Revirei o quarto inteiro em busca do meu objeto dourado.
Abri gavetas e mais gavetas, olhei atrás da estante, tirei todas as roupas do guarda roupa, e ainda sim não o encontrei.
Eu não tinha a menor ideia de onde pudesse estar.
Afundei no sofá, cansada. O sol já estava se pondo e a temperatura havia abaixado.
Fui para o bistrô na ala sul da Embaixada. Lá pedi uma sopa de ervilha com um vinho especial da casa.
Enquanto dava algumas colheradas, percebi Carter se aproximando de mim.
Endireitei a coluna rapidamente. Peguei um guardanapo e limpei a boca, analisando meu reflexo na colher.
Quando ele se sentou, não sabia o que dizer ao certo.
— O que está fazendo aqui? — Perguntei-lhe, sem pensar muito.
— De novo com essa pergunta? Achei que tivéssemos superado isso.
Engoli em seco.
Eu não sabia como reagir a ele em público.
As vezes Carter me deixava desconsertada, e com razão.
— O gato comeu sua língua? — Insistiu ele.
Corei.
Que vergonha! Me sentia uma boba perto dele.
— Não tenho nada para dizer — falei sincera, torcendo para que ele fosse embora ou então puxasse um assunto verdadeiramente intrigante.
— Mesmo?
Desmontei, soltei um longo suspiro.
— Mesmo — retruquei, dando uma colherada na sopa e enfiando-a na boca.
— Aish — falei, quase cuspindo tudo fora. A sopa ainda estava pelando fogo, desceu queimando toda minha boca.
Bebi o vinho na tentativa de amenizar a sensação de boca queimada, contudo não adiantou muita coisa.
Tossi um pouco, percebendo que não estava sendo nada elegante.
— Aqui — falou Carter, me entregando um guardanapo, quase gargalhando de mim.
Revirei os olhos.
— Quero te mostrar um lugar, vamos — revelou ele, fazendo menção a levantar.
— Não. Irei quando eu terminar a sopa — assegurei, soprando a mesma para esfriar.
Ele arqueou uma sombrancelha, de modo que acrescentou:
— Tudo bem, termine sua sopa então.
Pensei que ele fosse desistir, mas Carter não moveu um centímetro, continuou ali, me observando comer calmamente.
Quando levei a última colher a boca, ele chamou um garçom e sussurrou algo para o mesmo, que acenou e voltou ao balcão.
— Espere, ainda tenho que pagar — digo, desviando do caminho.
— Não precisa, já cuidei disso. Agora, poderia por favor me acompanhar?
Eu o encarei por alguns segundos.
Tudo bem, vejamos o que ele tem de tão impressionante para mostrar.
Fomos até o jardim externo, que por sinal estava extremamente frio.
Fechei mais o casaco e abracei o próprio corpo.
A noite estava calma. O céu sem estrelas, e o vento gélido.
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Deadly Mirrors - 1° Rascunho - CONCLUÍDA
Fantasy- Deadly Mirrors - Atravessando Espelhos |CONCLUÍDA| [PLÁGIO É CRIME!!] Sobre a obra: Um drama envolvendo política e família, triângulos amorosos e juras de vingança? Sim, você definitivamente está no livro certo! Bem, este é um típico thriller on...