• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •

81- Drew Bieber

Penélope sai do meu carro me olhando torto por ver que estamos em um bairro de classe baixa e olha em volta, com certeza com medo que alguém pare e roube sua bolsa cara.

— Por que mesmo estamos aqui? — ela pergunta se aproximando e eu sorrio de canto.

— Um dos advogados do meu pai me emprestou esse apartamento há alguns meses — digo e ela franze o cenho.

— Por que ele te emprestaria um apartamento? — ela cruza os braços e eu sorrio de canto e ela revira os olhos — Então me trouxe para o seu matadouro? Que nojo Drew.

— Eu nunca trouxe ninguém aqui, então relaxa — digo estendendo a mão e ela me encara ainda séria e eu respiro fundo — poxa baby, colabora.

— Esse apartamento tem cara de ser sujo — ela diz encarando o pequeno prédio e eu acabo que rindo.

Às vezes me esqueço que Penélope é uma dessas garotas fresquinhas.

Ela segura minha mão e caminhamos para o apartamento, e no elevador vejo ela meio que pensativa.

— Por que um dos advogados do seu pai te emprestaria um apartamento?

— Ele é um cara bacana — dou de ombros — já fiz alguns favores pra ele também.

— Tipo oque? — ela me olha e eu sorrio de canto.

— Digamos que algumas universitárias tem algumas tias gatas — digo e ela rola os olhos se escorando no elevador e eu pego meu celular notando minha mãe ligar e apenas ignoro guardando novamente.

— Espero que se lembre que eu só vim aqui para me dizer oque tanto quer falar ok? Não te perdoei.

Ela diz e eu sorrio assentindo e molho meus lábios notando as portas se abrirem e ela sai em minha frente e eu encaro sua bunda redonda por alguns segundos e passo a mão na nuca meio que tentando não pensar nisso agora.

Passo por ela destrancando a porta e ela me olha e entra, analisando tudo em volta.

Era um apartamento que o Vicente usava apenas pra trazer suas conquistas, e foi exatamente por isso que ele me emprestou o apartamento pra quando eu precisasse, afinal de contas agora ele namora uma mulher gostosa pra caramba, graças a mim. Ele me deve isso.

— Tem cheiro de plantas mortas — Penélope diz e eu meio que nego rindo.

— Talvez seja por que não cuidei das plantas para ele — digo coçando a nuca e ela apenas assente deixando sua bolsa no sofá e senta sobre a poltrona cruzando suas pernas enquanto me olha.

— Então é isso? Vamos conversar — ela diz e eu assenti mordendo meu lábio enquanto me aproximo dela.

E me sento no sofá a sua frente deixando seu olhar meio perdido.

— Eu realmente pensei que estava apaixonado por ela — digo e ela me olha confusa.

— E não está?

— Sinceramente, se eu estivesse mesmo. Ontem eu teria feito de tudo pra ficar com ela — digo meio que pra mim mesmo e respiro fundo passando a mão em meu topete — mas não fiz, e olha que eu tive chance.

Penélope molha seus lábios e nega meio que magoada.

— Quis ir até sua casa, no mesmo momento que você saiu daquele jeito. Mas porra, você terminou tudo como se não fosse porra nenhuma.

— Oque queria que eu fizesse? Te abraçasse e dissesse que estava tudo bem, que não tinha problema você quase beijar aquela sonsa sendo que estamos juntos? Estávamos — ela se corrije e eu nego molhando meus lábios.