Capítulo 36

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GIZELLY

Rafa e eu estávamos deitadas no sofá abraçadas, curtindo a presença uma da outra. Assim que amanheceu, meu telefone celular despertou me avisando que era hora de 'levantar para me arrumar'. Franzi o cenho para a mesma com uma expressão confusa e virei a cabeça para cima em direção à sacada. Por trás da cortina, algumas lascas de claridade tentavam invadir a sala. Peguei meu celular e vi que era sete da manhã, me desvinculei do melhor lugar do mundo para começar a agir minha vida.

- Já está de manhã, Rafa.- Digo e a mesma faz o mesmo gesto com a cabeça para olhar a luz do dia.

- Ai, poxa. Não vai não?! - Diz com a voz manhosa.

- Bem que eu queria ficar, mas preciso mesmo ir.-

Me levanto e vou ao banheiro tomar um banho e me ajeitar, enquanto isso Rafa se veste e vai para a cozinha preparar o nosso café da manhã. Quando voltei para a cozinha, o café já estava exposto à mesa. Comemos e eu me despedi indo para a faixada do prédio esperar por Tábata. Olhei para cima e vi Rafa nos olhando pela sacada, dei tchau para a mesma, mandei beijo e entramos no carro.

Dessa vez não fomos de avião, fomos no meu carro. Como íamos ficar uma semana em São Paulo resolvendo os últimos detalhes do processo, precisaríamos nos deslocar de um lado para o outro e o carro ia nos adiantar muito. Caso contrário, iriamos gastar uma fortuna alugando um carro para apenas uma semana. Chegamos às três da tarde, foram seis horas de viagem até chegarmos ao hotel onde Clara e eu ficamos da última vez em que viemos.

- Amanhã a gente começa a saga, ok? - Digo na porta do meus quarto.

- Ok! Vai dormir porque você ta igual ao um zumbi.-

Tábata ficou no quarto ao lado do meu, onde Clara se instalou da outra vez. Entrei e coloquei as malas em um canto, deitei na cama e apaguei. Por volta das dez da noite, acordei com a barriga roncando. Pedi alguma coisa no quarto mesmo e jantei antes de abrir o notebook para estudar o processo.

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Passei praticamente a metade da madrugada estudando, eu não podia me dar o luxo de ir até de manhã outra vez

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Passei praticamente a metade da madrugada estudando, eu não podia me dar o luxo de ir até de manhã outra vez. Mesmo que eu não esteja com sono, eu precisava forçar meu sono pra regular meu fuso horário. Na manhã seguinte, Tábata e eu já estava a caminho da delegacia da capital. O Delegado nos recebeu com uma notícia que eu não esperava, afinal, eu esperava ponto positivo já que se passaram duas semanas desde minha última estadia aqui na Cidade.

- Tudo bem, delegado. Bom dia! - Digo estendendo minha mão direita.

- Bom dia Doutora Bicalho.-

- Então, vim atrás de notícias boas.-

- Nem tão boas, não achamos o caseiro em lugar nenhum. Mas já transferir o caso para os demais estados e as investigações começaram.-

- Então voltamos a estaca zero né?! -

- Zero eu não diria, já que as evidências contra Carlos Bencardino  continuam lá.

- E o que a gente pode fazer se nos faltam provas ? Já que única testemunha ocular sumiu?! -

- As evidências irão prevalecer, no momento em que o álibi dele escorregar no depoimento.-

- E como o senhor pretende fazer isso? -

- Esse é o X da questão. Como contrapor um álibi tão bem forjado?! A família parece muito bem unida, disposta a defender o chefe da casa. Principalmente os empregado.-

- Aí é que o senhor se engana delegado, nada me tira da cabeça que os empregados foram pagos para depor a favor do criminoso. Pior que agora o filho do Carlos, começou a perseguir minha família.-

- Nós vamos dar um jeito nisso. Hoje começa as buscas pelas matas ao redor da Cidade, pelo menos atrás do corpo. Vamos torcer para que essa testemunha esteja viva.-

A Polícia Civil teve trinta dias para as investigações, já que o autor do crime não tinha sido preso em flagrante. O prazo estava chegando ao fim, o inquérito ia ser encaminhado ao Ministério Público, para nos conceder mais noventa dias para a continuidade da investigação. Ao fim desse novo prazo, o inquérito tem que retornar para nova análise dos promotores. E isso levaria dias já que a audiência já estava marcada, e estamos sem tempo.

A denúncia já foi enviada ao Juiz, que aceitou o inquérito e já se transformou em ação penal. Já passamos por várias etapas no Judiciário e a sentença final é semana que vem. E será definido se o réu é culpado ou inocente.

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora