Capítulo 52 - "Sim, mestre"

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Lucas: “Gui, eu…”
    Guilherme virou Lucas para si e colocou seu dedo nos lábios dele, para calá-lo. Lucas não conhecia esse lado de Guilherme e não sabia se devia temer ou não tudo aquilo. “Agora não tem mais volta.”, pensava, enquanto Guilherme retirava sua gravata e colocava em seus olhos, como uma venda.
Guilherme: “Caso eu faça algo que não goste, não esqueça da palavra de segurança.”, disse sussurrando no ouvido de Lucas, causando um arrepio nele.
Guilherme passou suas mãos lentamente no corpo de Lucas, revendo as marcas de mais cedo, se demorando nos mamilos que ainda não haviam sido marcados. Em seguida, Guilherme pegou uma corda comprida e fina e ordenou que Lucas colocasse seus pulsos para frente.
Guilherme posicionou os braços de Lucas de forma paralela e deu duas voltas com a corda, mas mantendo certo espaço entre os punhos. Após a segunda volta, ele passou a corda perto dos punhos de Lucas e puxou com força, arrancando um gemido do mais velho. Sorrindo com o efeito que estava causando, Guilherme subiu a corda e começou a dar voltas nos braços dele, puxando a corda de maneira suave mas firme em direção as mãos, indo até o cotovelo e depois amarrou o restante da corda no pescoço de Lucas. 
Lucas se sentia imobilizado, com os braços fixos, estava indefeso aos olhos predadores de Guilherme. Lucas estava ansioso e Guilherme reparou isso, indo para trás dele.
Guilherme: “Ainda nem começamos.”, disse puxando Lucas.
    Lucas deitou em uma superfície plana, dura e gelada. Sentiu Guilherme tocando sua cintura com a mão esquerda e sentiu o tecido leve do shorts sendo puxado, o que acabou deixando o  outro um pouco envergonhado. Após deixar Lucas despido, Guilherme levou sua mão até a virilha e em seguida o pênis de Lucas, começando uma marturbação lenta.
Guilherme: “Lucas, você fez como eu pedi?”
Lucas: “Aham…”
Guilherme: “Diga: ‘Sim, mestre.’”, disse apertando a ponta do pênis de Lucas com um pouco de força.
Lucas: “Si… sim, mestre!”
Guilherme: “Ótimo. Abra as pernas.”
Guilherme foi até o baú pegar um gel e um anel peniano para aumentar o estímulo da masturbação em Lucas. Observou a maneira como Lucas se contorcia, como estava ofegante, podia ver o suor molhando os fios de cabelo castanho, que caiam sobre a gravata que vendava os olhos dele, isso deixava Guilherme mais excitado. Vendo que o pênis de Lucas estava semi ereto, Guilherme colocou no mais velho aquele anel.
    Lucas sentia a aspereza da mão de Guilherme, a sensação que tinha quando ele demorava em cada detalhe e principalmente em como ele mordia seus mamilos e continuava os maltratando. Experimentava sensações novas.
    Lucas sentiu algo gélido em seu ânus que em seguida começou a esquentar, logo deixando aquela área sensível. Sentiu um pouco de dor quando Guilherme inseriu algo em si, mas não iria reclamar ainda. Guilherme apenas havia começado, planejava fazer Lucas implorar para gozar.
    Para excitar Lucas ainda mais, Guilherme inseriu delicadamente em movimentos aleatórios, bolinhas de Ben Wa, introduzindo uma bola de cada vez e puxando-as devagar pela argola. Os movimentos faziam com que Lucas se sentisse mais e mais excitado, era como se uma descarga elétrica passasse por seu corpo. Nunca havia sentido isso antes. Uma mistura de prazer, dor e medo. Aos poucos, sua mente começou a ficar turva, o prazer era indescritível.
Guilherme: “Você é tão lindo.”, murmurou baixinho, como que para si mesmo e Lucas esboçou um leve sorriso.
Lucas: “Gui… Por favor…”, sentiu uma palmada em sua bunda.
