Capítulo 103

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NARRADOR
2/5 Fim

Depois que Gizelly saiu, Rafaella levantou da mesa, retirou o almoço e arrumou as coisas antes de banhar as crianças. Logo em seguida, tomou seu banho e seguiu para a casa de dona Márcia. Assim que chegou na vaga onde o carro estava estacionado, foi em direção ao mesmo e prendeu os filhos na cadeirinha com a ajuda do síndico.

Como sabia o caminho para a casa da sogra, não se preocupou em pegar no celular. Ligaria o GPS assim que chegasse na casa da mais velha, apenas para chegar até o local onde marcou com o fotógrafo. Na metade do caminho, seu celular vibra e toca dentro da bolsa e a mesma não escuta.

Chegando no bairro de Copacabana, perto da casa de dona Márcia, o sinal fechou fazendo-a parar o carro. Enquanto batia os dedos no volante, sua mente voava com pensamentos aleatórios e os olhos voltados para as vitrines do outro lado da rua. Se vira por um instante olhando para o banco traseiro onde os filhos estão e quando se vira para frente novamente olhando para seu lado do vidro para encarar a praia, se assusta com as batidas fortes na janela. Pierre batia desesperadamente, pedindo para que a mesma abrisse a porta.

- Abre! Rápido! - Sua voz era abafada do lado de fora.

- Eu não vou abrir. Ta maluco?- Rafaella diz mudando a marcha para dar partida.

- Eles estão vindo atrás de vocês. Se você não abrir, eu vou quebrar esse vidro.-

Pierre dizia nervoso olhando para os lados, preocupado. Rapidamente Rafaella tira o cinto e abre a porta.

- Passa pra lá.- O rapaz dizia apontando para o banco do carona e rapidamente, Rafa passava para o outro banco. - Põe o cinto.-

Liga a seta e dar partida no carro antes mesmo do sinal abrir. Entra na rua à direita onde o sinal ainda está aberto, desviando dos carros que buzinam em desespero. Rafaella fica sem reação se segurando no banco enquanto o carro anda em alta velocidade. A movimentação assusta as crianças no banco de trás e começam a chorar. Pierre olha a cena pelo retrovisor e depois de mais algumas curvas, para o carro numa rua afastada de onde estava havendo o suposto arrastão. Rafaella se vira para trás e acalma os filhos que em poucos minutos param de chorar com suas chupetas na boca.

- O que foi aquilo?- Se vira novamente atraindo a atenção do homem ao lado.

- Se você não abrisse a porta, você tem noção de que não poderia estar aqui agora?-

- Você chega do nada mandando eu abrir, queria que eu fizesse o que?-

- Os caras atrás de vocês, eu ia ter tempo de explicar?-

- E eu ia adivinhar?- A pequena discussão se inicia e Maitê faz menção de choro. Logo então, Rafa cessa e acalma seu tom de voz. - Quem estava atrás de mim e deles?-

- Os capangas do meu pai.- Respira antes de falar. - Essa hora estão vasculhando o trânsito atrás do seu carro.- Diz e Rafa arregala os olhos.
- Vieram atrás de vocês na tentativa da Doutora não entrar naquele tribunal.-

Rafa leva as mãos nos cabelos e fecha os olhos, pensando no que poderia ter acontecido se Pierre não houvesse chego.

- Ainda bem que consegui te encontrar. Graças à Deus, ta tudo bem agora.- Diz tocando no braço da mulher ao lado.

- Obrigada! E desculpa querer medir forças na hora que pediu pra eu abrir.- Finalmente encara o rapaz.

- Tudo bem. Entendo! Você já tinha me dito que não queria mais saber de mim e eu chego assim do nada. E ainda te assustando, assustando seus filhos.-

- Como soube que eu estava lá na hora?-

- Liguei pra doutora Bicalho e ela me disse que você ia em algum lugar com seu filho, mas ela desligou o telefone na minha cara quando eu disse o que ia acontecer.-

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora