acaba de acontecer.
— Oque foi?
— Acredita que o Drew escalou minha sacada só pra me pedir perdão? — deito apaixonada — ah Marie, você tinha que ver.
— O Drew? Jeremy Drew Bieber? Capitão do nosso time?
— Ele mesmo.
— Lamento em cortar seu barato amiga, mas a Beca me disse que ele ligou pra ela, querendo conversar com ela. Porém ela disse que vai entregar a camisa dele e ponto, mas já sabe né, parece que ele está caidinho por ela.
— Oque? — me sento depressa — Lógico que não está, onde ela mora? Ele vai lá?
— Na lanchonete do pai dela — ela ri — já deve estar indo pra lá, eu sai de lá a pouco tempo.
— Ela que se prepare — declaro e ela ri — tchau.
Desligo deixando o celular na cama e corro para o meu closet, tirando a camisola e vestindo uma calça, sim, Penélope Sormes usará uma calça hoje, já que estou com bunda e coxa avermelhada graças ao meu querido pai, a blusinha mostra bem minha barriga e puxo uma jaquetinha rosada, puxo uma bolsa de brilhinhos e calço uma sandália delicada e deixo o cabelo como está, apenas pego meu celular e quando vou sair me lembro.
Mamãe!!
Ela não vai me deixar sair, eu tenho certeza disso, mordo o lábio e encaro a janela e respiro fundo sabendo que essa ideia ainda vai me machucar, dito e feito, cai de bunda no chão resmungando por quase torcer o tornozelo, mas me levantei saindo antes que minha mãe me visse por ali, digitei uma mensagem para o Drew perguntando onde ele estava e ele não respondeu, claro que não responderia.
Encaro a rua do condomínio e respiro fundo pedindo um carro pelo aplicativo, é lamentável ter quase dezesseis anos e não ter um carro, meu pai é mesmo um bosta, tio Justin deu uma lamborguini ao Drew quando ele completou quatorze anos, mesmo dirigindo apenas com dezesseis, eu mal tenho a mesada pra pagar os táxi, meus cartões são vigiados pela minha mãe, poxa eu sou uma Somers, meu pai é sócio do tio Justin, tem quase a mesma renda que ele. Pão duro isso sim.
Quando o carro chega, passo o endereço da lanchonete fuleira e mordo o lábio preocupada, eu sei, eu não deveria fica assim, talvez seja por isso que ele não me suporta, eu já perdi as contas de quantas vezes ele gritou comigo me mandando parar de querer mandar na vida dele, eu sei que ele fica com outras garotas, ele não é galinha como os caras da escola, que todo dia fica com alguém depois das aulas, mas sei que ele se envolve com outras, universitárias inteligentes e lindas, do jeito que ele gosta. Com apenas dezesseis anos, imagino que ele já tenha dormido com mais de dez garotas, enquanto eu sou apenas uma criança pra ele, uma criança insuportável e obsessiva.
Quando o carro para e eu penso em descer, tiro a mão da maçaneta da porta quando vejo o Drew, e também Rebeca em sua frente segurando a camisa do time, a camisa dele, vejo eles conversarem e penso se saio ou não do carro.
— Vai descer ou vai para outra rota?
Ignoro o motorista e continuo olhando a cena, e sinto um frio no estômago ao ver Drew tocar o rosto dela, oque ele vai fazer? Rebeca ri de alguma coisa que ele diz e eu quase choro quando ele dá um passo à frente , vê sua mão no rosto dela, e a outra em sua cintura acabou comigo, eles iam se beijar, eles... Se beijaram.
Eu nunca vi ele com alguém, apenas sei que ele fica com outras, claro que fica, ele é um garoto de dezesseis anos que dirigi uma lamborguini. Mas ver com meus próprios olhos, doeu.
— Me leva de volta — escoro no banco e o motorista apenas assente e eu fecho meus olhos por alguns segundos amaldiçoando aquela nerd ladra de homens.
Homem que nunca foi meu, e pelo que vejo, também não será.
Abro a porta de casa meio que tensa, com mil pensamentos na cabeça e com a imagem deles dois se beijando fixado na mente, minha mãe que estava sentada no sofá bebendo seu chá me encara surpresa e eu até me esqueço que sai escondido e logo Louise abre a porta atrás de mim chegando em casa.
— Você está bem? Eu soube agora — ela parece preocupada — vou conversar com sua mãe.
— Pensei que estivesse no seu quarto, como foi que saiu? — minha mãe se levanta meio que me olhando e eu nego sem olhar pra nenhuma das duas e apenas respiro fundo soltando o peso dos ombros e olho para Louise.
— Eu vi ele beijar outra, e foi tão estranho, tão... doloroso.
Meus olhos marejam e Louise me olha sem entender e encara minha mãe, mas elas sabem de quem eu estava falando, não é novidade eu falar do Drew.
— Vem aqui — Louise diz me abraçando e eu sinto meu bico de choro automaticamente se dobrar e fecho os olhos sentindo meu coração em pedacinhos dentro do meu peito.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanficUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...