Chaotic Reality

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Stephen Strange acreditava que tudo por mais simples que fosse deveria ser mantido em constante equilíbrio. Pensou que talvez não fosse tão ruim ou dificultosa a missão como mago supremo, aliás o que, além das forças que já conhecia poderia de fato perturbar a paz e a tranquilidade?

Ele a chamou de energia do caos. Foi o que interrompeu sua meditação no Sanctum Sanctorum em Greenwich Village, apesar de seu epicentro ter sido do outro lado do país, ele conhecia aquele rastro místico e quando Tony ligou avisando que tinham um problema, deduziu de vez o pior. Vestiu sua capa e abriu o portal para a mansão dos Vingadores.

- Onde ela está? - Foi direto ao ponto, notando a expressão de Pym. Ele não sabia o que fazer. Perfeitamente compreensível. Ninguém saberia.

- Na ala médica. Acho melhor... Você ir vê-la. Tome cuidado.

- Eu sempre tenho.

Uma explosão no metrô de Los Angeles, foi assim que o pesadelo rubro teve início. Strange observou através do vidro sua aluna, debater-se sobre a maca da enfermaria. Ela suava e estava pálida. Vez ou outra abria os olhos e estes tinham um brilho escarlate, que em algum momento ele já havia visto.

- Ela vai ficar bem? - Ele olhou para o lado notando os olhos marejados de Janet Van Dyne. Stephen assintiu, apesar da incerteza. Não haviam certezas com a magia do caos.

Tony lhe dissera que a encontraram no metrô desmaiada, após isso, a jovem teve duas convulsões, seu coração parava e voltava até que em algum momento pensaram tê-la perdido. Helen Cho havia dito que isto poderia acontecer, devido aos efeitos da radiação do cetro de Loki, usado pela HYDRA para aprimorar seus poderes, mas ele bem sabia o que aquilo significava.

- Jan, precisamos ir. - Hank chamou a esposa, que apenas o seguiu.

A equipe de Vingadores da Costa Oeste tinha a missão de recuperar as jóias do infinito perdidas, enquanto os demais encontrariam e derrotariam Thanos. Bucky, Clint e Barbara, no entanto ficariam na base para o caso de as coisas complicarem.

- E eu posso ir com vocês? - Indagou Peter Parker. - Quero dizer, eu posso ser útil em algo, não é senhor Stark?

- Claro, claro, garoto. - O Homem de ferro suspirou. - Sua missão é voltar vivo para o Queens e não se meter em encrenca.

- Mas...

- É sério, garoto. - Tony lhe mostrou um sorriso preocupado. - Não posso te colocar em risco. Você pode ficar aqui na mansão até voltarmos, mas precisa avisar sua tia. Certo?

O garoto assintiu, pegando o celular para ligar, enquanto os demais se despediam das equipes, se tivessem alguma sorte, talvez e só talvez, encontrariam o alien purureado e acabariam de vez com toda aquela insanidade.

A conversa com sua tia May ao telefone não demorou muito, embora não tivesse sido fácil arranjar uma desculpa que explicasse ter ido parar em Los Angeles com menos de doze horas, sem sequer informa-la, o que precisava saber é que poderia ficar pelo menos até tudo aquilo estar acabado. Passou antes pela enfermaria e parou diante do vidro, observando o Doutor Stephen Strange, que o olhou e fez sinal para que entrasse. Peter prosseguiu receoso. Seus olhos oscilaram entre a garota agora desacordada sobre a maca e o mago que a observava.

- A Wanda está bem? - Ele havia escutado James Barnes chama-la por esse nome. - O que houve com ela?

- Há menos de um ano, ela foi submetida a experimentos para despertar seus poderes mutantes. Poderes estes que eu havia trabalhado para reprimir.

- Mas... Os poderes dela são legais. Por que tentaria reprimi-los.

O mago soltou um sorriso cínico, antes de voltar sua atenção para a garota.

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