Travels - Hungary

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Viagens – Hungria

Chegamos em Budapeste bem no finzinho da manhã e é claro tinha muita gente no aeroporto esperando por ele. Ele saiu primeiro como sempre e eu, Karen e Marcel descemos depois, fui até o carro onde ele estava e os dois seguiram para o carro de trás. Apesar de ter sido uma viagem mais rápida de avião do que a anterior e eu ter conseguido dormir durante o voo, eu não estava me sentindo bem, parecia que aqueles enjoos que sentia quando descobri a gravidez voltaram e o remédio não estava funcionando. Fui o caminho até o hotel em silêncio, dei a desculpa a Michael que estava cansada e ele me deixou quieta, falou para deitar em seu ombro e foi fazendo carinho nas minhas mãos e eu fiquei de olhos fechados tentando me concentrar em não vomitar ali.

Os minutos que demoraram para dar entrada no hotel e subirmos foram uma eternidade. Assim que entramos no quarto Michael me olhou preocupado.

-Bella você tá bem? Você tá pálida – ele disse aproximando e eu não consegui dizer nada e daí correndo em direção ao banheiro.

Ajoelhei ali e coloquei tudo pra fora, ouvi passos e logo Michael estava no banheiro.

-Amor – ele disse agachando ao meu lado, ele passou a mão no meu rosto tirando os cabelos que caiam – Porque não me disse que estava passando mal? – ele me ajudou a levantar.

Fui até a pia e lavei a boca e o rosto, virei pra ele depois de enxugar o rosto e ele ainda me olhava preocupado.

-Eu pensei que era só enjoo – disse baixo ainda me sentindo fraca.

-O que será que comeu pra ficar assim? – ele continuava fazendo carinho no meu rosto.

-Não comi nada demais, é só seu filho que não acordou de bom humor – passei a mão na barriga.

-Ah – ele também olhou pra minha barriga – Mas e o remédio?

-Ele funciona a maioria das vezes, mas pode ter dia que não funciona.

-Não gosto de te ver assim – abracei ele que me aconchegou em seus braços.

-Já passou, vou ficar melhor agora.

-Vem – ele segurou minha cintura e me deitou na cama, então pegou o telefone e discou um número.

-Olá, gostaria sim, pode trazer aqueles soros para hidratação, por favor – ele esperou a outra pessoa falar e me olhou – Não, eu estou bem, é pra minha... É – ele começou a gaguejar e me olhou preocupado – Pra minha amiga – ele disse finalmente fechando os olhos – Ok, muito obrigado.

-Não precisava amor – ele colocou o telefone no gancho.

-Claro que precisa, você não pode ficar desidratada – ele me deu um beijo na testa.

-Vem cá – chamei ele com a mão e ele deitou ao meu lado, deitei no peito dele e ele me abraçou pela cintura.

-Quando esses enjoos vão passar?

-Normalmente é depois do terceiro mês.

-E você já tá com quase três meses não é isso?

-Sim, falta uns 20 dias mais ou menos.

-Se Deus quiser esses enjoos vão passar, parte meu coração te ver assim – levantei a cabeça e olhei pra ele, dei um selinho nele e voltei a me aconchegar nele.

O funcionário do hotel trouxe o soro para eu tomar e logo depois o almoço, Michael pediu uma sopa pra mim e pra ele uma salada com frango. Aquele dia eu preferi não sair com ele, então ele foi ao hospital sozinho, aproveitei para descansar e recuperar minhas forças para sair no dia seguinte. Michael me disse que iria em um orfanato e no estádio que vai apresentar sua turnê em setembro, vi tudo que estava acontecendo na televisão, mesmo sem entender uma palavra do que eles estavam dizendo. No final do dia já estava bem melhor e nem parecia que tinha passado mal pela manhã. Michael voltou para jantar comigo e ficou o tempo todo abraçado comigo, ele estava realmente preocupado e eu achei esse lado dele extremamente fofo. Combinamos de sair cedo no dia seguinte para aproveitar bem o dia no hospital com as crianças.

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