Eu caminhava chorando sem me importar se as pessoas que passavam de carro me olhava, eu não podia acreditar que as palavras que ele disse realmente saíram da boca dele. Não sou maluca, eu sei oque ele demonstrava sentir, por que ele me disse tudo isso agora? Que não sente nada, não pode ser.
— Penélope espera — ouço a Julie me gritar e passo a mão sobre as bochechas rapidamente e logo ela me alcança e eu paro de andar e vejo que ela estava sozinha.
— Drew te mandou? — pergunto com esperança e ela nega.
— Não, aquele idiota não me mandou fazer nada — ela diz e eu engulo seco ainda sentindo o meu peito doer — vocês brigaram? Por que ele disse aquelas coisas?
— Eu não sei — digo sentindo meus lábios trêmulos.
— Não posso acreditar que meu irmão é um boy lixo — ela diz e eu fungo o nariz e encaro em direção a casa do Drew e nego despedaçada por dentro.
— Eu fui idiota em pensar que seu irmão me amaria Julie, foi isso — digo sentindo as lágrimas caírem dos meus olhos novamente.
— Ele não tem o direito de te tratar daquela forma, você precisa contar aos meus pais — ela diz e eu nego molhando meus lábios.
— Volta pra casa Julie.
Digo e ela franze o cenho e eu apenas seco meu rosto novamente e me viro continuando a andar pela calçada, mas não me importei em quanto eu teria que andar até minha casa e sim na dor horrível que estava em meu peito nesse momento. Como se eu tivesse sigo apunhalada.
Juntei meus braços abraçando meu próprio corpo e continuei chorando baixinho, e não demorou nem duas ruas para um carro passar devagar ao meu lado e meu coração disparou quando vi que era a lamborguini dele.
— Entra — ele diz sério e eu molho meus lábios notando ele nem se quer olhar nos meus olhos.
E é claro que eu caminhei até seu carro, entrando e esperando que ele diga que foi uma brincadeira, mas ele apenas dirigiu em silêncio.
— Por que está me levando? — pergunto e ele molha os lábios sem me olhar.
— É longe, e eu te busquei, tenho que te levar — ele diz seco e eu apenas assenti e o olhei por alguns segundos e neguei pra mim mesma.
— Não acredito em tudo que disse — digo e ele me olha de lado.
— Penélope — ele nega — não quero repetir tudo de novo.
— Como você conseguiu fingir bem? Isso tudo era pra "aproveitar"?
— Eu já disse — ele me ignora e eu nego.
— Drew — toco sua mão e ele nega a tirando da macha do carro.
— Não complica as coisas — ele diz me encarando — eu já disse, não quero mais isso.
— Eu amo você — digo irritada por isso e ele molha os lábios estacionando enfrente a minha casa.
— Isso é um problema seu.
— Por que está fazendo isso com a gente?
Sinto que começo a chorar novamente e ele passa a mão no cabelo como faz quando está nervoso e tento me aproximar dele e ele nega finalmente me olhando nos olhos.
— Sinto falta da vida de antes, e me prender a você não está me agradando em nada — ele diz sério — prefiro terminar isso agora do que continuar assim.
— Por favor — seguro sua mão — não faz isso comigo.
— Penélope — ele tira minha mão da dele — foi bom, mas... já deu!!
— Tem outra garota? É isso? — me humilho ainda mais e ele respira fundo.
— Se eu disser que não tem, estarei mentindo — ele diz olhando nos meus olhos e eu engulo seco sentindo a dor aumentar ainda mais. Como assim?
— Quem é a garota? Eu conheço?
— Não — ele desvia o olhar.
— Eu estou pedindo Drew — choro — pedindo pra pensar melhor e...
— Ainda não entendeu porra? Já me enjoei de você — ele diz meio alto e eu nego e ele se inclina abrindo a porta para mim e eu passo a mão no rosto molhado de lágrimas e olho pra ele antes de sair.
— Sei que vai se arrepender disso — digo e ele respira fundo — eu sei que oque tivemos significou algo pra você, você não pode estar falando a verdade quando diz que não gosta de mim.
Drew apenas me ignora e eu saio do seu carro e assim que fecho a porta ele pisa no acelerador saindo da minha casa e eu nego chorando ao ver o carro dele se distanciar pela rua.
Nego chorando e corro até minha casa destrancando a porta e a batendo em seguida me escorando nela me deixando cair no choro.
— Inferno — choro com as mãos no rosto e ouço passos acompanhados pela voz da minha mãe.
— Penélope — ela se aproxima preocupada e quando vê meu estado ela arregala os olhos e eu choro negando.
— Eu não quero nunca mais me apaixonar.
Digo entre o choro e corro passando por ela, subindo a escada indo para o meu quarto que era onde me trancaria pelo resto da semana.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanficUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...