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Erina Thompson estava indo tomar café da manhã quando o telefone ao lado da lareira começou a tocar. Como sua mãe estava ocupada na cozinha, ela caminhou e atendeu a ligação. Achou que deveria ser algum cliente pedindo encomenda de roupa, mas se alegrou ao ouvir a voz de Hal do outro lado.
— Erina como você está? Deu tudo certo com o feitiço? — perguntou o garoto.
— Deu sim. E com você?
— Também, apesar de ter ficado um pouco nervoso ao olhar para mim mesmo. Joguei o Tempora Tempis, e minha outra imagem virou um brilho estranho e entrou em mim. Daí senti como se era para eu estar lá... isso é normal ou é coisa da minha cabeça?
— É sim. O tempo entendeu que você não é um intruso quando falou o feitiço.
— Ufa ainda bem. E você falou com o Snape?
— Falei e ele disse que vai nos ajudar com a fuga. Um amigo dele vai entrar em contato para nos dar moradia. E Hal... esse amigo dele, é aquele tal de Black que nos abordou no Baile de Carnaval da Castelobruxo. Eu não sei se você se lembra...
— Aquele cara estranho que falou umas coisas ainda mais estranhas para a gente? Lembro sim. Mas Erina... esse sobrenome não é de uma família conceituada de sangues-puros? Ele não vai ficar incomodado com a minha presença ou sei lá... eu lembro que ele ficou meio ressentido quando eu falei que era um nascido-trouxa na Sonserina...
— Creio que não, e o Severo havia me dito há um bom tempo que ele abandonou essa ideologia. Enfim, nós temos que confiar nele e que tudo é para o nosso bem.
— Mas não me sinto bem com isso, apesar dele ter aberto meus caminhos... enfim, eu vou esperar seu retorno com o plano.
— Ok. A gente se fala mais tarde.
Erina desligou o telefone e foi para a cozinha. Sua mãe estava com um monte de cartas nas mãos trazidas pelo correio-coruja e olhando cada uma devagar. No braço, tinha também um exemplar daquela manhã do Profeta Diário que logo a mesma jogou na mesa. Erina fitou o jornal devagar e ficou aliviada por não ter mais nada relacionado a ela, apenas as besteiras de sempre de Rita Skeeter e do ministério.
— Tem um monte de cartas para você, Erina... acho que tem umas cinco, não.
— Deixe-me ver... — a senhora Thompson entregou as cartas para a garota que se sentou na mesa e analisou uma por uma. Era de suas amigas Zara e Ever (o nome de Lexie estava junto com o de Ever), outra do senhor Weasley e uma com remetente desconhecido. Erina se interessou pela carta com o endereço borrado — ... são... cartas dos meus amigos.
— Uma não é porque vi o selo do Ministério da Magia...
— É do senhor Weasley. Vou tomar café e responder todas.
Após tomar o café da manhã, Erina levou todas as cartas que recebeu no seu quarto e começou a lê-las enquanto abria o livro roxo metálico para continuar seus estudos. Perto do abajur, Erina fitou o Talismã do Fim, a única peça que não desapareceu com a volta no tempo. A garota achava aquilo curioso; por que aquele objeto fora o único a ficar? Até mesmo o Vira-Tempo tinha desaparecido e voltado na caixa de veludo vermelho. Será que ele tinha algum tipo de proteção mágica contra voltas no tempo?
Erina esqueceu daquele assunto e foi logo abrindo a primeira carta, de Ever e Lexie.
Erina, deu tudo certo comigo e com a Lexie. Foi meio estranho me encontrar comigo mesma e a sensação depois do feitiço foi mais ainda. A Lexie e a mãe dela estão morando provisoriamente comigo por causa da invasão dos Comensais da Morte e daquele louco que te persegue. Já falei toda a situação para o meu pai e ele concorda que eu fuja. Só fiquei meio estranha quando vi o braço da Lexie. A ferida que aquele tal Greyback fez nela virou uma cicatriz bizarra. Estou com medo que ela acabe sendo contaminada com licantropia. Agora, fico aguardando sua coruja para os próximos passos. — Ever Molin e Lexie Johnson.
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Monster
Fanfic1989-1991. Ainda era difícil para Erina Thompson superar os traumas do passado, mesmo com seu namorado o professor de poções Severo Snape, sua família e amigos lhe apoiando incansavelmente. Voltar para seus últimos anos a Escola de Magia e Bruxaria...