Lucas: “Mestre… Por favor…”
Guilherme: “O que você quer, Lucas?”, disse colocando a mão no pênis de Lucas que ao menor contato, se contorcia.
Lucas: “Gui…”, outra palmada.
Guilherme: “Por que é tão desobediente?”, disse, com um tom erótico. Guilherme via que Lucas estava atingindo seu limite. Assim, retirou ao mesmo tempo as bolinhas de Ben Wa com o anel peniano. Lucas gemia, seu corpo tremia, a respiração estava descompassada. Guilherme: “O que eu vou fazer com você agora?”
Lucas sentiu algo quente e úmido em seu pênis ao mesmo tempo que sentia algo em sua entrada.
Lucas: “Gui… Ah! Ah...”
    Lucas não sabia como Guilherme estava fazendo aquilo, mas sentia os dedos do mais novo acertando sua próstata, ao mesmo tempo em que recebia um sexo oral maravilhoso. “Onde ele aprendeu isso?”, Lucas se questionava, enquanto não tinha mais voz para falar ou gemer.
Guilherme: “Pode gozar na minha boca.”
    Lucas não esperou mais, no auge de todos os seus sentidos, chegou ao clímax, extasiado. Mas Guilherme queria mais, ele queria tudo de Lucas. Guilherme retirou seus dedos e inseriu seu pênis ao mesmo tempo que inclinava seu corpo lentamente sobre Lucas, fechando o espaço entre eles. Lucas fechou os olhos sob a venda, quando sentiu os lábios de Guilherme roçando nos seus.
    Guilherme dava pequenos beijos no canto da boca de Lucas enquanto mordiscava seu lábio inferior. Lucas sentiu a língua do mais novo deslizar através da costura de seus lábios fechados e suspirou, gemendo com isso.
    Guilherme fez uma pausa por uma fração de segundo para retirar a gravata que vendava Lucas e tomar seus lábios em um longo e lento beijo. Desta vez, cuidou para deslizar sua língua na boca de Lucas, fazendo com que o mais velho derretesse em seus braços. Quando a respiração começou a ficar curta, Guilherme lentamente se afasta.
Guilherme: “Aguenta mais um pouco?”, disse acariciando a bochecha de Lucas.
Lucas: “Sim, mestre, por favor!” disse ofegante, quase sem voz.
    Aquele jeito manhoso com que Lucas falou e a total submissão dele, fizeram com que Guilherme pegasse Lucas no colo e o encostasse na parede, deixando o mais velho suspenso com os pés em suas costas. Guilherme volta a beijar Lucas, o penetrando de maneira profunda, começou a estocar fundo, preciso e estimulando a ereção de Lucas entre os abdomens deles. Guilherme estava tão próximo, que Lucas conseguia sentir os batimentos acelerados do coração do mais novo, o perfume... 
    Guilherme queria ver a expressão de prazer do outro, levantou o rosto para encará-lo. Lucas estava com o rosto vermelho, com o corpo coberto de suor, gemendo de um jeito rouco, como se não tivesse mais forças. 
Lucas: "Ah… Mais… Ah! Eu vou…!" sussurrou.
     Guilherme não demorou, mais um movimento e chegaram ao orgasmo. Suas pernas falharam, ele deitou a cabeça sobre o peito de Lucas tentando recuperar as forças, se sentia totalmente satisfeito. Já havia feito aquilo inúmeras vezes, mas com Lucas foi diferente. Seus corpos se fundiram, como se tivessem sido feitos para encaixar perfeitamente um no outro. Guilherme levou Lucas para o quarto, retirou a corda dos braços do mais velho enquanto admirava o semblante dele. Guilherme nunca imaginou que algum dia poderia tê-lo assim em seus braços. Queria que o tempo parasse naquele instante, que tudo ao redor sumisse, mas sabia que isso não iria acontecer. Então, aproveitou para memorizar aquele momento onde tinha o homem que amava em seus braços, totalmente dependente e entregue a ele.
Guilherme: “Como se sente?”
    Lucas acenou com a cabeça lentamente, enquanto levava sua mão ao rosto de Guilherme. Tudo havia sido muito intenso para Lucas, não tinha forças para falar, já estava começando a ficar sonolento.
Guilherme: “Foi tão bom assim?”, outro aceno de Lucas confirmando.
    Guilherme se sentia nas nuvens. Tinha medo de que Lucas não gostasse, não entendesse seu jeito de ser, das coisas que gostava. Mas vê-lo assim extasiado, e feliz, deixou Guilherme feliz também.
    Lucas tentou esperar Guilherme voltar do banheiro para dormirem juntos, mas acabou adormecendo antes. Felizmente, o carinho que sentiu, fez com que tivesse uma boa noite de sono, como há tempos não tinha. Passaram a noite abraçados e dormiram profundamente nos braços um do outro.
No outro dia pela manhã, Lucas percebeu que estava sem cueca, viu que estava com marcas das cordas e com um pouco de esperma em sua coxa.
    Lucas sentou devagar e procurou pelo quarto com o olhar. Guilherme entrou no quarto de cueca e com uma toalha em seus ombros.
Lucas: “Bom dia, Gui.” disse, sorrindo.
Guilherme: “Bom dia.”
    Guilherme estava pensativo. A noite anterior havia sido muito boa, mas tinha se excedido, via no corpo do mais velho algumas marcas. “Será que ele se arrependeu?”, pensava Guilherme, andando de um lado para o outro no quarto.
    Lucas percebeu que havia algo estranho, Guilherme parecia apreensivo. Começou a ficar com medo, de que havia sido só mais uma noite pra Guilherme. Mas para Lucas, significou muito mais.
Lucas: “Fazia tempo que eu não dormia bem assim.”
    Guilherme estava de costas para Lucas, sem coragem de encará-lo. Fechou os olhos, sentiu uma pontada no coração.
Lucas: “Bem, sobre a noite passada eu… Bem, nós… Você sabe…”
Guilherme: “Sei o quê?”
Lucas: “Deveria ter sido de outra forma.”
    O que Lucas falou quebrou Guilherme. Virou-se para encará-lo, endureceu o olhar para o mais velho. 
Guilherme: “Quando estiver bem, pode sair.” disse, de forma ríspida.
    Guilherme entendeu que Lucas não queria ter feito sexo da forma como foi. Ele pensou que Lucas só aceitou para agradá-lo e não porque realmente quisesse aquilo. Mas não era sobre isso que Lucas estava falando. 
Lucas: “Como?”
Guilherme: “Já avisei a empregada que você vai sair depois de mim.”
    Lucas não esperava por aquilo, ele achava que poderiam conversar e resolverem o que não havia sido dito na noite anterior. Era sobre isso que Lucas estava falando. Eles deixaram se levar pela luxúria, mas não devia ter sido assim, agora eles precisavam conversar. Mas Guilherme entendeu tudo errado. Onde estava o Guilherme que o tratou tão bem na noite anterior? Perdido em pensamentos, não reparou que Guilherme havia se aproximado e estava ao seu lado na cama.
Lucas: "Gui, você não entendeu…" disse, tentando se levantar, mas sentia dores por todo seu corpo.
Guilherme: “Eu nunca disse que tinha boas intenções.”, disse acariciando o maxilar de Lucas, e continuou: “Não se iluda.” disse, olhando dentro dos olhos de Lucas.
“Dói mais em mim do que em você.”, pensava Guilherme, enquanto via a tristeza consumindo Lucas.
Guilherme: “Foi só uma foda. Sinta-se honrado, porque usei algumas técnicas que aprendi na Tailândia.”, disse, se levantando e indo para o closet.
    Guilherme não podia mais encará-lo, tinha medo de acabar voltando atrás, ao ver a expressão de dor no rosto de Lucas, que estava sem fala. Não acreditava no que estava acontecendo. Será que Guilherme estava se vingando por aquele dia? Porque Lucas havia saído sem se despedir? Será que tudo o que aconteceu na noite anterior tinha sido fingimento, só um plano para humilhar Lucas?
    Guilherme não demorou para se vestir, mas quando voltou, não encontrou mais Lucas no quarto.

Intensidade [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora