[11] As Lembranças do Professor Warren

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Depois de tantos problemas, Erina Thompson não estava mais suportando aquele ano letivo... só queria que ele acabasse logo para que pudesse voltar para a casa e ficar o dia inteiro com seu amado observando as estrelas e seus patronos caminhando sob o céu da noite de lua cheia, como daquela vez em que voltou para o seu tempo após salvar Snape das crueldades de seu pai, o infame Tobias Snape. Assim que atravessou a ponte suspensa para a torre da Corvinal, notou que a porta estava entreaberta. Ah ótimo... mais um aluno deixou essa maldita porta aberta... Aldrava deve estar morrendo de raiva. Eles nunca vão tomar jeito.

Só que... tudo parecia estar combinado para que a porta pudesse ficar aberta e Erina entrasse. Um monte de alunos de diversos anos da Corvinal estava em bando, olhando feio para ela. Tulipa e Ever, não estavam fazendo parte do grupo e olhavam toda a situação ao lado de uma estante de livros.

— Pessoal? O que estão fazendo aqui?

Erina franziu o cenho e deu dois passos para trás quando um garotinho do primeiro ano gritou:

— E você? Indo contra o nosso professor favorito...

— O q-que?

— Confiávamos em você... — disse um outro garoto, mais velho, do sétimo ano — ... achávamos que era nossa fonte de inspiração, mas vê-la atacar o professor Lockhart? Isso é a mais pura covardia.

Agora Erina entendia o motivo pelo qual aquela porta estava aberta... Lockhart se aproveitou enquanto a McGonagall dizia o seu veredito para contaminar ainda mais a cabeça dos corvinos e por cima, deixar a porta da Aldrava aberta para quando ela chegasse, não pudesse escapar dos olhos fuzilantes dos alunos irritados.

Gritos, xingamentos e ameaças. Eles jogavam pedaços de papéis amassados, falavam palavras contra a garota... coisas estas que Erina já ouviu uma vez, na aula de Arte do quarto ano de alguns alunos da Grifinória quando sem querer — e foi sem querer mesmo — ela pintou um auto retrato do professor Snape.

Vai continuar defendendo a vaca da Rakepick até quando?

Você é uma vergonha para a Corvinal. Merecia ter ido para a Grifinória.

Flitwick é um louco em ficar te mimando.

Vendo que a situação poderia agravar para algo mais sério, Tulipa e Ever se meteram na confusão indo em cima de Erina, formando uma barreira com seus próprios corpos.

— Vocês não vão agredi-la! — gritou Tulipa, com força na voz.

— Como não? Por culpa dela que o Lockhart quase se machucou. — gritou uma garota do quinto ano.

— E se ele vai parar no St. Mungus e fica lá para sempre?

— Duvido que o Lockhart se machucaria com uma simples pilastra. Ele é um bruxo forte, não ia se deixar por tão pouco. — disse Ever olhando sério para cada um deles — E outra que vocês estão viajando na maionese. O próprio Lockhart disse que foi um acidente, e que não era para culpar a Erina... então porque caralhos vocês estão jogando papéis nela e a chamando de Vendida da Grifinória? Vão começar agora a repetir as mesmas baixarias do Pirraça, seus merdas?

— Porque dá pra ver que a Thompson se simpatiza com a Rakepick. — disse um aluninho do terceiro ano que estava nos fundos do bando.

— E daí? Ninguém é obrigado a gostar do Lockhart, não. — disse Tulipa.

— Sem falar que muitos da Grifinória não gostam da Rakepick e escolheram o Lockhart. Vocês tem que parar de dar pitaco nas opiniões dos outros. Erina ainda continua sendo a nossa maior inspiração na Corvinal. É monitora, capitã do quadribol e descendente de Merlin. — Ever colocou isso bem destacado para que todos pudessem entender — Então é melhor que vocês parem com essa putaria de ficar criando organização de revolta, entendeu? Agora dispersem esse grupinho. Vamos, vamos, xô, xô.

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