[25] Todos Contra Severo Snape

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N/A: Feliz Halloween, pessoas. Além de ser o Potter Day, também é o aniversário da nossa querida Erina, que está completando 48 anos em 2020. Como ela está nesse tempo? É segredo. Boa leitura.


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Erina ficou tão perturbada com aquela Caixa das Almas que mal conseguiu dormir naquela noite. Aquela coisa só poderia ter sido dada pelo Homem do Pilar a professora Rakepick, pois não explica tamanha maldade em guardar almas dentro de uma caixa apenas para "colecioná-las" ou então "para criar dementadores" como se fosse um mero gado. Erina estava interligada com aquele homem de algum jeito, e sentia que aquilo só poderia ter sido feito por ele, já que nunca ouvira falar dessa Caixa das Almas. Erina percebia que estava lidando com algo poderoso o suficiente para fazer o mundo bruxo virar de cabeça para baixo em um simples estalar de dedos.

Porém, o assunto de Lexie era mais sério e não tinha como esconder isso mais de alguma autoridade. Tinha um tempinho livre depois da aula de Transfiguração, e assim que saiu da sala comunal para pegar novos livros, correu para as masmorras falar com Snape. O professor estava de costas para a sua escrivaninha, preparando uma poção que tinha um cheiro horrível de queijo estragado.

— P-professor Snape...

— Se veio me atormentar com suas chatices de irritante sabe-tudo, Thompson, peço que dê meia volta e saia da minha sala. Estou ocupado com uma poção.

— Eu não teria vindo se não fosse algo urgente, e acho que o senhor é o único que vai conseguir me ajudar. — Snape colocou suavemente os tubos de ensaio com a varinha e virou-se para ver a garota — Lexie Johnson. Eu sei que foi ela e a mãe que sofreram aquele estupro do Rabastan Lestrange no encontro que o senhor teve com o Homem do Pilar. — Snape mudara as feições, e já olhava com uma certa desconfiança — A Lexie... pode estar grávida daquele homem horrível.

Snape fechou novamente suas expressões.

— Como chegou a essa conclusão?

— Ela passou mal ontem; vomitou e tudo nos livros da Tulipa, e disse que não estava se sentindo bem desde que veio para Hogwarts. Faz mais de um mês que tivemos aquela conversa, e dava tempo suficiente para que os sinais de uma gravidez começassem a aparecer.

— Isso pode ser uma simples intoxicação por comer doces demais. Elas podem durar dias...

— Não acredito que seja uma intoxicação, professor. Não acha que é estranho demais? Por favor, o senhor é o único que pode me ajudar a descobrir se ela está grávida ou não... sei que existem poções que podem identificar... por favor, professor Snape... é a vida de uma menina que está em risco...

Snape deu as costas para a garota e subiu uma escadinha que ia para a sua sala particular, onde guardava a maior parte dos ingredientes raros para poções e alguns estoques. Erina pensou que ele tinha desistido, ou que ele pensava que ela estava louca em achar que uma garota de treze anos poderia estar grávida, mas se surpreendeu quando o viu voltando da salinha com um frasco pequeno contendo um líquido preto nas mãos.

— Tome. Dê isso para ela bochechar e depois cuspir. — disse, de um modo frio — Se o líquido ficar rosa, indica gravidez. Se ficar vermelho, não haverá nada.

— Obrigada, professor.

— Volte se der algum resultado.

Erina deu um sorriso tímido para o professor e depois saiu das masmorras andando apressadamente pelos corredores da escola a procura de Lexie, mas desde o almoço de ontem que não a via. Erina parou e fechou seus olhos, tentando usar a soulmência para encontrá-la; via no meio de muitos que andavam por lá a cor de suas almas, e precisava encontrar a que estava mais ferida (além da dela), porém eram energias vitais demais para analisar ao mesmo tempo e isso a deixava extremamente incomodada com a paleta de cores que se formava, a maioria de cores iguais. Só que, em meio de tantas colorações vibrantes, viu uma de cor cinza: a de tristeza. Pertencia a uma garotinha de cabelos loiros amarrados em um rabo de cavalo que estava um pouco apressada. Erina voltou a abrir os olhos e a imagem era de Lexie.

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