Reunir os vingadores talvez não fosse lá a parte mais difícil de seu plano para levá-los de volta a sua realidade. Após bastante explicações, o grupo já considerava acreditar na possibilidade de serem realmente super heróis em uma outra vida, mas a parte mais difícil em tudo isso era: Eles não tinham poderes. Peter lhes havia contado de fato a respeito de suas incríveis habilidades, histórias engraçadas, outras pavorosas com os poderosos Vingadores, até então apenas histórias, afinal ninguém alí tinha idéia do que fazer e o tempo era curto, ele imaginou.
Talvez um especialista na teoria do multiverso pudesse ajudá-los. Foi o que sugeriu Banner. Ele não entendia nada daquilo. Seu trabalho era com radiação gama. Trabalhava no laboratório do exército americano com seu sogro, p General Ross e sua esposa Elizabeth. Conhecia De vista, Tony e Pym, e não possuía afinidade alguma com ambos, o que o levou a indagar a si mesmo que diabos havia passado por sua cabeça quando se juntou a eles.
- Tem uma pessoa que talvez possa nos ajudar. - Janet sugeriu. Ela parecia ainda mais interessada naquela loucura. Tinha todo o espírito aventureiro de qualquer jovem de sua idade e o desejo latente de fazer algo mais pelo mundo do que simplesmente viver nele. - Ele é especialista em artes místicas, talvez saiba algo a respeito.
Greenwich Village não ficava longe, a pé daria para ir se não estivessem com pressa suficiente. Peter pegou carona com Tony, Carol e Natasha no carro do marido da mesma, Steven Rogers, que agora dirigia em silêncio, tentando digerir informações que diziam que numa outra vida, era considerado uma lenda, um dos mais admirados e respeitados heróis. Não que fosse diferente a responsabilidade como Capitão da polícia, ele sentia o peso que era tal incumbência. Natasha talvez tivesse notado sua preocupação, considerando que segurou suam mão em um ato para encoraja-lo.
- Como você... Ahn... Descobriu sobre todas essas coisas, rapaz? - Carol Indagou parecendo pensativa sobre o assunto.
- Acordei nessa manhã e percebi que não me lembrava do resto da minha vida. Quero dizer, dessa vida, da outra eu me lembro.
- O que mais acontece nessa outra vida? - Natasha indagou com um sorriso curioso.
- Bem, você e Steven não são casados. - Os dois se entreolharam. - Mas achamos que se gostam ou algo do tipo, então acho que falta pouco pra isso. Ninguém é casado, na verdade. Só a Jan e o Hank.
- Enquanto aqui eles só não se matam por que a lei não permite. - Tony solta uma risada sarcástica. - Conte-nos mais.
- Você é apaixonado pela Jan.
Tony cuspiu o whisky para fora da janela e Olhou incrédulo para o garoto, enquanto todos riam de sua reação.
⚓
Stephen Strange era um homem ocupado. Bem, no nível de ocupação que caberia um neurocirurgião tão talentoso quanto ele. Ex neurocirurgião. Stephen sofreu um acidente após perder um paciente naquele mesmo ano e foi então que começou buscar conhecimento nas artes místicas. Quem o conhecia diria que estava ficando louco com a idade, mas quem convivia com Stephen - e eram pouquíssimas pessoas -, talvez considerassem-no até mesmo um professor. Foi assim que ficou conhecido pelas crianças de Greenwich Village como Doutor Estranho.- Não me chame disso. - Ele repreendeu Stark ao ouvir o comentário. - A propósito, digam-me depressa o que desejam, estou ocupado.
- Perdoe-nos, doutor. - Hank Pym tomou a frente, um pouco acanhado. - Sou bioquímico, eu e meus colegas estamos estudando algo relacionado a... Realidades alternativas. Eu... Ouvi muito falar a seu respeito, imagino que saiba algo a respeito.
O Homem respirou fundo e os encarou. Estranhamente havia algo familiar naquele grupo de esquisitões, todavia não se importou. Fez um sinal com a cabeça para que o seguissem e fechou a porta. Subira até uma espécie de Sanctum conjugado com uma biblioteca, onde pediu que todos se sentassem. Eles o fizeram sem questionar, então olhando atentamente para ele, ouviam o que lhes dizia.
- Lembro-me de ter acordado de um sonho, em que o demônio me dizia que nada do que vivia poderia ser real. Sim, ele existe. - Respondeu antes que alguém fizesse a pergunta. - Meus olhos se fecharam e um rosto feminino preencheu minha visão. - Stephen lhes mostrou a fotografia de uma jovem. - Wanda Maximoff, uma amiga minha, nós... Nos conhecemos a mais tempo do que eu possa me lembrar, o que é estranho considerando que me lembro de grande parte da minha vida.
- É a garota que vi em meu sonho. - Peter indicou, sentindo certo temor ao falar. - Onde podemos encontrá-la?
- Wanda vive em Genosha com o pai, e os irmãos, mas... Não sei se é uma boa entrarmos naquele lugar, está repleto de mutantes radicalistas, os poucos que restaram. - Avisou.
- Então... Nós encontramos a Wanda e convencemos ela a devolver nossos poderes e o mundo ao seu... Normal? - Romanoff deduziu.
- Sim, considerando que ela saiba como fazer isso, afinal alterar toda a realidade pode ter afetado também a ela própria. - Hank tinha razão. Bom, era um risco que iriam correr e talvez devesse se perguntar, se não teria ela afetado até mesmo o próprio Thanos.
Provavelmente nem mesmo Thanos se lembrava do que ele era, embora se acreditasse que a realidade não poderia ser alterada no espaço.
- Uma vantagem que temos. - Afirmou Anthony Stark. Ele poderia não ser o tal Homem de Ferro,as ainda tinha sua genialidade. - Alguém com controle sobre toda a realidade, pode altera-la em toda extensão de uma dimensão, isso inclui matéria, espaço e tempo, ou seja, se essa menina tem essa habilidade talvez tenha alterado o curso da realidade a nosso favor, apesar de ter dito que ela estava fora de si.
O grupo atravessou a cidade em direção ao aeroporto particular de Tony Stark. Um jato os levaria até o outro lado do Atlântico em menos de três horas segundo ele. Nova York parecia calma, nada comparado ao tumulto ao qual Peter Parker estava acostumado, com protesto atimutantes dentre outras coisas desagradáveis. Banner lhe dissera que os mutantes estavam concentrados em Genosha, uma ilha ao lado de Madagascar, onde viveriam em paz e sem nenhuma recriminação.
Uma Utopia, algo que talvez fosse possível não fosse a insistente mania do ser humano querer destruir e reprimir tudo o que não conhece ou entende. Banner pareceu dizer mais do que fazia parecer saber e isso não passou despercebido pelo jovem Parker. Ele imaginou que em algum lugar dentro do bom e calmo cientista, algo se escondia. Fera ou Herói, aquilo só caberia a Banner.
- É aqui. - Avisou o Piloto, Peter Quill, apontando para a enorme Torre que se erguia ao centro da Hammer Bay. - A tão aclamada capital do país dos mutantes. Um purgueiro isso sim. Terão sorte se saírem vivos daí.
- Se sairmos vivos, Quill, considere-se demitido. - Avisou o Senhor Stark quase desmaiando de tanto enjôo.
Passar despercebidos pelos mutantes não seria difícil, embora os estrangeiros não parecessem ser muito bem vindos no lugar. Stephen parecia não se importar e caminhando imponente até o portão principal deu sinal para um dos guardas.
- Me chamo Stephen Strange e desejo falar com a Srta Wanda Maximoff. - Disse sem perder o tom de voz altivo.
- A Senhorita Maximoff está ocupada. - Alertou o guarda, que parecia ter menos que a idade de Parker, porém antes que Carol ou Natasha partissem o coitado ao meio, uma mulher de cabelos castanhos apareceu no portão.
- Não, não estou. - Ela corrigiu olhando seriamente para o jovem. - E pare de ficar respondendo por mim isso é um saco! - Revirou os olhos, então quando viu Stephen sua reação mudou automaticamente. - Strange! Que bom ver você! - Disse envolvendo-o em um abraço. - Quem são seus amigos?
- Bem... Wanda, é uma longa história.
- Adoro longas histórias! Venham. - Ela fez um sinal para que a seguissem. - Desculpa pelo Kylie, isso aqui virou uma zona desde que o Erik viajou para o interior com o Pietro e eu realmente não sabia que viria.
- Eu sei, não avisei. - Eles entraram em uma sala grande uns três andares acima na Torre. - Wanda, nós precisamos conversar sobre algo muito especial. Mais precisamente, seus... Poderes Mutantes.
A morena franziu o cenho, o encarando.
- Acreditamos que possa ter acidentalmente usado seus poderes para criar uma nova realidade, no caso essa. - Peter tomou a palavra, fazendo-a soltar uma risada.
- O que?! Olha isso é impossível, eu... Não uso meus poderes. Desde que despertaram, Stephen os reprimiu, então não voltaram, isso é... Impossível.
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The Avengers | United They Stand
Fanfiction#Fanfic sem fins comerciais baseada nos filmes e HQs do Universo Marvel. Quando um poderosíssimo ser foge de Asgard com nada mais e nada menos em mente que não seja a dominação de todo o universo, grandes heróis se reúnem para proteger a Terra, a pa...