Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)

Capítulo 3

RAFAELLA

Eu nunca mais invento de ter filho normal de novo, é uma dor sem tamanho. Mas ao olhar aquele ser lindo que saiu de mim, um amor tão grande nasceu de mim, que foi maior que a dor que eu senti. Meu filho é lindo, nasceu com 3,215kg e 40cm. Sim, ele é um bebezão.

Estou sentada no sofá que tem no meu quarto do hospital esperando Thelminha trazer minha alta, ela disse que seria hoje pela manhã.. Também estou louca de saudades da minha filha, nunca dormi longe dela. Peguei no celular pra ver algumas mensagens que tinham chego e eu não vi, tinha mensagens do grupo das meninas, mensagens dos meus assessores, família e amigos... Rolei a tela do aplicativo de mensagem para o lado e vi no status da Gizelly uma foto que fez valer a pena tudo que passei até hoje desde quando decidimos ser mães.

Fui interrompida dos meus pensamentos bobos de mãe apaixonada pela médica que trouxe a notícia mais aguardada por mim, pois eu estava doida pra chegar em casa e descansar a vontade..

- Amiga, trouxe sua alta assinada, já pode mandar a Gi vim te buscar. -

- Obrigada Thelminha, vou mandar mensagem pra ela agora.-

- Como passou à noite? -

- Excelente, o único problema é não é o meu quarto né.-

- Ah, mas isso já está resolvido.. Você vai pra casa hoje. Essa semana eu passo lá e levo uma lembrancinha pra ele..-

Conversamos mais um pouco e Thelminha saiu da sala atendendo algum chamado, peguei no celular pra mandar mensagem pra minha esposa e a mesma deu sinal de vida dizendo que já estava vindo..

- Oi amoor! - Digo animada assim que Maitê aponta da porta

Ao me ver segurando outro bebê que não fosse ela, a menina desanda a chorar fazendo Gizelly, eu e minha mãe rirem. Entrego Frâncis para Gizelly e faço sinal chamando Maitê para se sentar em meu colo..

- Que foi, mamãezinha? - Digo abraçando e apertando minha filha
- É seu irmãozinho, mamãe não disse que ia vir buscar o neném? Então.. É ele.-

A menina para com o choro mas continua de cara fechada encarando o irmão que agora estar ao seu lado no calo da Gi.

- Ei, é seu neném filha.- Gizelly diz colocando o bebê no colo da menina mas ela parece não gostar muito.

- Vocês vão ter que ter paciência, é assim mesmo.. Renato também ficou assim quando a Rafinha nasceu. Ela vai acostumar.- Minha mãe diz

Encaro aquela cena pensativa... Confesso que meu coração ficou em pedaços, minha filha está com ciúmes do irmão. Como vou fazer agora?!

- Calma vida, vai ficar tudo bem.. Vou estar por perto sempre pra te ajudar com eles. Ela não vai se sentir deslocada não.- Gizelly diz como se tivesse lido meus pensamentos.

- Vamos pra casa então? - Suspiro

Levamos minha mãe pra casa, a mesma precisava descansar pois quase não dormiu a noite de olho em nós, mais tarde ela voltaria na minha casa pra ajudar a Gi com a janta e a nossa filha. Chegamos em casa, coloquei o bebê na minha cama e fui tomar um banho, almoçamos e logo após deitei ao seu lado e capotei.. Acordei com Gizelly sentada ao nosso lado acariciando meu rosto..

- Ei meu bem- Digo me espreguiçando

- Vim te chamar pra comer alguma coisa.-

- Que horas são? - Pergunto me levantando

- Já passa das cinco.-

- Cadê a tetê ? -

- Ta dormindo.-

- Cê fica com ele? Quando ela acordar vou ficar com ela um pouco.-

Fomos para sala e lá estava Bianca e Ivy. Levei um susto, pois dormi tanto que nem as vi chegar.
Conversamos, contei como foi o trabalho de parto, fizemos um lanche e finalmente entramos no assunto que queríamos entrar com elas presentes.

- Queremos convidar vocês duas para ser madrinhas do pequeno Frâncis.- Gizelly diz

- Sério?? - As duas disseram juntas fazendo Gizelly e eu rir

- Mas é claro que a gente aceita uai.- Ivy responde

A tarde passou e prepararam o jantar, liguei para minha mãe dizendo que não precisava ela voltar mais hoje, pois as meninas iam ficar conosco. Minha filha acordou, fiquei um pouco com ela, dei banho, dei janta e chegou a hora de dormir.. As meninas se despediram de nós e foram pra casa.
Coloquei minha filha no quarto dela junto com seu irmão, liguei a babá eletrônica, enquanto isso Gizelly estava terminando de arrumar a cozinha. Cheguei por trás e abracei a mesma.

- Hum, que saudades.- Gizelly diz enxugando as mãos e se virando para me encarar

- Vamos ver um filminho? - Pergunto

Abrimos o sofá e deitamos nele, assistimos o filme até alguém la dentro chorar.