The kidnap

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O mundo parecia ter avançado décadas nos poucos dias em que estiveram fora. Nova York ainda era turbulenta e o trânsito uma porcaria, ou pelo menos pelo que Janet dissera ao chegar. Ela parecia menos abalada a morte de Hank, ou pelo tentava parecer, fingia um ânimo inexistente, às vezes enchia a cara com sua amiga advogada de caráter duvidoso, uma tal de Jennifer, ela estava encarregada do caso de Hank antes suicídio, certamente sem o consentimento dele. Jan lhe dissera que Jennifer Walters, era uma advogada de prestígio e que nunca em sua vida a vida perder um sequer caso. Okay, não é como se Van Dyne realmente entendesse algo de direito. Ela perdia muito tempo de sua vida enfurnada no quarto a fazer costuras à mão, desenhar uniformes, algo que aprendeu a fazer para ocupar a mente.

- Bem, eu já vou indo. - Walters se despediu ao fim do dia, apesar da insistência de Tony para que ficasse. Janet parecia sempre mais animada com a presença dela. - Não quero incomodar mais e estou trabalhando em uma investigação sobre o tal do jaqueta amarela.

Ah, o jaqueta amarela. A TV não falava de outra coisa se não do novo justiceiro mascarado cuja identidade era desconhecida de todos, uma incógnita, mas não parecia ser uma ameaça, não como o que diziam do Homem Aranha ou dos X-Men, até mesmo o Clarin Diário o bendizia, exatava seus feitos, apesar de radicais. Ele não parecia ser o tipo de cara moral.

- Por que não desliga isso? - A voz melancólica de Janet Van Dyne capturou sua atenção

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- Por que não desliga isso? - A voz melancólica de Janet Van Dyne capturou sua atenção. Ela estava debruçada sobre o balcão da cozinha vendo algo no celular, algo em que aparentemente não prestava atenção.

- Você já vai? - Ele indagou temendo sua resposta

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- Você já vai? - Ele indagou temendo sua resposta. Aquela Torre estava quase morta, quase abandonada, só lhes restara solidão e silêncio. Não era a toa que Visão preferia passar parte do dia fora, fazendo sabe-se lá o que, Rhodes voltou para a base da força e, onde se julgava mais necessário. O que lhe restava quando ela também ia embora?

- Tenho... Algumas coisas para fazer. - Como visitar o túmulo de Henry Pym, e afogar-se em álcool quando chegasse em sua mansão no interior de Jersey. Ergueu o corpo e guardou o celular no bolso dos shorts, enquanto caminhava até a porta do elevador. - A gente se vê na segunda.

- Janet... - As portas se abriram o momento em que as mãos frias de Tony seguraram seu braço impedindo que partisse. - Você vai ficar bem?

- Sim. Sim, eu vou. - Um longo suspiro. - Ainda sinto falta do pessoal e... Do Hank, de como a gente se divertia aqui, apesar... Apesar de tudo. Ainda fico me perguntando como e por que as coisas mudaram. Por que nós mudamos...


Tudo havia tido ínicio há 6,97 bilhões de anos, antes mesmo do nascimento da bola de gude azul e soberba que chamavam de Terra, o ascendente império Kree se uniu à tríplice aliança estalar dos Skrulls, Shi'ar e os Breens, sendo por conseguinte o quarto império integrante, mas não a menos importante, ainda assim demasiadamente menosprezada. Quando o novo governante Kree, ancestral de Ronan o Acusador, assumiu o trono, seu espião, o primeiro Capitão Mar-vell descobriu uma trama dos Skrulls e Breens para atacar o império Shi'ar, e tomar para si suas riquezas e tecnologia. O confronto veio pelo que ficou conhecido como a Batalha dos Quatro tronos. Curta o suficiente, mas não menos devastadora. Milhões morreram naquele dia. Milhões de pessoas inocentes, aquela mancha negra jamais sairia da mente de Carol, era como se estivesse presente lá, como se a projeção das imagens no vídeo fossem um filme de sua vida, e de alguma forma era, a história das pessoas que por anos ela chamou de "seu povo".

