Estávamos a caminho do pátio de lutas, onde íamos pegar nossas armas.
Kimmy me vestiu com uma roupa leve, porém resistente. As partes do cotovelo, joelhos e ombro eram revestidas e tinham uma proteção a mais. A roupa também oferecia suportes para adagas e facas.
- Podem pegar o que precisarem - falou Carter.
Uma grande mesa retangular, repleta das mais diferenciadas armas, estava a disposição de nós.
Várias adagas, armas de fogo, arcos e flechas, facas de vários tamanhos e até espadas.
Alguns soldados de Carter também estavam lá. Todos aparentavam ser jovens, entre 18 e 25 anos eu diria.
Enquanto eu escolhia as armas, um deles se aproximou de mim.
- Ora, ora, se não é a desaparecida - disse ele.
Olhei de canto de olho, em uma expressão de desdém.
- Vai nessa "missão" mas nem se quer deve saber atirar - falou outro.
Inspirei fundo.
- Não acredito que a Primeira Dama escolheu a princesinha desaparecida para ir conosco, vamos ter de ser seus guarda costas? - disse outro debochando.
Arquei a sobrancelha; aquilo já estava me dando nos nervos.
Peguei um arco e flecha para testar. Coloquei a flecha no lugar e puxei a corda.
Comecei testando minha mira em alguns alvos disponíveis pelo pátio, alternado entre os mais distante e algumas árvores também. Posicionei outra flecha e falei para ninguém em especial:
- Não acho que eu precise de um "guarda-costas", acho que posso lidar com eventuais problemas que surgirem. - Virei a flecha presa na corda em direção a um dos soldados que tagarelou sobre mim. Ele deu um pulo para trás e ergueu as mãos no ar, assustado. - Também não acho que soldados como vocês, de confiança e de alta patente, se submeteriam a proteger uma bela jovem indefesa como meros "guarda-costas" - prossegui, puxando mais a corda.
- O que você vai fazer? Abaixe esse arco! - disse um deles.
Eu dei um sorrisinho de satisfação.
- Fiquei particularmente ofendida com suas insinuações sobre eu ser "indefesa". E, para seu conhecimento - fiz uma pausa para ler o nome no broche do soldado que estava paralisado, a passos da flecha engatilhada no arco - subtenente Lacerda, minha mira é até boa. Quer ver?
- Joyce o quê você está fazendo? - Ouço Carter questionar, provavelmente atrás de mim.
- Testando a arma.
- Ela é louca! Faça alguma coisa Sr. Jonhson, ou ela irá atirar no subtenente! - Disse outro soldado, impaciente.
Revirei os olhos.
- Os alvos não-humanos estão espalhados por toda parte. Poderia, por favor, não matar um dos meus melhores homens? - Começou Carter, ficando ao meu alcance.
- Peça, gentilmente subtenente, por sua vida - digo.
Eles ficaram pasmos.
- Você quer que eu o quê? Abaixe essa arma ou...
- Ou o quê, subtenente? Quem está com a flecha quase atravessada na cabeça é você! Vamos logo, peça.
- Não tenho o dia inteiro, poderiam acabar com isso logo? - exigiu.
- Por favor, Srta. Ayales, poderia não atirar em mim? - disse o subtenente, emburrado.
- Muito fácil. Agora peça desculpas por me insultar - acrescentei. O subtenente estava ficando roxo de raiva.
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Deadly Mirrors - 1° Rascunho - CONCLUÍDA
Fantasía- Deadly Mirrors - Atravessando Espelhos |CONCLUÍDA| [PLÁGIO É CRIME!!] Sobre a obra: Um drama envolvendo política e família, triângulos amorosos e juras de vingança? Sim, você definitivamente está no livro certo! Bem, este é um típico thriller on...