Monster

[7] Fanfarrão Lockhart

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Era de noite, e o Expresso de Hogwarts parou na estação de Hogsmeade para que os alunos descessem e fossem para as carruagens que os levariam para o castelo. Erina saiu apenas levando algumas coisinhas acompanhada de seus amigos até a estradinha na floresta. Os quatro, já vestidos com seus respectivos uniformes, não paravam de encarar o imponente castelo de Hogwarts e suas torres e janelinhas amareladas que se refletiam com as águas calmas e sombrias do Lago Negro.

— Quem diria que falta apenas um ano para nos formarmos? — dissera Hal, enquanto caminhavam pela estradinha de terra.

— Pois é. Mais algum tempinho e já vou me tornar jogadora profissional. — disse Zara — Quero tentar uma vaga nas Harpias de Holyhead, mas qualquer um que entrar já vou ficar muito feliz. — a garota olhou para Erina e Ever — E você, Ever? Nininha sei que quer ser auror.

— Não sei. Err... eu sou boa em brincadeiras, e... em explosões?

— Você é inteligente. — disse Erina — Se daria bem trabalhando comigo no Ministério. E já que gosta de explosões... o Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas pode ser uma boa pedida ou então... no Departamento de Mistérios como uma Inominável. Sei que lá existem muitos objetos perigosos e explosivos que eles não querem que saibamos que exista, sabe, segredos do governo... — Erina não sabia ao certo se aquela informação era verídica, mas com certeza sim.

— Acha que eu me daria bem como um desses tais Inomináveis?

— Se souber bem guardar o que acontece lá dentro, sim.

— Então esquece.

Erina foi para o outro lado da floresta, em uma encruzilhada, onde se despediu de seus amigos para se encontrar na única e gigantesca carruagem dos monitores. Ela estava em cima de uma montanha, parada e sendo guiada pelos cavalos alados, os Testrálios que eram apenas vistos por aqueles que presenciaram a morte em algum momento da vida. A única morte que ela presenciou foi a de Robert Johnson há dois anos atrás. Mas então por que não conseguia ver estes seres? Erina não tinha visto o momento exato de quando ele caiu da sacada da Torre de Astronomia após o seu feitiço rebater com o dela... será que Robert conseguiu sobreviver às chamas malditas? Era impossível... uma poção proibida feita com sangue de unicórnio já por si só é algo impuro e indigno. Erina lembra que o professor Flitwick lhe disse que não haviam encontrado restos mortais nas áreas que o fogo pegou e mesmo que tivesse virado cinzas os peritos do ministério conseguiriam identificar...

Erina não queria acreditar que ele poderia estar vivo, em algum lugar, muito machucado e com um ódio extremo dela. Já não bastasse Georgino Matthews e Elder Herber no ano passado e agora mais um... a volta de Robert Johnson. Essa poderia ser a única explicação para não ver as criaturas.

Erina seguiu até a carruagem, abrindo a portinhola; estavam sentados o monitor da Lufa-Lufa Darrel Hopkins, um garoto negro muito bem vestido e com traços marcantes no rosto que usava além do distintivo base, estava com outro da cor amarela e escrito "Headboy" e a monitora da Sonserina Mérula Snyde, uma garota de olhos púrpura com cabelos castanho claro bagunçados sendo a franja pintada de ruivo e também usando um outro distintivo de cor verde escrito "Headgirl".

— Olá, Erina Thompson... — disse Mérula revirando os olhos — vejo que não há nenhum sinal daquele inútil do Weasley...

— Ele já deve estar vindo... — disse a garota — E os dois se tornaram monitores-chefes?

— Legal, né? — disse Darrel com um sorriso simpático — A professora Sprout está muito orgulhosa de mim, um lufano, sendo monitor-chefe.

— E eu, claro, uma sonserina sendo monitora-chefe. — disse Mérula, apenas para se mostrar — Desta vez McGonagall não conseguiu colocar nenhum de seus grifinórios arrogantes e prepotentes como monitores-chefes... aposto que Snape está dando gargalhadas de felicidade.