- Eu queria muito perguntar por que deveríamos acreditar nessa história. - Bucky disse subtamente. Queria dizer, afinal, era pura loucura.

- Não duvido de mais nada. E Carol não tem motivos para mentir sobre isso. - Wanda não sabia por que mas defendeu a loira, que continuou explicando-lhes o motivo de sua vinda desesperada por ajuda. Bem, estava estava mais para aviso. Ela lhes dissera sobre uma imigração para... Para a Terra?

- O que exatamente os Skrulls querem? - Indagou Steve parecendo meio incomodado, seu olhar oscilava entre o tablet com hologramas do espaço e Natasha, que parecia aflita demais com o fato de terem dois gaviões arqueiros naquela história. Decidiu a contragosto voltar sua atenção ao que Danvers dizia. - Acha que querem algo aqui?

- Não tenho certeza... - Ela suspirou. Realmente não sabia. Carol era como ele, um soldado sujeita a ordens superiores, não que ela as seguisse sempre, assim como agora, tinha ordens diretas para retornar ao império Kree mas não o fez.

- Acha que o Clint é um deles? - Natasha não queria verdadeiramente ouvir a resposta e aquilo de certa forma deixou Steve incomodado. Danvers negou com a cabeça, fazendo a ruiva suspirar em alívio. - O ferimento do Sr. Barton foi grave demais. Um Skrull teria se revelado acidentalmente apenas com o golpe. Mas creio que deva temer pela vida daqueles que estão com o outro Gavião Arqueiro.

Quando a noite tornou-se mais densa e fria, os Vingadores aos poucos procuraram o caminho de volta para seus quartos. Sam foi à cozinha com Steve, deixando Wanda e Bucky na sala assistindo "O Senhor dos Anéis" isso porque Barnes dissera nunca ter ouvido falar do filme, então por questões de honra cultural fizeram essa bondade.

- Está feliz por ele ter voltado. - Observou o Falcão enquanto fritava alguns nugguets. Ele sabia o quanto era doloroso para Steve pensar em Bucky como um inimigo, assim como sua felicidade em não precisar faze-lo. - Ainda assim algo o incomoda... O que foi aquele surto com a Nat mais cedo?

- Ela me irritou, só isso. - Steve suspirou ao se lembrar da cena.

- Ela consegue isso com muita facilidade, não é como se você já não tivesse algum outro motivo pra se perguntar com o que ela diz.

- O que quer dizer? - Sam olhou de um lado a outro antes de prosseguir.

- Steve, você não pode ser tão lerdo quanto parece! É claro e todo mundo percebe que você gosta da Natasha. Com certeza ela te irrita porque sabe disso e sabe que você ainda não percebeu.

As luzes raramente ficavam acesas quando não estava em casa e naquela noite não fora diferente a maioria dos funcionários daquela enorme residência estava de férias naquela época do ano, tanto porque era difícil ela passar os finais de ano em casa desde que se tornou vingadora quanto porque ao contrário dela agora, estes tinham uma família e motivos pelos quais comemorar o início do ano novo. Janet jogou a bolsa no sofá, enquanto subia as escadas para o andar de cima, ainda no escuro, sentiu a leve sensação de estar sendo observada. Abriu a porta do quarto, deixando-a aberta, foi até o banheiro, tomou um banho quente e demorando, após vestir-se de uma camiseta fina e uma calça de moletom, pôs-se a observar o céu nublado, as ruas enevoadas do lado de fora, imaginando ainda o porquê de tudo ter mudado. Um arrepio percorreu sua espinha fazendo com que se virasse no susto, percebeu no escuro a silhueta de um homem alto, mas não reconheceu seu rosto. Os lábios emitiram um grito agudo, calado pelas mãos fortes do invasor. Ele a pressionou contra a parede com o próprio corpo.

- Quieta. - Ordenou em um tom quase inaudível. - Não vai querer acordar os vizinhos. De qualquer forma é inútil gritar...

Após aquelas palavras, ela sentiu um leve incomodo na região do pescoço, e foi a última coisa de que se lembrou além dos olhos azuis penetrantes de seu raptor antes de tudo escurecer.

The Avengers | United They StandOnde histórias criam vida. Descubra agora