Capítulo 39

1.4K 123 9
                                    

GIZELLY

Na manhã de quarta-feira, três dias depois da minha estadia em São Paulo Tábata e eu fomos até a capital e juntos do delegado fomos em buscas de pistas sobre o sumiço do caseiro da mansão da família Bencardino. Depois, fomos até a mansão e interrogamos alguns empregados e membros da família. Alguns empregados só trabalha com Carlos pelo dinheiro que recebe com seus serviços mas sabem o homem perigoso que ele é. Alguns de seus depoimentos ajudou na investigação, mas não quiseram servir de testemunhas para o caso.

Fomos até os familiares de Sérgio Barreto, o caseiro, e conversamos um pouco. Peguei alguns nomes que aceitaram testemunhar e depois de conversarmos mais um pouco, finamente fomos embora. Na metade do caminho indo para a delegacia, o delegado recebeu uma ligação que nos deixou absolutamente abalados.

"Oi, delegado Torres falando!.... Sim... Ué, mas... Como.... Não, entendi... Sim... Sim.... Sabe como tudo aconteceu?....."

Ao ouvir aquela pergunta, olho para Tábata através do retrovisor e a mesma balança os ombros em preocupação.

"Ok... Estou com ela aqui ao meu lado.... Digo sim... Ok, obrigado... Tchau!"

- Aconteceu alguma coisa delegado?- Pergunto assim que o mesmo desfaz a ligação.

- O Juiz Vilagram sofreu um acidente agora pela manhã e foi levado para o hospital e está em estado grave. Pediram para te avisar doutora Bicalho.-

- Mas como foi esse acidente, delegado?- Tábata pergunta ao me ver quieta na direção.

- Foi acidente de carro. Estão investigando a causa do acidente e mais tarde entram em contato conosco novamente.-

- Esse acidente foi proposital ! - Digo simplesmente.

- Como assim, Gizelly?- Tábata pergunta do banco de trás.

- Vamos aguardar o resultado da perícia. Não quero julgar sem ter certeza, mas nada tira da minha cabeça que esse acidente foi para matar o Juiz.-

O restante da viagem de volta para a delegacia foi silenciosa, eu estava tremendo de raiva e preocupação naquele volante. Eu não pensava mais em nada há não ser na família do Juiz, esposa e filhos. Chegando à delegacia, o delegado despediu de nós, combinamos de nos encontrar no outro dia e seguimos para o hotel da Cidade. Tábata que percebeu meu nervosismo, mesmo que eu tentava não transparecer, pegou na direção e eu me sentei ao seu lado.

Um tempo depois, peguei meu telefone celular e vi uma mensagem da Rafa. Respondi a mesma e desliguei o celular guardando-o na bolsa. Uma hora depois, finalmente chegamos ao hotel, parecia que não íamos chegar nunca.

- Você está bem, Gi? - Tábata pergunta assim que entramos no elevador.

- Não! Estou angustiada. Como deve está a família do Juiz, Tábata?- Pergunto com o choro embargado na garganta.

- Vai ficar tudo bem, Gi. O que vamos fazer se o processo for arquivado?-

- Não sei.. Quero continuar aqui pra resolver tudo, mas ao mesmo tempo quero ir pra casa. Quero dar apoio a família do Juiz. Ele está em estado grave, Tábata.-

Chegamos ao nosso andar e cada uma foi para seu quarto. Tomei um banho relaxante, pelo menos, tentei. Deitei para tentar dormir um pouco, mas antes pego meu celular e vejo uma mensagem da mãe da Rafa. Automaticamente me lembro da mensagem da mesma mais cedo sobre olhar meu email e ligo o pc.

Assim que entro no meu email, vejo o contrato que a mesma me enviou mais cedo. Leio tudo e pego meu celular para lhe ligar, mas antes eu vejo a mensagem da minha sogra me avisando que minha filha havia jogado o celular da Rafa na água. Ligo para ela, memo que seja um pouco tarde, torcendo para que estejam acordadas ainda. Dona Genilda me atendeu e passou a ligação para Rafa. Conversamos um pouco e finalmente, desliguei o celular, pus para carregar e deitei minha cabeça no travesseiro.

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora