Capítulo 51: O Livro dos Mortos (Parte II)

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Trifus conseguia afastar as pesadas caixas com sua força bruta, encontrando um pentagrama dourado cravado no chão.

— Portal... Estranho...

— É magia de exorcista, não é algo que podemos entender. — responde Kaito. — Seja rápido antes que...

Ele sentia um inexplicável peso no peito, caindo de joelhos e encarando a mulher de longos cabelos brancos se aproximar. Ela abria um sorriso sádico murmurando outro feitiço em latim fazendo com que Kaito cuspisse mais sangue.

— Eu tenho pena de te matar, você já está nas últimas. Mas não posso perdoar ninguém que se oponha à nossa ordem.

Karin puxava a sua varina a apontando contra Kaito, lançando uma forte descarga elétrica mas Trifus ficava na sua frente, recebendo o dano. Diferente dos demais, ele permanecia inerte sem demonstrar expressão alguma. Em seguida, seu corpo emitia um brilho verde como se estivesse coberto por uma "armadura", dando um soco no chão fazendo todo o solo daquela região tremer.

A bruxa acaba perdendo o equilíbrio caindo sentada e Kaito aproveita a chance para lançar um raio em sua direção, deixando-a paralisada por breves segundos. Infelizmente, ele cuspia sangue por ter usado o poder.

— O livro... Você... Pega...

— Mas Trifus...!

— Eu... Vou segurar... A Bruxa...

Kaito assentia com a cabeça, correndo até o pentagrama e murmurando o feitiço o qual aprendeu em uma das aulas, responsável por abrir portais. Enquanto isso, Trifus segurava Karin pelo tornozelo e a jogava longe, fazendo a mulher bater as costas contra um amontoado de caixas.

— Vocês estão me tirando do sério!

Quando a bruxa dá o primeiro passo em direção à Trifus, uma silhueta aparecia ao seu lado tentando golpeá-la com a espada. Porém, Katin jogava o corpo para trás ao mesmo tempo que apontava a varinha para a elfa, gritando:

Infernales flammas!

Misteriosamente, o corpo da elfa é tomado por fortes chamas e ela recua gritando de dor, dando alguns passos para trás saindo do galpão. Ao ver tal cena, Kaito esticava a mão em direção ao céu e uma pequena chuva caía sobre a sua companheira de equipe, apagando o fogo. Kaylessa analisava as diversas queimaduras por toda a sua pele e a roupa rasgada, lançando um olhar mortal em direção à bruxa que apenas sorria com desdém.

Contudo, Karin se distraía recebendo um soco de Trifus que a fez cuspir sangue, recuando vários metros. Então, murmurava outro feitiço prendendo ambos em duas enormes esferas de rochas.

Felizmente, o ataque não perdurou por muito tempo porque Trifus o destruiu com um único soco e Kaylessa cortou as rochas em um ágil movimento de ambas as espadas.

— Matar... Matar... Eu preciso matar... — murmura a elfa ao se aproximar.

Karin invocava plantas que surgiam do solo, prendendo os pés de ambos e subindo por seus corpos. Porém, o orc aumentava a sua força junto com o brilho no corpo, destruindo as plantas e caminhando até a elfa para ajudá-lá; mas recuava quando a bruxa aparecia na sua frente, dizendo outro feitiço:

Mors relatorum!

Linhas invisíveis apareciam em todos os pontos do galpão e prendiam o orc, cortando sua pele em diversos lugares. Ele grunhia de dor tentando andar, mas esses fios eram mágicos e possuíam grande resistência física. Por outro lado, Kaylessa conseguiu se libertar das plantas mas não demorou muito para ser alvo desses fios, gritando quando eles causavam vários cortes em suas pernas e braços.

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