— Foi mal beleza? Eu não queria te insultar nem nada, mas você me deixa irritado pra caralho e sabe disso.
— Eu só queria conversar com você, e olha só oque você fez, criou isso tudo.
Molho os lábios sentindo o gosto do cigarro e respiro fundo sabendo que era verdade, ela só me chamou pra conversar.
— Não te acho uma vadia — digo ouvindo ela ri.
— Não precisa mentir, eu não consigo te odiar e sabe disso.
— Estamos numa boa?
— Estamos — sua voz sooa meio que risonha, eu sabia que ela estava rindo agora mesmo.
— Estou pensando seriamente em escalar sua janela mais uma vez — digo meio rouco sentindo o vento gelado bater sobre meu rosto.
— Que tipo de garota acha que eu sou Jeremy Bieber? — ela diz tentando ser firme — já passa das nove horas, não recebo garotos em meu quarto a essa hora.
Acabo que rindo e ouço ela ri também e molho meus lábios encarando o mar e depois nego, essa é a primeira vez que converso numa boa com Penélope, na verdade. Segunda vez. A primeira vez foi quando escalei a janela do quarto dela.
— Desligue antes que eu peça que venha depressa até aqui — ela murmura e eu sorrio de canto sabendo que ela adoraria que eu realmente fosse até lá.
— Beleza.
Digo antes de desligar e passo a mão no rosto ainda meio que rindo, sem acreditar que eu estou mesmo afim de Penélope Somers.
Depois de alguns minutos entro em casa com meu celular na mão e vejo minha mãe já me encarar enquanto saía da cozinha vindo em direção à sala com uma bandeja de azeitona e pedaços de carne assada.
— Estava lá fora? Não te vi saindo — ela diz e eu apenas concordo.
— Vou subir — digo roubando um dos pedaços de carne.
— Que cheiro é esse? Estava fumando? — ela diz se aproximando e começa a me cheirar e eu me afasto sabendo que ela começaria.
— Não, deve ser a fumaça da churrasqueira — dou uma desculpa de merda e ela nega me dando um tapa na testa.
— Acha que eu sou boba Jeremy? — ela altera a voz e vejo meu pai se aproximar.
— Oque foi? — ele pergunta e eu passo a mão no rosto meio que negando.
— Eu fumei um cigarro, beleza? Não é uma droga, é um maldito cigarro — digo sem paciência para os chiliques da minha mãe.
— Justin — ela diz e meu pai me encara e eu respiro fundo — conversa com ele, pois se eu for conversar eu acabo que esmurrando ele.
— Mãe — digo e ela nega chateada, e eu sabia disso.
Ela sai resmungando e meu pai me encara e eu nego praticamente implorando que ele não comece com sermão também.
— Oque eu já te falei sobre cigarro? — ele pergunta e eu molho meus lábios.
— Pra fumar longe daqui — respondo e ele cruza os braços — e eu fiz isso, não fumei aqui. Só que acho que a mamãe tem um faro ótimo.
— Então pare com esses cigarros — ele diz sério — sabe que detesto ver sua mãe chateada pelos cantos, e sempre que você apronta alguma coisa acaba que sobrando pra mim.
— Como se você não conseguisse acalmar a fera não é mesmo — digo e ele meio que ri de canto.
— Ouviu né? Sem cigarros — ele diz e eu apenas assenti para o assunto morrer logo.
E quando ele voltou pra sala eu fui direto para o meu quarto, e quando fechei a porta antes de sentar na cama vi meu celular vibrar e o destravei lendo o nome da Penélope nele.
Sorri de canto ao ler seu boa noite, e digitei um "boa noite" o enviando em seguida e neguei enquanto travava o celular e o deixei sobre a mesinha me deitando na cama fitando o teto do meu quarto por alguns segundos.
Algumas batidas na porta me tira dos pensamentos e franzo o cenho ao ver a porta ser aberta e vejo Julie.
— Pode me ajudar? — seu sorriso mostrava que realmente ela queria um favor.
— Oque foi?
— Eu e Charlotte não estamos conseguindo conectar meu notebook na minha tv — ela diz e eu me levanto concordando que ajudaria elas.
[...]
No dia seguinte só tomei um banho rápido e me vesti, saindo do quarto com minha mochila e as chaves do carro. Minha mãe me ignorou e eu sabia que era por causa do cigarro de ontem.
Mas mesmo chateada comigo ouvi ela mandar Julie me chamar para tomar café, mas eu estava sem fome e comi apenas uma torrada chamando Julie pra irmos logo.
Sentado no carro leio as mensagens da Rebeca que se desculpava sobre oque rolou ontem e eu apenas respirei fundo chamando novamente Julie que estava atrasada.
— Desculpa — Julie entra no carro rindo enquanto mascava sua bolacha.
— Vê se não deixa farelo no carro — resmungo dando partida.
E não demoramos muito até chegar na escola e sorrio de canto ao ver Penélope sair do seu carro batendo a porta e seu olhar vem diretamente contra o meu, que tiro a chave da ignição.
— Nem acredito que tio Chaz deu mesmo um carro rosa pra ela — Julie retruca — ela já se achava, agora está pior.
— Quem sabe o papai te dê um quando completar os seus dezesseis — brinco e ela revira os olhos saindo do meu carro e eu nego rindo e saio também.
Vejo Penélope entrar na escola e molho meus lábios notando Léo se aproximar.
— Eai — ele diz fazendo um toque em minha mão.
— Avisou os caras do treino de hoje?
— Avisei — ele diz e eu assenti entrando na escola com ele e vejo as líderes perto da lanchonete junto aos moleque do time e franzo o cenho ao ver Rebeca animada entre elas enquanto conversava com o Gustavo.
Passo pelo corredor meio que pensando sobre isso, e nem escuto sobre oque Léo falava, só passo a escutar quando ouço ele dizer algo sobre Penélope.
— Oque tem ela? — pergunto ajeitando a jaqueta e ele ri notando que agora eu estava prestando atenção.
— Não está sabendo? Foi afastada das líderes — ele diz e eu franzo o cenho.
— Afastada? Penélope que criou aquele grupinho de cópias dela — digo e ele concorda.
— E agora as substituíram — ele dá de ombros e eu molho os lábios pensativo e entramos na sala, a loira já estava sentada olhando exatamente para a porta fazendo nossos olhares se encontrar.
Caminho até minha mesa e deixo a mochila cair sobre a mesa me sentando enquanto vejo Léo se sentar também.
— Já abram o livro na página 20 — o professor entra na sala já dando ordens fazendo a galera reclamar e molho meus lábios ao ver Rebeca entrar na sala com as cópias de Penélope Somers a seguindo.
Pelo que vejo ela herdou o lugar que era de Penélope.
Vejo a loira encarar ela e as garotas e molho os lábios sabendo que isso daria uma briga grande, e me surpreende Penélope não ter feito nada ainda pra resolver essa pedra do sapato dela.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanfictionUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...