GIZELLY
O final de semana foi exaustivo, tive que resolver tudo o que eu tinha para resolver pois viajaria com a Rafa e as crianças na terça, para comemorar o meu aniversário. A única coisa que ficou para quando eu voltasse, é a conversa que eu teria com Sergio Barretos. Clara entrou em contato e com muito custo, conseguiu marcar com o mesmo. Eu iria até Belo Horizonte, onde o homem se encontrava, com uma viagem rápida para a tal conversa. Marcamos para sexta-feira.
Na tarde de terça-feira, finalizei tudo me despedindo das meninas, indo para casa. Lá, encontraria Rafa com as crianças para terminar nossas malas pois viajariamos assim que a noite entrasse.
Chegando em casa, encontro uma das malas no canto da sala. O cômodo estava vazio e o barulho vinha do quarto infantil. Ao entrar, encontro os três no quarto enquanto Rafa terminava de arrumar a segunda mala. Levariamos apenas duas malas, uma eu dividiria com Maitê e a outra, Rafa divide com Frâncis. E uma mochila com fraudas, latas de leite, biscoito e danones a qual os pequenos comiam. Ao me ver na porta, Maitê vem naquele mesmo desespero enquanto Frâncis está distraído com um dos seus sapatinhos.
- Tudo bem, filha?- Pergunto a puxando do chão em meu colo. - Ta ajudando a mamãe a arrumar a mala?-
- Ta tirando tudo e jogando no chão, isso sim.- Rafa nos interrompe e eu ponho nossa filha no chão.
- Vou lá tomar meu banho e venho te ajudar. Ok?- Digo selando nossos lábios.
- Já terminei. Leva ela pra tomar banho com você, já levo o Frâncis lá.-
Saio do quarto com nossa filha levando para o banheiro junto comigo, onde retiro sua roupinha e deixo brincando no chuveiro enquanto me despido. Em seguida, entro no banho junto da pequena e assim que termino de banha-la, Rafa aparece pegando uma e deixando o outro. Faço o mesmo processo de antes, banhando Frâncis até Rafa voltar e pega-lo. Finalmente, tomo o meu banho. Quando finalizo fechando o chuveiro, vejo Rafa entrando. Penso em voltar mas lembro das crianças e logo saio do box indo em direção a minha roupa que está sobre a cama.
***
Já no aeroporto, estávamos esperando nosso vôo ser chamado no auto falante. Viemos no meu carro e eu o deixei no estacionamento do local. Já que seria uma viajem rápida, eu não incomodaria ninguém em nos trazer e nem pagaria tanto na hospedagem do meu carro durante dois dias. Assim que nosso vôo foi anunciado, já com tudo pronto, fomos para a sala de embarque.
Chegamos às dez da noite na Cidade, o carro que alugamos nos esperava no aeroporto. O rapaz trouxe o carro e nos entregou a chave e o documento de aluguel, assinei e devolvi ficando com a cópia. Liguei o GPS e localizamos a pousada. Em menos de uma hora, já estávamos estacionando em frente ao quarto onde Rafa reservou. O hotel que mais parece ser uma pousada, é uma espécie de condomínio fechado com várias cabaninhas. Cada quarto tem sua vaga para o carro e ao lado a escada a qual nos levaria para o interior. O quarto era na parte de cima.
Tudo aqui é lindo, o quarto havia duas camas de casal. Rafa optou por essa, pelas crianças, pois dormiriam na outra cama ao lado da nossa. Há uma grande sacada que dar com a vista para o mar e as árvores em volta. Tudo do jeitinho como vimos nas fotos. Na sacada há duas redes e um jogo de sofá pequeno para área externa e por último, uma mesinha com quatro cadeiras.
- É ainda mais lindo pessoalmente, né?!- Rafa me tira dos meus devaneios.
- Ah, sim.- Concordo colocando uma das malas na cama. - Pena que não tinha de dois quartos né?!- Digo com um sorriso em meus lábios e Rafa já sabia o que aquele sorriso queria dizer.
- Vamos ter que nos contentar em só aproveitar a pousada e tuuudo isso.- Diz enfatizando a palavra me abraçando por trás. Logo me viro envolvendo-lhe em meus braços.
