[37] Os Cavaleiros de Metal

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Erina ficou paralisada quando viu a imagem de Rabastan Lestrange bem nítida aos seus olhos, enquanto o bruxo das trevas que ostentava um sorriso pérfido continuava com a varinha apontada para seu pescoço. Kasimier Warren tinha um histórico nada bom quando se tratava justamente de Rabastan, o seu pior inimigo. Na verdade, o professor tinha uma inimizade de gerações com os Lestrange, e o causo de Rafaele que era apaixonada por ele e viu-se sendo forçada a se casar com o próprio primo para poder agradar o ego de sua família piorou a já rivalidade entre as famílias. Desde a morte de Rafaele, Warren prometeu vingança contra Rabastan, achando que a culpa dessa tragédia era dele.

Lexie Johnson ficou paralisada quando viu o bruxo. O passado distante nunca aconteceu, mas tudo que passou continuava bastante fresco. A pequenina pensava que esqueceria de toda a violência e seu consciente tinha afagado parte das lembranças ruins, só que muitas ainda ficaram mesmo quando ela se vingou há meses.

Erina conseguiu ser esperta ao fazer um feitiço não-verbal sem varinha, que fez o objeto de Rabastan voar longe. A garota se libertou, e foi para perto dos amigos agora com a sua varinha em mãos. Rabastan não se intimidou e começou a dar fortes risadas... só que, logo seu momento de alegria passou quando viu Warren.

— Kasimier maldito... finalmente eu te encontrei... depois de anos preso, vou poder vingar a minha noivinha.

— Fiquem atrás de mim. — disse Warren com uma pose defensiva — Continuem com a missão. Eu vou distrair este maldito sem cérebro.

Então terá que passar por nós antes...

Erina olhou para os fundos da sala e mais três bruxos apareceram, sendo os dois atrás apontando suas varinhas para o grupo. Lúcio Malfoy mostrava toda a sua arrogância perante aos garotos, colocando a bengala com a cabeça de serpente prateada na frente do corpo e dando um sorriso de arrogância. Bellatrix e seu marido Rodolfo também pareciam satisfeitos, apesar do segundo demonstrar sempre uma frieza.

— Obrigado por nos trazerem para o local... — disse Lúcio, caminhando pelo salão — Vai ser ainda mais fácil resgatar os cavaleiros do que nunca.

Erina olhou melhor para o salão, e ele não tinha aspecto alienígena, pelo contrário. Uma grande câmara destruída e abandonada, já sendo tomada pelas úlceras escuras e purulentas da Escuridão. Era forrado por paredes feitas de pequenos tijolos brancos, chão bem serrilhado com um piso liso de arenito, e ao meio da sala tinham estátuas gigantes feitas de mármore que mostravam duas figuras: um homem já com uma idade avançada usando vestes que estavam manchadas com algum tipo de pigmento verde segurando um cajado e do outro lado uma mulher mais nova, com longos cabelos segurando uma varinha e também usando um longo vestido que estava manchado com pigmento roxo.

Estátuas de Merlin e Morgana... ela estava no lugar certo.

— Como chegaram aqui? — perguntou Erina — O portal se fechou quando passamos...

— E quem precisa de seus brinquedos inúteis, mestiça?

Lúcio pegou entre suas vestes de linho fino uma mesma bússola metálica, só que de cor vermelha.

— Não é a única que possui artefatos de outros mundos. Este pequeno amuleto foi dado pelo próprio Lorde Kars, e parece que... estamos no lugar certo... depois de tantas tentativas.

— Mentiroso! — gritou Bellatrix. Sua voz foi tão estridente que ecoou por toda a câmara — Foi para mim que o Lorde Kars deu o talismã.

— Enfim, a minha amada cunhada quem me deu este amuleto...

Erina não tinha muito o que pensar... analisando a sala, observou um delay atrás da estátua de Morgana que parecia ser uma única passagem. Na sua cabeça que tentava matutar alguma ideia de como iriam chegar sem que os Comensais notassem alguma coisa, tinha muitas possibilidades de distração, incluindo uma delas... contaminar os bruxos das trevas com A Escuridão.

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