8. Tradições

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— Então você vai para Vir? — Perguntou Theomar.

— Primeiro vou usar aquele punhado de terra que o Harry me deu, depois eu decido. — Declarou Eliza. — Tudo indica que Meus pais realmente eram quem ele disse que eram, mas preciso confirmar agora se eu sou quem ele afirma que eu sou.

— Você tem certeza que pode confiar nele?

— Não, mas também não posso ignorar os argumentos dele.

— Eu posso ajudar de alguma forma?

— Você tem um trabalho a fazer e também vai viajar em alguns dias. Prepare suas aulas e ensine bem seus alunos. Não se preocupe, eu vou ficar bem.

— Eu sei, mas...

— Calma, cavaleiro bola de neve — disse colocando o dedo indicador sobre os lábios dele. — Eu sei que você só quer cuidar de mim e eu não gostaria que fosse diferente, mas há coisas que eu preciso resolver por mim mesma.

— Se você diz, então tudo bem.

— Vou resolver tudo antes do que você pensa. — Ela lhe deu um beijo suave. — Agora onde estão aqueles dois?

— Na sala de estudos.

O casal se dirigiu ao local e ao entrar se depararam com Toris sobre um livro aberto que continha algumas ilustrações de frutas. Ao seu lado um ser grande e rechonchudo, observava o mesmo exemplar.

— Mais uma vez, isso aqui é uma maçã, entendeu? — declarou o pequeno dragão.

— Maçã — concordou.

— A maçã é vermelha.

— Maçã vermelha.

— E isso é uma banana — disse apontando à outra fruta. — Repete, banana.

— Maçã.

— Não, a banana é a amarela. A maçã é a vermelha.

— Maçã vermelha — disse olhando para a maçã.

— Isso.

— Maçã amarela — disse olhando para a banana.

— Eu desisto, mas pelo menos a cor ele aprendeu.

— Então vocês estão aí — comentou a ruiva. — O que estão fazendo?

— Eu estava tentando expandir o vocabulário do seu hipopótamo transmorfo aqui, mas acho que ele precisa de uma educação diferenciada.

— Agradeço pela ajuda, Toris. É bom o Bocão ter com quem brincar.

— Não sou babá.

— O Bocão está bem maior que da última fez que o vi — comentou Theomar. — Não que ele estivesse pequeno, mas acho que já chegou ao tamanho de hipopótamo adulto, não é?

O animal se virou na direção deles, esbarrando em um vaso, fazendo cair no chão e se quebrar.

— É, ele está bem grande — admitiu Eliza. — Preciso organizar melhor os móveis daqui antes de invocá-lo da próxima vez.

— Se acha ele bagunceiro, espere até vocês terem filhos — comentou Toris.

— Falando em crianças, a avaliação da Charlotte para ser aceita na Príncipe Julius é em alguns dias, não é? — Perguntou ela.

— É uma pré-seleção na verdade — respondeu Theomar. — As aulas só começam mesmo no ano que vem.

— O que você acha dela? Ela realmente tem potencial?

A Saga de Arietis. Livro 2 - Heresia (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora