[2] Vira-Tempo

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Erina Thompson acordou naquela manhã com uma forte enxaqueca e cólica para piorar as coisas. O quadro de Merlin permanecia ali com sua bela paisagem e os primeiros raios do sol batendo sob a moldura, mas sem o mago presente devido a sua reunião para discutirem sobre um possível quadro do rei Arthur em Hogwarts. Só espero que ele não seja tão paranóico quanto o Sir Cadogan.

Quando deu os primeiros passos para sua estante, olhou todos os livros e procurou algo sobre objetos mágicos, e no meio disto bateu direto com a caixa vermelho felpudo do Vira-Tempo. Erina pegou-a e fitou o pequeno amuleto dourado com uma mini ampulheta em sua estrutura. Como queria usá-lo para poder voltar alguns meses e impedir tudo que aconteceu, só que por dentro queria impedir o que acontecera com Snape. 

Sete voltas será o suficiente para sete dias. Erina não acreditava que Dumbledore lhe dera aquele amuleto poderosíssimo a toa. Ele queria que ela fizesse alguma coisa, mas o que? Voltar alguns meses ou anos? De acordo com Snape o incidente aconteceu no mesmo ano em que sofrerá a pior das humilhações por volta do ano 1976, mas não tinha tanta certeza, mas também não tinha coragem de ir lá perguntar para abrir feridas que haviam cicatrizado da pior maneira possível. 

Erina precisava de um banho porque tinha certeza que se sujou; após vestir o mesmo vestido preto com bolinhas brancas desceu as escadas da fazenda e encontrou sua mãe preparando o café da manhã junto com Pinky, a elfo doméstico liberta que morava com elas após Erina fazer uma promessa de que iria libertá-la das garras do infame Lúcio Malfoy. Pinky gostava de vestir quase as mesmas cores de Erina juntamente com o cachecol que ganhara e a garota ficava tão feliz em vê-la bem arrumada e não usando aquela fronha velha e suja, uma amostra horrenda dos maus tratos aos elfos domésticos. 

— Erina Thompson, minha senhora, acordou... Pinky junto com a senhora sua mãe fizemos um belíssimo café da manhã, minha senhora. 

— Pinky não precisa me chamar de senhora. Eu sou a sua amiga, esqueceu? 

— Não adianta, Erina. — disse a senhora Thompson colocando uma travessa de bolo de cenoura na mesa — Os elfos domésticos foram criados desta forma. Está sendo muito bom ter uma ajudinha extra, mas não abuso. Pinky agora é como se fosse da nossa família. 

— Pinky está emocionada com os elogios da senhora... 

— Mãe... para que esse banquete todo? Somos só nós três... 

— Teremos visitas, e são além de especiais. Eles devem estar chegando a qualquer momento. 

Erina ouviu um barulho vindo da lareira da sala; rapidamente chamas verde esmeraldas apareceram e delas saíram uma mulher de cabelos ruivos usando um conjuntinho florido acompanhado de um garoto alto da mesma cor dos cabelos e outro mais baixo, com sardas e cabelos presos em um rabo de cavalo. Mais cinco garotos, sendo dois gêmeos, dois garotos miudinhos e uma garota também estavam presentes. 

— Molly, querida. Seja bem-vinda. — disse a senhora Thompson, abraçando a mulher. 

— Obrigada pelo convite, Lauane. Erina querida, como está? 

— Estou bem senhora Weasley, obrigada. 

— Soube o que houve pelo Profeta. Sei que é uma situação complicada, mas... vai ficar tudo bem. Todos nós estamos do seu lado. 

Erina sorriu, assim como Gui e Carlinhos Weasley. Os cinco dos garotos também sorriram, mas timidamente. A garotinha mais nova correu junto com o irmão pequeno para a cozinha. 

— Obrigada, senhora Weasley. 

— Arthur não vem, Molly? — perguntou a senhora Thompson. 

— Daqui a pouco, Lauane. Ele está resolvendo alguns problemas no ministério. 

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