Capítulo 25

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Olá, amores!


Como perceberam não postei ontem porque ninguém acertou, mas hoje estou aqui como nosso combinado. Bora pra leitura?

Um lindo final de semana pra vocês! 💗



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Isadora


Ter que descobrir pela mídia que minha própria irmã está fora de perigo e que acordou estando fora de perigo, faz com que acabe com qualquer fio de esperança que tinha.

Eu nunca vou me perdoar pelo que aconteceu. Pelo que eu fiz.

Parece que somente quando algo ruim acontece que nós paramos para ver toda a merda que feita. Foi isso que houve comigo.

Eu briguei, discuti e bati em minha irmã que nunca fez nada para mim e fiz tudo isso a troco de nada, apenas por que eu estava irritada demais pela minha vida de merda.

Por uma vida que eu queria ter e que deveria ser dos sonhos de qualquer garota, mas que não era. Não por culpa de Isabella, mas por culpa dos meus pais. 

Laura e Pedro, eles sim são culpados, com todas as suas ausências, suas lágrimas em momentos que foram importantes e felizes para mim, cada presente que ganhei sempre pareceu faltar algo e faltava mesmo, para eles: a minha irmã gêmea e para mim, os meus pais. Irmã que aprendi a detestar pelo simples fato dos meus pais não agirem normalmente comigo, eles simplesmente não conseguiam desligar do fato de que tinham uma filha perdida pelo mundo a fora e que para piorar era minha gêmea, logo, toda data ou feito da minha vida, eles nunca estiveram 100% comigo, muito provavelmente nem cinquenta por cento, nunca, pois grande parte de seus pensamentos sempre estavam voltados na minha irmã perdida. Nunca aproveitamos um momento que seja, um momento que fosse só nosso, para comemorar um de nossos aniversários, só nós três, sempre existiu uma sombra que pairava na cabeça de meus pais e nada podia mudar aquilo.

Quando Isabella apareceu, mesmo tendo passado pelo que sofreu, eu a afastei de mim, eu não queria conversas ou qualquer aproximação, não quando tudo naquela casa era sobre ela e exclusivamente sobre ela. No final de contas, com ou sem Isabella presente, toda a minha vida foi assim, se resumiu a minha irmã gêmea.

Lembro do dia em que Isabella descobriu a verdade da mulher que acreditou ser sua mãe, a Elisa. Provavelmente aquele dia foi a única vez que cedi e fui a irmã que precisou, era um momento de empatia e eu não pude ser indiferente ao que estava passando, não quando deveria ser doloroso demais pensar que toda a sua vida, nunca foi sua vida de verdade. A sua foi cercada de mentiras e uma proteção exagerada da suposta genitora para única e exclusivamente não expor Isabella ao mundo. Hoje todos sabemos disso, mas minha irmã descobriu isso da pior maneira, quando Elisa dava instruções sobre seu plano maquiavélico: sequestrar nós duas, ganhar uma boa grana e matar a mim no final.

Eu sequer consigo perto de entender tudo o que minha irmã sofreu, principalmente quando era claro o quanto Isabella amou aquela mulher, mas foi isso, o meu momento sendo a irmã e esquecendo todos os problemas durou apenas um dia e no outro eu já estava sendo a escrota em pessoa com ela.

Inferno, como eu pude agir assim?

Eu nunca irei me perdoar por isso, nunca.

Isabella não merecia nada daquilo e quando ela esbarrou em mim na entrada de casa foi a gota d'água, eu tinha acabado de discutir com... Ele e por causa dela: da minha irmã. E eu só queria aliviar toda tensão e raiva que tinha dentro de mim. Eu sentia-me injustiçada, meus pais nunca deram um terço da atenção que dão para minha irmã e a cereja do bolo foi a discussão com aquele idiota que quer sempre ter a razão e me tira do sério, mas que é odiosamente gostoso. 

Bella: em outra vida - Série GêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora