Pré Notas:
Gente, por fora é essa carinha de anjo mas por dentro esse traste aí é o Daniel tá? (Muito amor ao ator, Finn Wittrock. Tô falando mal é cedo personagem mesmo kkk)"Não confie em homens."
Era isso que havia escrito na minha tatuagem.
- E-eu... Eu entendo. De verdade. Não posso imaginar tudo o que você passou até aqui, principalmente estando trancada feito prisioneira por aquele filho da puta. E também entendo o que quer que tenha acontecido na Delegacia aquele dia, apesar de você não ter me explicado direito. N-não que você deva, tudo no seu tempo. Certo? - Diego parou um pouco e respirou. - Só quero que você saiba que pode confiar em mim.
E assim ele concluiu sua frase, me abraçando enquanto estávamos deitados na minha cama. Ficamos por um tempo assim, aproveitando esse momento novo entre a gente. Nós conhecíamos desde adolescentes, mas nunca imaginei que me encontraria nos braços dele.
Alguns minutos se passaram, e o telefone tocou. Fiquei com um pouco de vergonha de levantar nua, mas não sabia como explicar. Diego percebeu minha relutância em sair de baixo do lençol, e após uma troca de olhares um pouco constrangedora, me virei pro outro lado enquanto ele saía da cama para atender.
Eu sei, parece bem infantil da minha parte. Mas infelizmente é o meu jeito de lidar com esse assunto. Eu não tive uma boa vivência com isso para lidar tão bem. E de certa forma Diego entendia e isso me deixava mais confortável com a situação.
- Alô.. - a pessoa falou algumas coisas enquanto Diego dizia "uhum, certo, certo, ok" e coisas do gênero. - Certo, estou indo agora. Thessália não pode ir, estamos montando uma estratégia para pegar Hazel e Chacha. - Meu Deus, ele mentiu na cara dura. Tentei segurar uma risada, mas quase não consegui.
- Então você vai voltar pra casa? - perguntei, vestindo minhas roupas íntimas por baixo do lençol e então saindo. Diego já estava novamente em sua boxer, e continuou se vestindo apressadamente.
- Isso, parece que Alisson não achou direito o local, e pediu uma ajuda pra procurar o endereço. Ela parecia estranha ao telefone, não parecia exatamente ela... Não sei. Achei estranho, é sempre ela que fica com essa parte de buscas e endereços na família... Mas ok, vou lá ajudar. Já volto, assim podemos... C-continuar nosso plano... - Diego falou, dando um sorriso de lado. Aquele sorriso de lado...
- Ou começar de verdade a planejar o que fazer... - falei, o ajudando com seu colete. E encaixando as facas certinho no lugar. - Uma verdade que Cinco falou, é que não existe casal se não existir mais mundo... Cuzão, mas errado ele não tava! - falei, dando risada.
- Ok, amor. - Diego falou, e eu senti o ar ao nosso redor parar por um instante. Amor? - D-digo, ok... O-ok Thessa. - ele corrigiu, e ante que eu pudesse dizer qualquer coisa ele saiu correndo gritando algo sobre o Griddy's. Acho que teria mais rosquinhas pra hoje!
Coloquei minha roupa, sachês de atum para os gatos e cuidei um pouco deles. Passados uns 15 minutinhos, resolvi fazer um café e esvaziar a mesa da sala, espalhando um mapa e meu estojo de desenho. Pra minha sorte eu tinha réguas, lápis, marcadores e outros materiais com os quais poderia traçar a rota de crimes que envolviam a Comissão, podendo saber por onde Hazel e Chacha haviam passado.
Passado um tempo, eu já tinha a rota feita, e agora só precisava localizar, identificar e contatar os motéis da redondeza, pra saber onde eles estavam. Sabia que eu e Diego precisávamos nos preparar, e sabia que era perigoso. Mas estávamos prontos para matar e morrer.
Enfim passada uma hora desde então, Diego chegou em casa.
- A chave tá no vaso! - gritei, ao perceber que ele não conseguia abrir. - Droga, você perdeu as minhas, Diego? - Gritei, um pouco chateada. Não suportava a ideia de saber que minhas chaves poderiam estar na mão de qualquer um.
- Oi, cheguei. - Diego disse, e veio me abraçar. - O que está fazendo?
Ele estava com um sorriso no rosto, como se estivesse executando um plano, não sei dizer. Acho que era alguma nóia minha.
- Oi, consegui concluir a rota que combinamos, agora vou contatar os motéis. - Diego parecia perdido, deve ter acontecido algo. Decidi mudar de assunto. - E então, você trouxe?
- O que mesmo? - ele parecia ter sido pego de surpresa. Talvez até estar nervoso. - Perdão, me diz de novo o que você pediu, que vou lá buscar, sabe como é, ando preocupado... - Diego disse, sorrindo amarelo.
Algo nele me deixava bastante desconfortável, não sei dizer o que era. Parecia nervoso, mas não gaguejava. Diferente, mas... Não sei dizer o que era.
- Bom, você mesmo disse que ia trazer rosquinhas, mas não importa, eu faço algo pra gente comer! - Falei, sorrindo de volta. - Continua aí, já venho.
Estava fazendo macarrão pra gente, quando de repente Diego veio por trás de mim e começou a alisar minhas costas. Eu estava começando a ficar realmente nervosa com o quanto ele estava me causando medo e cheguei a aquecer um pouco. Diego deve ter notado, afinal já fazia tempo que eu havia tomado banho e a fraqueza que a água causava já havia passado.
- Diego, para com isso. Você sabe que eu não gosto. - Falei, desconfortável. Eu não sabia explicar o que era, Max algo nele estava me causando um medo extremo.
- Calma, eu só estou tentando fazer você relaxar, amor. - Ele começou a massagear minhas costas, e tudo voltou à minha mente. Tudo o que passei no Brasil.
De repente eu comecei a chorar baixinho, e ele pareceu não ter percebido, pois não parava. Eu não conseguia sair do lugar, estava imóvel, e não conseguia ao menos falar nada. Tudo naquela situação me lembrava Daniel, assim como aconteceu na delegacia.
- Então, não vai relaxar? Você parecia querer isso na delegacia também... não é, macaquinha?
Não. Não podia ser. Era impossível. Eu comecei a arquejar e chorar compulsivamente. Eu não conseguia controlar meu corpo. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo, mas não conseguia fazer nada. Era ele.
Aquele dia, na delegacia. Não era Matt. Era ele.
Provavelmente quem ligou para despistar Diego... Nao era a Alisson. Era ele.
- O que foi macaquinha? Por que está com medo de mim? Sou eu, o seu novo - Daniel me virou para encará-lo.- Amorzinho. - e deu um soco em mim. Ele já estava em sua forma física. Eu não conseguia olhar em seus olhos. Merda, reaja, Thessália. Reaja!
- S-sai daqui... Por f- Eu engasguei com um soluço, encolhida no chão. - Não! Eu aqueci. Soltei uma chama que o atingiu no ombro. Daniel puxou um saco de gelo, que havia deixado na coxinha sem que eu visse quando chegou, e bateu na minha cabeça. A pancada foi tão forte que no mesmo instante tudo apagou.
- Boa noite, Macaquinha.
Notas:
Pronto, agora o bicho vai pegar...
Eai, no nível de 0 a 10 de ódio do Daniel... Vcs estão 10 ou 10?
Babados estão por vir, e mortes também 👁️👄👁️
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I Am Fire / Diego Hargreeves / The Umbrella Academy
Hayran KurguApós o consternado luto pelo Sr. Hargreeves, os cinco irmãos precisam lidar com um estranho fenômeno que traz o apocalipse e, consigo, um pequeno grande conhecido. Ela foi criada nas ruas do Brasil, mas por um motivo que não consegue compreender fo...