[30] Ravenclaw's Pride, Pavilhão 12

136 16 98
                                    

1

Erina Thompson estava indo tomar café da manhã quando o telefone ao lado da lareira começou a tocar. Como sua mãe estava ocupada na cozinha, ela caminhou e atendeu a ligação. Achou que deveria ser algum cliente pedindo encomenda de roupa, mas se alegrou ao ouvir a voz de Hal do outro lado.

Erina como você está? Deu tudo certo com o feitiço? — perguntou o garoto.

— Deu sim. E com você?

Também, apesar de ter ficado um pouco nervoso ao olhar para mim mesmo. Joguei o Tempora Tempis, e minha outra imagem virou um brilho estranho e entrou em mim. Daí senti como se era para eu estar lá... isso é normal ou é coisa da minha cabeça?

— É sim. O tempo entendeu que você não é um intruso quando falou o feitiço.

Ufa ainda bem. E você falou com o Snape?

— Falei e ele disse que vai nos ajudar com a fuga. Um amigo dele vai entrar em contato para nos dar moradia. E Hal... esse amigo dele, é aquele tal de Black que nos abordou no Baile de Carnaval da Castelobruxo. Eu não sei se você se lembra...

Aquele cara estranho que falou umas coisas ainda mais estranhas para a gente? Lembro sim. Mas Erina... esse sobrenome não é de uma família conceituada de sangues-puros? Ele não vai ficar incomodado com a minha presença ou sei lá... eu lembro que ele ficou meio ressentido quando eu falei que era um nascido-trouxa na Sonserina...

— Creio que não, e o Severo havia me dito há um bom tempo que ele abandonou essa ideologia. Enfim, nós temos que confiar nele e que tudo é para o nosso bem.

Mas não me sinto bem com isso, apesar dele ter aberto meus caminhos... enfim, eu vou esperar seu retorno com o plano.

— Ok. A gente se fala mais tarde.

Erina desligou o telefone e foi para a cozinha. Sua mãe estava com um monte de cartas nas mãos trazidas pelo correio-coruja e olhando cada uma devagar. No braço, tinha também um exemplar daquela manhã do Profeta Diário que logo a mesma jogou na mesa. Erina fitou o jornal devagar e ficou aliviada por não ter mais nada relacionado a ela, apenas as besteiras de sempre de Rita Skeeter e do ministério.

— Tem um monte de cartas para você, Erina... acho que tem umas cinco, não.

— Deixe-me ver... — a senhora Thompson entregou as cartas para a garota que se sentou na mesa e analisou uma por uma. Era de suas amigas Zara e Ever (o nome de Lexie estava junto com o de Ever), outra do senhor Weasley e uma com remetente desconhecido. Erina se interessou pela carta com o endereço borrado — ... são... cartas dos meus amigos.

— Uma não é porque vi o selo do Ministério da Magia...

— É do senhor Weasley. Vou tomar café e responder todas.

Após tomar o café da manhã, Erina levou todas as cartas que recebeu no seu quarto e começou a lê-las enquanto abria o livro roxo metálico para continuar seus estudos. Perto do abajur, Erina fitou o Talismã do Fim, a única peça que não desapareceu com a volta no tempo. A garota achava aquilo curioso; por que aquele objeto fora o único a ficar? Até mesmo o Vira-Tempo tinha desaparecido e voltado na caixa de veludo vermelho. Será que ele tinha algum tipo de proteção mágica contra voltas no tempo?

Erina esqueceu daquele assunto e foi logo abrindo a primeira carta, de Ever e Lexie.

Erina, deu tudo certo comigo e com a Lexie. Foi meio estranho me encontrar comigo mesma e a sensação depois do feitiço foi mais ainda. A Lexie e a mãe dela estão morando provisoriamente comigo por causa da invasão dos Comensais da Morte e daquele louco que te persegue. Já falei toda a situação para o meu pai e ele concorda que eu fuja. Só fiquei meio estranha quando vi o braço da Lexie. A ferida que aquele tal Greyback fez nela virou uma cicatriz bizarra. Estou com medo que ela acabe sendo contaminada com licantropia. Agora, fico aguardando sua coruja para os próximos passos. — Ever Molin e Lexie Johnson.

MonsterOnde histórias criam vida. Descubra agora