- Eu me contento. Estar num lugar desse junto com vocês é o suficiente.-
- Vamos nos banhar e deitar?! Esse trajeto cansou.- Recebi um tapinha no ombro.
Abrimos as malas atrás das nossas roupas de dormir e antes de nos deitar, pedimos algo pelo interfone para comer no quarto. Enquanto esperávamos o pedido chegar, demos as mamadeira das crianças após o banho e logo dormiram. Colocamos na cama um ao lado do outro e os cobrimos. No banheiro do quarto, havia uma hidromassagem redonda. Optamos por usa-la logo quando a comida chegasse junto com o vinho. Não demora muito para as batidas na porta serem ouvida.
- Vamos comer?- Pergunto para Rafa que está enchendo a hidro.
Coloquei as coisas sobre a mesa na varanda para não fazermos barulho no quarto e acordar nosso filhos. Sentamos e entre uma conversa e outra, terminamos nosso jantar. Juntamos a bagunça e fomos para onde um banho relaxante nos esperava. Peguei a garrafa e vinho e as duas taças, uma entreguei para Rafa e servi. A outra, eu enchi e entrei na água pondo a garrafa ao lado.
- Quero ver tirar essa onda, dura.- Digo divertida brindando nossas taças.
- Mas eu tô dura, bem. Você que é a mulher do dinheiro.- Diz virando sua taça e eu faço o mesmo.
- Se eu fosse a mulher do dinheiro, nem no Brasil eu estava.- Digo rindo vendo seu semblante fechar.
- É mesmo?! E onde estaria, posso saber?!-
- Em qualquer lugar do mundo, desde que eu esteja com o meu amor comigo.- Digo a puxando para perto, encaixando-a entre minhas pernas.
- Cê ta me devendo uma viagem para o Afeganistão. Cê sabe né?!- Diz de costa para mim, deitando sua cabeça em meu ombro.
- Estou, é ?!- Pergunto fazendo-a se virar e me olhar incrédula.
- Cadê aquele discurso todo? Foi só pra me ganhar?-
- E pra te levar pra cama também.- Digo divertida virando a taça em minha boca, finalizando o líquido.
- A é, dona Gizelly?! Pois fique sabendo que não vai me levar pra cama mais.- Diz fingindo indignada e eu só consigo rir da sua reação.
Então ponho minha taça vazia ao lado e em seguida pego a sua que está quase vazia, colocando de lado também.
- É tão linda quando faz pirraça.- Digo beijando seu pescoço e ela tenta tirar meu braço de sua cintura.
- Sái, não quero mais.- Diz cruzando os braços.
Gargalho em resposta e seguro em seu maxilar trazendo seus lábios até os meus. Inicio o beijo e peço passagem com a língua, em segundos pensei que ela não daria passagem mas logo sua boca abriu espaço e seu corpo relaxou sobre o meu. Sorri entre o beijo aprofundando mais e sinto sua mão alcançar minha nuca puxando de leve meus cabelos. Minha outra mão que está em sua barriga, arranha de leve seu abdômen e eu a sinto arrepiar em reação. Minha mão que está em seu maxilar, escorrega até sua bochecha fazendo uma carinho com o polegar. Mordisco e chupo seu lábio inferior e ouço um gemido involuntário sair de sua garganta enquanto sua unha arranha minha nuca.
Por mais que a água esteja em temperatura ambiente, nossos corpos estão prestes a entrar em erupção. Minha mão que está acariciando sua barriga, sobe automaticamente e aperta seu seio. É aí que percebo que o beijo ta ficando perigoso. Finalizo-o trazendo seu lábio inferior delicadamente, mas permaneço com nossos bocas entreabertas uma perto da outra sentindo nossas respirações se regularem.
- Se não pararmos agora, não vou conseguir parar mais.- Digo ainda de olhos fechados e sinto uma risada nasal sair dela.
- Se você não parasse, ia rolar.- Diz e quando eu abro meus olhos, os verdes estão ali, apontados para mim.
- Vamos dormir?!- Sugiro rindo e a vejo ter a mesma reação.
- Vamos! -
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Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)
Fiksi PenggemarContinuação de 'Depois daquele dia' se ainda não leram, voltem duas casas pois o início dessa história está lá em 'Entre Lençóis' 👌🏼