[23] O Homem do Pilar

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Severo Snape e sua mãe mal podiam acreditar que estavam de frente para o antigo Lorde das Trevas, Gellert Grindelwald. Na verdade, Snape já sabia que cedo ou mais tarde, ele viria para a Casa de Repouso a mando de Bellatrix Lestrange. O bruxo, que deveria ter mais de cem anos assim como Dumbledore, caminhou até a sala de estar, com Snape colocando seu corpo na frente de Eileen para protegê-la.

— O clã Snape... é uma honra conhecê-los. — Grindelwald se curvou, bem brevemente — Não sabem o quanto estou feliz em poder pela primeira vez, ver com meus próprios olhos a família de olhos tão negros quanto o Ônix. Mas... creio que esteja faltando mais um... a menina de cabelos pratas como a luz da lua... aquela que meu amigo quer tanto tê-la...

— Fique longe da menina... — avisou Snape.

— Eu não quero brigar, e muito menos atacar alguém. Estou apenas querendo um quarto para ficar, até porque, não passo de um simples idoso... não concordam, clã Snape? — nenhum dos dois responderem — Oh, Severo... não precisa ficar na defensiva... já disse que o meu objetivo não é atacar ninguém. Quem é o responsável pelo andar?

Logo após arrumar tudo, Erina Thompson voltou para o corredor até mesmo por ter ouvido alguns gritos e se deparou com o homem ao meio da sala e Snape em posição de defesa para proteger a mãe.

— Ela chegou... que honra conhecer a descendente do grande e poderoso mago Merlin...

— Quem é? Morador novo?

— G-Gellert... Grindelwald... — disse a senhora Snape, com tanto medo que acabou desmaiando de susto. Snape segurou seu corpo a tempo antes que caísse, e com uma ajudinha de Erina a colocaram sentada em um sofá. Grindelwald observava tudo aquilo com muita serenidade e calma, analisando tudo a sua volta, o ambiente que não lhe aparentava ser hostil.

— Já disse que não quero atacar ninguém. — disse, irritado — Quem é o responsável do andar? Preciso de um quarto para colocar as minhas coisas.

— Cuide da minha mãe. — disse Snape baixinho para Erina, depois voltando para Grindelwald — Irei te levar ao seu quarto, seu velho maldito.

— Finalmente. Era isso que eu queria...

Snape fez questão de pegar a única mala de Grindelwald, e pediu para que lhe seguisse até o corredor dos quartos. Indo para o penúltimo, o quarto onde por quase dois anos o magizoologista Newt Scamander ficou, Snape colocou a mala em cima da cama. O bruxo ancião parecia estar feliz ao ficar próximo de Snape, mas o mesmo só queria era sair o mais rápido possível e voltar para sua família. Algo naquele homem era terrivelmente parecido com Dumbledore, mas Snape não sabia exatamente o que era. Talvez o jeito calmo e gesticulado de como se comunicava trazia lembranças do diretor de Hogwarts. Aquilo poderia ser uma máscara, já que Grindelwald tinha vários truques de como esconder suas reais intenções (dita-se, que enganou milhares de bruxos com o seu discurso fuleira "Pelo Bem Maior"), então teria que tomar o maior cuidado possível com ele.

— Pode ficar neste quarto. Está bom para as suas necessidades?

— Melhor do que a pedra que eu dormia em Nurmengard, sim. Este lugar foi de alguém?

— Sim. Newton Scamander. É um nome familiar para você?

— Claro. — Grindelwald sorriu — Ah, meu velho amigo Scamander... nos encontramos diversas vezes. A cunhada dele Queenie, foi uma de minhas leais seguidoras. Uma legilimens talentosíssima. E a garotinha de cabelos prateados que o meu amigo deseja, aquela que está enamorada... — Grindelwald apontou para Snape, enfatizando a relação dele com Erina — ... sobrenome Thompson... tinha uma Thompson no meu grupo. Anna Thompson... sabe se este nome é familiar para a garotinha?

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