Capítulo 18

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GIZELLY

Fui a última a chegar ao bar onde marquei com as meninas, todas estavam lá menos Manu que por algum motivo não apareceu. A noite estava tranquila, pegamos uma mesa grande e setamos todas juntas. Combinamos de só conversar e beber, dançar ficaria para outra ocasião. Precisávamos matar a saudade umas das outras e colocar em dia muitas coisas, mesmo sem Rafa e Manu presente.

No meio da noite, já estávamos um pouco alteradas. Muitas risadas altas e falação na mesa.. Combinamos de marcar um almoço em meu apartamento no dia do meu aniversário de casamento, que afinal, estava chegando. Encarnamos em Ivy e Bianca que até então estavam uma cozinhando a outra e Thelma começou a falar que odiava todo mundo e que não dormia quase três dias.

Tábata estava ao meu lado, à nossa frente estava Letícia e Taís. Taís não é do nosso grupo até hoje, pois ela fez faculdade comigo, Tábata e Taís. Viemos para o Rio e ela ficou no Espírito Santo, nos feriados ela vinha ficar conosco. Com esse caso que peguei rolando, acabei precisando dela aqui na Cidade e sem pensar duas vezes, ela veio e ta morando temporariamente com Tábata. Apresentei a mesma para as meninas e agora ela está aqui como se já fosse intima de todas. Nossas amigas tem esse dom acolhedor de pessoas.

- Ei, Gi. - Tábata me cutuca sem parar.

- Que é Tábata? Perturbação de cutuque. - Digo disparada com a boca cheia de petiscos.

- Aquele ali não é o filho do Carlos Bencardino? - Tábata pergunta.

- Esse Carlos não é o homem que você conseguiu colocar na cadeia?- Taís pergunta.

- Eu coloquei não! Eu defendi o homem inocente que ele estava tentando incriminar....-

- E que foi preso por não conseguir provar sua inocência graças à você que provou ao contrário.- Letícia completa.

- Ele ta aqui como nós gente, o cara é humano também. Não pode tá aqui se divertindo como nós?- Digo olhando o rapaz de longe que estava mexendo no telefone.

- Gizelly ta grossa hoje né?! - Tábata volta sua atenção para a mesa.

- Não tô gente. A lá, o cara ta indo embora. Bora beber mais.- Digo.

A noite continua, resolvemos sair para andar descalças na praia. Há muito tempo não fazíamos esse programa de adolescentes sem compromissos, sem contas para pagar e sem preocupações. Caminhamos muito e quando percebemos que já estávamos no posto 7 quase perto da minha casa, a ficha cái e voltamos dali mesmo. Eu poderia aproveitar e ir para casa, mas meu carro estava estacionado em frente ao bar no posto 14. Na volta, eu resolvi ligar para Rafa pra saber se estava tudo bem.

 Na volta, eu resolvi ligar para Rafa pra saber se estava tudo bem

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LIGAÇÃO ON

R: Ei, Gi ?

G: Ei, vida. Tudo bem por aí ?

R: Sim e aí como ta ?

G: Legal, não demoro muito ok?

R: Ok. E as meninas?

G: Estão aqui, mandando beijo. Quer alguma coisa ?

R: Não.. Manda outro pra elas.

G: Ta bem. Beijos!

R: Beijos!

LIGAÇÃO OFF

Chegamos ao lugar anterior de onde nós estávamos, nos despedimos e eu entrei em meu carro. Levei Letícia, Tábata e Taís para casa e segui para minha. Cheguei em casa e fiz o de sempre, coloquei a bolsa e as chaves em cima da mesa, fui até a cozinha beber um copo de água. Guardei as panelas que provavelmente Rafaella esqueceu em cima do fogão e fui para o quarto indo em direção ao closet que fica junto ao banheiro. Peguei uma roupa leve para dormir e fui tomar um banho no banheiro da casa para não acordar Maitê que dormia na cama com Rafa. Me deitei atrás da Rafa e comecei a beijar seu ombro e pescoço, correndo a mão por seu corpo e apertando cada curva.

- Gi, ta maluca? A menina aqui.- Rafa diz baixo me olhando por cima do ombro.

- Ela ta dormindo, Rafa.- Digo no mesmo tom sem parar de distribuir os beijos.

- Gizelly ? Ou segura ou vai se aliviar no banheiro, e lá no corredor. Não sabe beber, fica no suco.- Diz firme segurando minha mão parando a ação.

A menina se assusta com a movimentação e começa a chorar fazendo Rafa levantar da cama me fuzilando com os olhos. Eu não tive o que fazer, fiquei sentada na cama pensando no vacilo que eu dei. Vendo que a nossa filha se acalmou em seus braços, me ajeito na cama e viro para o lado pensando no esporro que vinha junto do mau humor da Rafaella no dia seguinte.

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora