Fun In Neverland

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Diversão em Neverland

Fui no trampolim mais algumas vezes e Michael ia o tempo todo me fazendo gargalhar, ele realmente era igual uma criança quando queria. Mergulhei na água nadando um pouco, já que estava toda molhada decidi aproveitar, subi pra superfície e olhei pra Michael que estava sentado na escada olhando pro céu. Nadei devagar até ele para não assusta-lo.

-Ei, que foi? - ele me olhou e deu um mini sorriso, coloquei minhas mãos no joelho dele.

-Tava pensando - ele colocou suas mãos em cima das minhas e cobriu elas fazendo minhas mãos parecerem minúsculas.

-Aé, pensando em quê? - ele mordeu a boca pensando no que ia falar.

-Em você - arregalei os olhos e esperei ele continuar - Quando você falou da minha doença, você nem hesitou, já foi logo dizendo que era uma doença, mesmo com todos dizendo ao contrário.

-Nem todos Michael, seus fãs não pensam assim, nós acreditamos em você, quando disse que era uma doença eu acreditei em você, apesar de nunca ter acreditado na teoria de você não querer ser negro - vi os olhos dele se encherem de lágrimas - Sabe alguém que eu conheço disse uma vez que não devemos acreditar em algo até que a própria pessoa nos diga cara a cara a verdade - ele abriu um sorriso reconhecendo sua própria frase, puxei ele para um abraço apertado.

-Obrigado - ele disse baixo.

-Você tem que parar de me agradecer por coisas que faço que é a minha obrigação.

-Não estou acostumado com isso - ele disse se afastando.

-Eu sei, mas eu não sou o tipo de pessoa que julga a outra até saber a verdade da boca dessa pessoa - ele assentiu.

-Eu percebi, e fico muito feliz com isso - dei um beijo na bochecha dele.

Peguei a mão dele e comecei a subir as escadas.

-Agora chega de sol para o senhor - ele assentiu rindo e levantou me seguindo.

Pegamos nossas coisas na beirada da piscina e seguimos pelo caminho de pedra até a casa principal. Assim que chegamos uma das cozinheiras apareceu e arregalou os olhos quando nos viu molhados do jeito que estávamos.

-Já estava indo chamar vocês para o almoço - ela disse analisando nós dois da cabeça aos pés.

-Obrigada Susan, mas vamos tomar banho primeiro - ela assentiu e ainda continuava com aquela ruga de interrogação na testa.

-Me desculpe perguntar Michael, mas o que aconteceu com vocês? - Michael olhou pra mim gargalhando e eu tive que rir com ele.

-O que aconteceu é que seu patrão é uma criança Susan - disse rindo - E me jogou na piscina - ela sorriu ao ver que estávamos nos divertindo.

-Susan pode pedir para alguém trazer roupões para nós dois, por favor - ele disse depois de se recuperar da risada.

-Eu mesma trago - ele assentiu e a mulher saiu.

-Você é um palhaço - eu disse rindo e empurrei ele de leve que riu.

Logo Susan voltou com os roupões, nos secamos do jeito que deu e depois entramos na casa quase correndo para não molhar o chão. Quando entrei no quarto ainda me assustei com seu tamanho, separei minha roupas e fui para o banheiro que também era enorme. Enquanto tomava banho eu ficava pensando naquela manhã maravilhosa que tive ali, não me sentia tão bem assim a muito tempo.

Assim que terminei de tomar banho desci e fui deixar minhas roupas na secadora, mas é claro que as funcionárias não deixaram eu fazer tal ato, não estava acostumada com tanto mimo assim. Logo Michael apareceu e fomos almoçar, percebi que Michael comia muito pouco, fiquei implicando com ele até que ele se deu por vencido e comeu mais um pouco. Quando terminamos de comer ele já estava animado para irmos ao cinema, segundo ele passaríamos a tarde lá. Ele se comunicou com os seguranças e logo um carinho de golfe chegou até nós, o segurança teve que descer, já que Michael queria ele mesmo dirigir.

Speechless | MJOnde histórias criam vida. Descubra agora