[36] A Escuridão

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Erina Thompson acordou naquele 25 de Dezembro muito bem, se espreguiçando e com uma fome danada. — como se o que comeu na ceia natalina não tivesse sido o suficiente — Em cima da cama, Pinky estava arrumando as roupas dela e de Snape e colocando dentro de malas separadas. Erina se levantou e foi até a elfo, chamando-a levemente, mas mesmo assim Pinky deu um pulo de susto.

— Erina Thompson, minha senhora... a senhora assustou Pinky.

— Desculpa, é que eu gostaria de saber onde está o Sevie.

— Senhor Snape saiu cedo, minha senhora. Deve estar na cozinha.

— Ah, obrigada Pinky.

Antes de Erina ir ao banheiro fazer sua higiene matinal, ela foi até a cabeceira da cama olhar o lindo globo de neve que Snape lhe dera. Sacudiu ele algumas vezes e logo duas bolas de luz apareceram formando as miniaturas animadas dos patronos do gato e do unicórnio dançando no céu sob a neve. De todos os presentes que o mestre de poções já lhe dera, este era o mais lindo e guardaria com todo o carinho do mundo.

Indo ao banheiro e terminando de tomar banho e escovar seus dentes, vestiu um suéter preto, calça de lã azul claro, meias e desceu para a sala de jantar, mas quem estava lá era Régulo Black, que lia a edição natalina do Profeta Diário.

— Feliz Natal, senhor Black. — disse Erina.

— Oh, feliz Natal Erina. Sua mãe ainda não acordou... você e Severo se recolheram cedo. Ela ficou conversando com a senhora Prince e aí foi até tarde. Eu não sou muito acostumado a "madrugar", então também me recolhi. — Erina observou que Régulo estava incomodado ao ler aquele jornal — Erina, tem algum livro para me emprestar? Sinceramente, não quero mais ficar lendo essa porcaria de Profeta Diário.

— A-acho que devo ter... já venho.

Erina subiu as escadas e voltou para seu quarto, procurando algum livro que poderia ser útil na leitura de Régulo, mas apenas achou um encadernado velho dentre seus milhares de exemplares de livros sobre Astronomia. Como era o único que encontrou, desceu e entregou-o para o bruxo, que olhou para a capa com uma certa curiosidade mostrada em suas feições.

— Hum, Astronomia... não é uma das minhas matérias favoritas, mas obrigado. Melhor do que ficar lendo coisas inúteis como esse jornal.

Régulo pegou o livro e agradeceu Erina. Enquanto isso, ela foi até a cozinha ver se Snape estava lá. Como esperado, o mestre de poções cozinhava no fogão à lenha alguma coisa para o desjejum do natal. O cheiro era ótimo e já fazia Erina ficar com água na boca.

— Feliz Natal, Sevie. — Snape olhou para ela com um sorriso.

— Feliz Natal, Nina. Estou preparando o café da manhã.

— Parece meio abatido, Sevie. Não dormiu bem?

— Não é que... Grindelwald apareceu ontem.

— Ontem? Como assim?

— Eu estava tendo um sonho horrível, e quando acordei dei de cara com ele, me observando como um fantasma ou alguma alma penada. Segundos depois, ele desapareceu e fui até o banheiro lavar meu rosto. Foi quando o desgraçado apareceu de vez, e começou a dizer aquelas coisas estranhas de que, se não nos casarmos, o clã Snape não vai prosperar.

— Oh... e ele falou mais alguma coisa além disto?

— Me deu este papel. — Snape tirou o papiro desgastado do bolso do sobretudo e deu a Erina — É a receita da poção que aquele maldito quer que eu faça com o seu sangue. Mas sabe, o pior nem é isso e sim que, Grindelwald sabe onde estão os Cavaleiros de Metal e não quis me falar. Ficou fazendo enigmas estúpidos, dizendo que a resposta já está nas minhas mãos... — porém, Snape notou que Erina não estava prestando atenção no que ele dizia e sim no papiro — Estou falando com você, Erina. — Snape teve que estalar os dedos para que Erina voltasse em sua total consciência — Acorda, Thompson.

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