Friends

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Preparados para cenas do nosso casal? FINALMENTEEEEE

Boa leitura!!!

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P.O.V JUSTIN

Eu me encontrava atormentado nesse momento. Jade como sempre não teve um aniversário tradicional e nem com um final feliz. Mas, ela estava assustada, como sempre, e dessa vez o motivo era atormentador, e eu não pretendia deixar de lado. Eu estava falhando miseravelmente.

— Uma língua Justin, por quê alguém me daria uma língua cortada ao meio? Qual a função além de querer me atormentar? — Ela dizia, confusa, e me olhando como se esperasse uma boa resposta, mas eu não sabia o que dizer, além de observá-la, também confuso.

— Eu não sei, Jade — Estendi um Mashmallow até a fogueira, ainda pensativo — Mas eu tenho o meu palpite.

— Tem é? — Mordeu os lábios com força, me encarando sem desfazer da sua expressão confusa.

— Pode ser — Disse seco — Mas eu irei dar um jeito nisso. Não sei como, mas eu vou resolver isso.

— É uma pessoa perigosa? — Encarou-me ainda com medo.

— Não mais do que eu — A encarei com certeza, fazendo-a assentir com pressa e em seguida comer seu Mashmallow — Tem algum familiar seu por esse país? Alguém que você se importe? Você sabe, para protegê-los.

— Não — Franziu o cenho — Meu único tesouro era minha mãe, e ela já se foi — Sorriu breve, fazendo-me arquear as sobrancelhas, questionando-me.

— Ja se foi? Como assim? Está ficando louca? — Sorri, logo o cessando por se tratar de mãe de Jade, mas a mesma não esboçou nenhuma reação, além de um sorriso tímido.

— Ela não é minha mãe de sangue Justin — Sorriu, encarando-me, colocando seus pés em pernas cruzadas como um índio — Margot é minha mãe adotiva. Minha mãe biológica morreu quando eu tinha 10 anos — Suspirou, se preparando para mais baques — Eu morava em uma orfanato, no centro de NY, o Palacius. Eu era feliz lá, por incrível que pareça. Até Margot aparecer e insistir em me levar com ela, fez todos acreditarem que foi amor materno a primeira vista — Gargalhou — Até eu acreditei.

— Eu sinto muito pela sua mãe — Suspirei, vendo-a sorrir como resposta — Então Margot lhe prostituiu, não é? Ou você que gostava de fazer isso?

— Não — Indignou-se — Eu odiava, mas ela dizia que eu teria uma dívida eterna com ela, por ela ter me tirado do orfanato. E era assim que eu a pagaria, vendendo meu corpo e dando todo o dinheiro à ela, ajudando nas despesas da boate. — Deu um gole no vinho, encarando o nada.

— Eu não fazia ideia de tudo isso. Pra mim as brigas eram normais, de mãe e filha, assim como minhas discussões com minha mãe. Hoje eu digo que a odeio e amanhã que a amo, e assim seguimos — Ri de lado, também dando um gole no vinho.

— Eu quero te pedir desculpas — Disse, deixando de encarar o nada e me encarando com precisão — Me desculpa por ter sido tão ingrata, você fez de tudo para me proteger e tudo o que eu fiz foi lhe julgar — Engoliu com dificuldade, deixando de me encarar.

— Eu só fiz o que qualquer um faria — Dei ombros, tentando esconder o quão satisfatório aquilo era pra mim. E ela apenas sorriu, assentindo.

— Mas não foi qualquer um, foi você.

Aquilo soou estranho, e senti que não foi só para mim. Ela se encontrava tímida, e era nítido que o motivo era do que havia dito. Nos encontramos em silêncio novamente, até ouvir sua risada, baixa.

Hard way (finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora