Capítulo 60 "Batidas na porta"

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Eram quase 23h quando Rodrigo chegou na casa de Christian. Estava tudo escuro e muito silencioso, ele pensou que os dois mais velhos já estivessem dormindo, por isso, entrou sem fazer barulho. Ao chegar na sala, foi surpreendido por um beijo de Miguel, que de uma forma bruta, empurrou Rodrigo na parede.
Miguel: "Você demorou muito, agora vai ser punido por isso." sussurrou.
     Rodrigo deu um sorriso safado. Miguel, ainda o pressionando contra a parede, colocou a perna entre as de Rodrigo, friccionando seu pênis. Rodrigo olhou em volta procurando por Christian que estava sentado no sofá assistindo tudo. Isso chamou a atenção de Miguel que virou Rodrigo, ficando por trás do mais novo.
     Miguel apertou um botão, deixando a sala em meia-luz, o que deixava o ambiente ainda mais erótico. Aos poucos, passava uma mão no pescoço de Rodrigo e a outra entrava por debaixo da camisa dele. Passou delicadamente a ponta dos dedos no abdômen pouco definido de Rodrigo, que soltou um leve suspiro.
     Ainda apoiando as costas de Rodrigo, levou as duas mãos para a frente e começou a desabotoar a camisa do outro.
Miguel: “Eu estava querendo tirar essa camisa desde que você colocou…”, disse rente ao ouvido de Rodrigo, tirando a camisa dele.
     Rodrigo se virou para Miguel e também tirou camiseta dele, o deixando apenas com a bermuda do pijama, expondo sua ereção. Rodrigo não estava muito diferente, mas a calça jeans ajudava a disfarçar um pouco.
     Rodrigo colocou a mão direita por trás do pescoço de Miguel e o puxou para um beijo, ao mesmo tempo em que o empurrava lentamente em direção ao sofá. Christian observava, enquanto os dois se apoiavam no braço do sofá.
Rodrigo: “Deita…”, disse, mordendo o lóbulo da orelha de Miguel.
     Christian não acreditava na audácia de Rodrigo. Tentava ao máximo se conter vendo os dois mais novos juntos.
     Miguel foi se jogando para trás ao mesmo tempo em que Rodrigo ficava sobre ele. Felizmente a diferença de altura seria útil naquele momento. Christian colocou a mão por dentro da bermuda e começou a se tocar.
     Rodrigo ora mordia, ora dava pequenos beijos na mandíbula, clavícula, mamilo… Puxou o rosto do outro para cima, após sentir leves espasmos, quando Rodrigo mordiscou seu mamilo direito.
     Miguel estava necessitado. Rodrigo sentiu, durante o beijo, algo pulsando em seu abdômen e levou suas mãos à bermuda de Miguel, puxando-a para baixo e começando a masturbar o rapaz. Rodrigo também estava necessitado, abriu o zíper de sua calça, a abaixando um pouco e sentindo certo alívio. Christian ficou apreensivo.
     Miguel deitou sobre o braço do sofá. Rodrigo puxou as pernas de Miguel para cima, as cruzou rente ao seu peito, ficou segurando com o braço esquerdo, enquanto se apoiava no sofá com o braço direito. Infelizmente, ainda não tinha força suficiente no joelho para aguentar certos atritos.
     Já estável, Rodrigo colocou seu pênis por entre as pernas de Miguel e começou a se movimentar, criando atrito com o pênis de Miguel, que estava lambuzado com o pré-gozo. 
     Rodrigo controlava o movimento e intercalava entre olhar para Miguel que usava uma das mãos para masturbá-los e Christian que observava toda a cena atento a cada movimento, se masturbando.
Miguel: “Rô… Chris…”, dizia os nomes dos dois dando leves espasmos.
     Rodrigo percebeu que Miguel ia gozar, decidiu aumentar a velocidade para que gozassem juntos. Christian não pôde resistir, levantou e foi até eles. Se perdendo nos gemidos de Miguel, o beijou enquanto o mesmo começou a ejacular, reprimindo seu gemido. Vendo essa cena, Rodrigo também gozou e Christian logo em seguida, ainda enquanto beijava Miguel.
Rodrigo: “Estou perdoado?”, disse dando um leve selinho em Miguel, que ainda estava meio tonto pós-orgasmo.
Miguel: “Perdoadíssimo.”, disse, com um sorriso satisfeito no rosto.
     Rodrigo deu um sorriso e recebeu um beijo na testa por parte de Christian. 
Christian: “Vamos tomar banho? Já está tarde e amanhã precisamos ir para a Editora.”
   Foram em direção ao banheiro. Rodrigo estava feliz por te conseguido fazer tanto Miguel quanto Christian sentirem prazer.
     Lucas levantou da cama, andava de um lado para outro no quarto, foi até o banheiro, molhou o rosto e o pescoço tentando abrandar o tesão que estava sentindo. Olhou no relógio, 4:07h da manhã. Seu corpo tremia, seu pênis estava duro como pedra, coração acelerado, seria impossível voltar a dormir. Passou a mão em seu pescoço, depois em sua boca, ainda sentindo tudo o que aconteceu no sonho, como se fosse realidade. Em um rompante de loucura, colocou um sobretudo já que estava apenas de cueca, calçou um sapatênis, pegou sua carteira e celular e saiu. 
     Dentro do táxi, sua ereção pulsava, seu corpo ainda tremia, o taxista chegou a perguntar se Lucas estava bem, se precisava ir ao hospital. Mas ele disfarçou e disse que estava tudo bem, mandou o taxista ir mais rápido até o local de destino. Para sorte de Lucas, o porteiro do prédio se lembrou dele da vez anterior e o deixou subir direto. Lucas não pôde esperar o elevador, subiu as escadas correndo, não seria muito difícil, já que estava indo para o quarto andar.
     Por um instante, Guilherme achou que estivesse sonhando ao ouvir batidas na porta. Acordou assustado, as batidas se intensificaram, teve receio de que a barulheira acordasse os vizinhos e chamasse atenção indevida para ele. Não seria bom receber uma notificação estando há tão pouco tempo naquele condomínio. "Quem pode ser a essa hora?" pensou.
     Ao abrir a porta, achou que seus olhos estavam lhe pregando uma peça. Lucas estava ali na sua frente, ofegante, com um sobretudo e os cabelos amarrados em um coque de uma forma desleixada.
Guilherme: “Lucas?!”
         Lucas não respondeu, empurrou Guilherme e bateu a porta com força.
Guilherme: “Mas o que está acontecendo…”
     Lucas interrompeu, o puxando para si, suas bocas se chocaram com força. Guilherme não entendia o comportamento do mais velho e começou a empurrá-lo.
Guilherme: “Para… Espera…”, dizia entre o beijo.
Guilherme: “Para!”, disse, afastando Lucas de si.
     Lucas parou de beijá-lo, mas não tirou suas mãos de Guilherme.
Guilherme: “O que é tudo isso?”
Lucas: “Estou pronto, mestre.” disse ofegante, com olhar de desejo.
Guilherme: “O quê?!”
Lucas: “Eu aceito ser seu submisso.”
       O coração de Guilherme acelerou, a adrenalina começou a correr por seu corpo.
Guilherme: “Lucas, o que você…”
Lucas: “Eu topo qualquer coisa.” disse, chegando lentamente mais perto do outro. Lucas estava louco, não podia esperar mais.
Guilherme: “Lucas, não é bem assim…” disse, tentando se afastar.
     Guilherme achou muito estranho esse comportamento repentino de Lucas, ainda mais àquela hora da noite e, principalmente, depois da última vez. Os dois estavam se encarando, ansiando o próximo passo.
Guilherme: “Você bebeu?”
Lucas: “Não, estou muito consciente do que eu quero. Eu quero você! Pode fazer o que quiser comigo, mestre.”
     Ouvir Lucas dizer "mestre" o deixava louco, ele jamais se cansaria disso. Mas mesmo assim, Guilherme queria ter certeza, não queria arrependimentos depois.
Guilherme: “Tem certeza disso?” disse, com as mãos no rosto de Lucas, já quase perdendo o controle.
     Lucas avançou e deu um beijo longo no outro, mordeu os lábios de Guilherme o fazendo soltar um gemido.
Lucas: “Sim, mestre.”

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