Capítulo 90

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RAFAELLA

Tirei o dia de folga para cuidar dos meus filhos, do Frâncis em especial. Durante a madrugada sua febre voltou e eu o peguei em seu quarto para terminar de passar a noite comigo. Meu menino não queria saber de outra coisa a não ser meu colo, passou a manhã toda agarrado em mim. Dei o almoço aos dois e os coloquei no quarto para a soneca da tarde. Por sorte, minha filha estava tranquila brincando com suas coisas em seu canto preferido da sala, ー O tapete.ー Dei graças à Deus pois quando um pega pra enjoar, o outro vai junto.

A pequena logo hibernou em sua cama, mas o menino estava difícil de nina-lo

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A pequena logo hibernou em sua cama, mas o menino estava difícil de nina-lo. Então voltei com ele para a sala e assistimos desenhos até senti-lo mole e mais pesado em meu colo, sinalizando ter dormido.

 Então voltei com ele para a sala e assistimos desenhos até senti-lo mole e mais pesado em meu colo, sinalizando ter dormido

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Levanto com todo o cuidado do mundo e o levo até seu berço. Eu ainda estou chateada com a Gi e com a nossa situação. Não gosto de ficar nesse clima com a mulher que eu amo, é péssimo. Peguei minha bolsa e dentro dela, alguns documentos que eu trouxe para revisar e assinar em casa. Sentei no sofá mesmo, na posição de índio, puxei uma almofada para meu colo e uma xícara de chá.

Depois de algum tempo lendo os papéis, pego o último ao meu lado para então fazer o mesmo processo dos anteriores. Percebo que meu chá havia acabado e me levanto para fazer mais. Enquanto espero a água ferver, vou até o quarto das crianças para certificar-me que estão bem. Quando volto para a cozinha, abro minha caixinha de chá e puxo de dentro um sachê e mergulho na água quente dentro da xícara. Feito isso, vou até a sala novamente. Passando pela porta, escuto um barulho do lado de fora e logo barulho de chaves na fechadura. Me sento no sofá e vejo Gizelly entrando e fechando a porta atrás de si.

- Tudo bem?- Pergunta entrando na cozinha com algumas sacolas na mão.

Volto minha atenção para os papéis a minha frente e não percebo que Gizelly já está ao meu lado.

-  Por que não está usando meu escritório?- Pergunta e eu a olho por cima da xícara que levo até a boca.

- Quis ficar por aqui mesmo.- Digo colocando a xícara sobre a mesinha ao lado e logo junto os papéis que estão de canto, dando espaço para ela sentar.

- Não precisa, não quero atrapalhar seu trabalho.-

- Já terminei.- Digo e ela se senta.

- Como está o Frâncis?-

- Mais ou menos, passou a tarde enjoadinho. Só conseguiu dormir agora pouco.- Digo colocando o último papel de lado, me virando de frente para ela.

- Trouxe pra você.- Diz me entregando uma caixa com bombons. Ela sabe que são meus preferidos. - Que foi? Ta me olhando com essa cara?-

- Estava esperando você chegar com alguma coisa.-

- Estava?-

- Estava! Sempre que brigamos você vem com alguma coisa como pedido de desculpas.- Digo em um tom calmo e ouço um suspiro vindo de seus lábios. - Eu gosto de ganhar presentes fora de data, ainda mais vindo de você. Só não gosto quando isso acontece entre a gente, não gosto de brigar com você. Eu me sinto péssima, hoje eu passei o dia todo triste por ontem.-

- Eu também vida, nem trabalhei direito pensando em você. Tive medo de chegar em casa e não te encontrar mais aqui.-

- Então para, Gi! Eu não descarto o seu direito de ficar chateada ou sei lá, ciúmes, mas isso já passou amor.   Esquece essa história de uma vez por todas.-

- Eu vou esquecer. O processo ta chegando ao fim, você nunca mais vai ouvir falar nesse nome.-

- Desculpa ter mentido, só que eu não tinha como chegar em você e dizer que aquela jaqueta era dele. E depois, essa história passou e eu fiz questão de esquecer tudo. Assim como eu esqueci do que aconteceu entre você e a Clara. Eu não fico te lembrando o tempo todo. Você acha o que? Que eu não tive vontade de quebrar tudo quando encontramos a Francine na praia?! Me queimei toda por dentro mas não falei nada sobre. Porque eu decidi esquecer tudo aquilo que nos fez mal.-

- Não vou fazer isso de novo. Não quero te perder!-

- Você não vai !- Digo me aproximando a puxando para um abraço.

- Você sentiu vontade de sair de casa? Mesmo? De verdade?- Sua voz sái abafada em meu pescoço.

- Senti. Mas logo a vontade passou. Não vou conseguir viver sem você, meu bem.- Digo pondo alguns cabelos atrás de sua orelha. - Aí, só de pensar, olha como eu fico.- Passo a ponta dos dedos sobre o canto dos olhos aguados.

- Não chora.- Pede me puxando, selando nossos lábios.

- Olha! - Digo assim que paro o beijo e seguro em cada lado de seu rosto.
- Quero que coloque de uma vez por todas em sua cabeça que eu não quero saber de mais ninguém, só de você. Desde quando a Tábata me chamou pra conversar sobre ele, meu único intuito em me reaproximar novamente foi trazer ele até você.- Trago seus lábios até o meu em um beijo.

Tentei passar através do beijo toda segurança possível. Um beijo sem pressa alguma, um beijo de saudade. Um beijo que não foi dado durante o dia todo, beijo de carinho e ternura.

- Vamos comer o chocolate?- Pergunto rindo entre o beijo.

- Nossa, Rafa. O beijo deve ta muito ruim pra você parar ele por causa de um chocolate.-

- Meu bem, é chocolate. Cho-co-la-te.- Digo entre selinhos

- Aí óh.. Já era.- Gizelly diz com um sorriso na fala assim que escuta Maitê me chamando do quarto. - Vai ter que dividir. Sua filha acordou.-

- Sabe que você tem que comprar duas caixas agora né?!-

- Tô perdida com vocês duas! Vou falir.- Diz se levantando. - Vou lá pegar ela.-

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora