Capítulo 70

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GIZELLY

Terça-feira,
Uma semana depois

Passei a semana toda em um confusão mental sobre o que faria. Pensava incessantemente sobre o que Rafaella havia me pedido há uma semana atrás. Todos os pedidos e desejos da minha esposa eram realizados consequentemente, mas esse, era o pedido a qual eu vinha relutando para atender. Convoquei a minha equipe jurídica para uma reunião e nessa conversa, pus em questão tudo sobre Pierre e esperava uma opinião de ambas sobre chama-lo em meu escritório.

Ivy prontamente concordou, alegando que seria uma mão na massa ouvir o que o rapaz tem a dizer sobre tudo que sabe e isso resultaria no desfecho do nosso processo. Tábata não aceitou de início, mas no final concordou em recebe-lo. Taís sugeriu que essa reunião fosse marcada com todas presente e Letícia concordou com a mesma. Pedi para que Clara entrasse em contato com Pierre e marcasse um horário na quinta-feira, no final da tarde.

- Doutora Bicalho! - Clara entra na sala com uma postura profissionalmente séria.

Depois da nossa última conversa há meses atrás, decidimos seguir com profissionalismo pois eu não queria perde-la na empresa. Afinal, ela é uma boa secretária.

- Sim, entre.- Digo fechando o notebook e juntamos as coisas em minha bolsa.

- O senhor Carlos Pierre vai estar aqui na quinta-feira às quatro da tarde. Confere?-

- Confere. E óh!? Fecha minha agenda no horário das três. Só vou atender ou cumprir compromisso até às duas e cinquenta e nova da tarde. Ok? É uma reunião muito importante com toda minha equipe e eu não abro mão.-

- Ok.. Fechando nesse exato momento.- A loira diz com a agenda eletrônica nas mãos.

Com minha bolsa e chaves nas mãos, vou em direção ao elevador buscando meu carro na garagem. Pego a direção para minha casa e antes de chegar ao condomínio, estaciono na orla e desço para pensar e olhar o mar. Isso me acalma, renovava as minhas energias. Me faz desligar de todo o mundo e focar apenas em uma pessoa, O Criador! Depois de algum tempo conversando com Deus e viajando nas ondas fortes que batiam na areia, decidi voltar a realidade e entrar condomínio a dentro atrás do bloco onde meu prédio se encontrava.

Estacionei o carro na minha vaga e antes de abrir a porta, peguei minha bolsa no banco ao lado e conferi para ver se eu não tinha esquecido algo no escritório. Tirei meu celular do suporte enfiando na bolsa e peguei meus sapatos. Fui em direção ao elevador, cumprimentando o zelador do prédio e apertei o botão do terceiro andar.

- Ei, vida.- Fecho a porta atrás de mim e vou de encontro à ela na cozinha que está preparando as mamadeiras e selo nossos lábios. 

- Ei, meu bem. Veio descalça?- Pergunta notando os sapatos em minha mão.

- Fui andar um pouquinho na areia.-

- Tudo bem?- Pergunta indo em direção a nossos filhos. - Vem!- Faz sinal me chamando.

- Sim.- Digo seguindo-a até a sala.
- Marquei a reunião com o filho do Carlos.-

- E ai? -

Pergunta posicionando Frâncis em seu colo, e eu pego nossa filha para lhe ajudar.

- E aí que vou encontra-lo na quinta-feira em meu escritório.-

- É por isso que ta assim? -

- Sim, eu não sei se vou conseguir olhar nos olhos dele depois de tudo que ele tentou fazer contra mim né?!-

- Meu bem....-

- Mas vai dar tudo certo, ta?! Agora vamos mudar de assunto. Não quero que essas coisas abale o psicológico das crianças outra vez. Como foi seu dia?-

- Fui fazer provador agora à tarde e não tinha muita coisa pra ser feito na agência, então vim embora cedo. Gabi saiu daqui agora pouco.-

- Ué se você saiu cedo, por que ela só foi embora agora?-

- Chamei ela pra tomar café, se eu soubesse que você já estava vindo tinha te esperado.-

- Foi bom não esperar, eu tô sem fome. Almocei tarde.-

- Gi, já conversamos sobre isso.-

- Eu sei vida, mas hoje o dia foi corrido. Isso não acontece com freqüência.- Menti

- Eu espero que não.-

Recebi um olhar de advertência, aqueles que a mãe da no filho quando fazem coisas erradas. A verdade era que esse caso não só estava tirando meu sono, como meu apetite também. Me limitei em dizer qualquer outra coisa. Terminei de dar a mamadeira da minha filha e a pus sentada junto dos brinquedos. Levantei indo em direção ao meu quarto à procura de um banho relaxante e demorado. A data da audiência estava cada vez mais próxima e eu estava preste a entrar em campo. É perder ou ganhar!

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora