Capítulo 65

1.4K 141 24
                                    

GIZELLY

Entrei no carro e esperei por Rafaella por cerca de vinte minutos. Pensei em entrar novamente na casa à procura da mesma, temendo nas crianças terem acordado pela demora mas resolvi esperar mais um pouco. Dei graças por estar de vestido pois facilitava mais, tínhamos que ser ligeiras. Deitei a cabeça no volante e não demorou muito para a porta ao meu lado abrir. Rafa tinha trocado sua roupa, estava com seu blusão. Os cabelos que outrora estavam presos num rabo de cavalo, dessa vez ela volta com eles soltos.

- Entrou por aí pra passar pra cá? Não entendi. Não era mais fácil ter subido aqui logo?- Pergunto confusa.

- Claro que não. Não vamos fazer nada aqui correndo o risco de nos vêem. Liga o carro e procura um lugar mais escuro.-

- Rafa, o vidro é fumê. Ninguém vai ver nada.-

- O carro balanç.... Ôh Gizelly vai querer ou não vai?-

Ligo o motor e saio da garagem à procura de uma rua mais escura dentro do próprio condomínio. Minutos depois rodando o condomínio, achamos um lugar cujo a entrada é um bosque. Trocamos os olhares duvidosos nos perguntando através deles se paramos ou não pois era quase perto da praia, só que do outro lado do condomínio. Resolvemos parar pois era onde estava mais escuro. Puxei o freio de mão e empurrei o banco para trás inclinando o encosto. Seguro a barra do meu vestido erguendo até a altura da minha cintura e retiro minha calcinha. Rafa faz sua manobra passando sua perna por cima, sentando em meu colo.

- Veio sem calcinha? - Franzo o cenho assim que passo a mão em sua bunda.

- Uai, pra que eu ia vim com ela? Não ia ter que tirar?-

A resposta me fez soltar um sorriso malicioso. - Safada!-

Agarro sua cintura e vou de encontro ao seus lábios, o beijo que antes era calmo e proveitoso se transforma em um beijo cheio de segundas intenções e mãos bobas. Deslizo minhas mãos lentamente sobre seu corpo, apertando cada curva por baixo do blusão sentindo sua pele até chegar em seus seios.

- Hum, sem sutiã..- Digo entre os beijos e Rafa segura meu maxilar e para o beijo para me encarar.

- Vai ficar narrando? - Ela pergunta.

Me ajeito no banco inclinando-o mais até que nossas intimidades se chocam só então me dou por satisfeita e pego em sua cintura para começar a sessão da dança deliciosa que só ela sabia fazer. Entre atrito, tesão, beijos e gemidos.. Rafa levanta a cabeça e olha para o vidro traseiro e diz algo que eu não entendo, pois estou distraída demais com aquele corpo em cima do meu, beijando seu pescoço.

- Baby??? - Dá uma leve sacudida em meus ombros chamando minha atenção para si. - Tem um carro vindo pra cá.-

Como estacionei o carro entre os outros que estavam na rua, quem quer que esteja passando por nós agora não ia desconfiar em ver um carro parado numa rua deserta. Ficamos parada encarando o vidro da janela até o carro passar por nós e quando Rafa faz menção em voltar com os beijos no meu pescoço, paro a ação para assistir a cena um pouco à nossa frente.

- É a Bia e a Ivy? - Pergunto e Rafa se vira para ver.

- São elas mesmo! - Diz rindo.

Pelo visto não são só Rafa e eu que estamos dando uma fugida, Bia e Ivy estão indo em direção a praia deserta iluminada apenas pela lua. Rimos das nossas situações e então voltamos para o que realmente nos interessava. Entrelaço meus dedos em seu cabelo, enquanto deslizo minha outra mão pela lateral de seu corpo até chegar a sua bunda e aperto com vontade, fazendo arfar em meu colo rebolando cada vez mais rápido.. Com meus dedos em seu cabelo, puxo levemente para trás fazendo com que ela levante o queixo e eu deixo uma mordida ali e logo encontro seus lábios. Eu poderia ficar ali até meus lábios ficarem dormentes, é gostoso demais senti-la por inteira só para mim. O carro balançava com a velocidade do atrito entre nós e as respirações cada vez mais aceleradas centímetros de distância entre uma boca e outra.

- Rafa? - O nome quase não sái.

Ela continua com o ato ignorando meu chamado mas eu precisava alerta-la.
- Baixo... Ta gemendo muito alto.-

Digo e só recebo um último gemido frustado como resposta. Não aguentando ficar parada, começo a me mexer embaixo de si até que as contrações leves vão tomando lugar em meu ventre ficando mais forte a cada segundo. Pela respiração e expressão dela em cima de mim, sei que também esta chegando ao limite. Rafa morde o lábio inferior tentando abafar os gemidos que querem sair mas quando a contração final chega, ela não aguenta segurar e esconde o rosto em meu pescoço abafando o último gemido. Me agarro nela e aperto seus cabelos em sua nuca e ali, chegamos ao clímax juntas.

Assim que minha respiração volta ao normal, eu espero ela se recompor e levantar a cabeça respirando com os lábios entre abertos. Passo as mãos em seu rosto, tirando os cabelos que estão descompensados e pondo para trás.

- Nossa... Essa cansou em.- Rafa diz ainda com a respiração pesada e a voz rouca.

- Vamos lá ver as meninas? - Digo num tom de riso enquanto a mesma volta para seu lugar no banco ao lado.

- Deixa elas, ô empata foda.-

- Fica aqui rapidinho? Eu vou lá.- Peço me ajeitando no banco, abaixando meu vestido.

- Se você for lá, dou arranque nesse carro e você fica para trás apé. Quer ver?-

Com toda aquela curiosidade me consumindo, me contive e retornei o carro em direção onde a rua da casa se localizava. Chegamos, tomamos nosso banho e deitamos. Pouco tempo depois, ouço barulho de passos vindo do corredor. Rafa e eu nos encaramos segurando o riso antes de nos abraçar e hibernar até o dia seguinte, onde sei que não vai ser fácil ficar sem perguntar o que as duas fizeram naquela praia.

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora