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Mary acompanhava o desenvolvimento sobre a empresa de Jennie a cada dia, via os gráficos crescerem a cada dia, e conforme olhava a conta bancária da sua namorada cada dia mais alta tinha a certeza que todo o seu golpe daria certo, resultando nela e Suzy nas Maldivas sem se preocupar com a vida enquanto Jennie voltava ao seu lugar.

Para ela aquilo era mais do que um simples plano, era uma vingança pelo o estrago que a família Kim havia feito em sua família. Ela honraria o nome do seu pai.

- Então, como estamos?

- Precisamos de um tempo até termos a passagem direta aos dados pessoais dela, isso leva em torno de uma a duas semanas conforme o valor do dinheiro aumenta.

- Nunca pensei que essa demora me varia tão feliz, tire tudo dela, Tommy. Dinheiro, emprego, casa, carro. Absolutamente tudo. O melhor está pro final.

- E qual será o grande final?

- Você verá.

Mary ergueu a taça de vinho em direção ao seu amigo e comparsa em forma de brinde, sendo prontamente acompanhada por Tommy. Todo o passado seria honrado com a melhor e a mais doce vingança que ela poderia ter, e pelo o trabalho tinha que ser muito bem desenvolvido.

- Mãe, eu já falei que não é pra senhora se levantar sozinha, não falei?

- O que tanto você vê nesse computador?

A garota apenas acenou para Tommy que prontamente desligou o sistema e caminhou em direção a porta principal. Mary ajudou a sua mãe a se deitar na cama novamente, ligando o seu aparelho de oxigênio na qual a senhora de idade não poderia ficar mais de cinco minutos sem.

- Prometo a senhora que vou pagar o melhor tratamento que houver nesse mundo, você só precisa esperar mais um pouco.

- Eu já estou velha, filha. Não gaste o seu dinheiro comigo. Irei partir em breve.

- Mãe, por favor não fala uma coisa dessas. A senhora pode aguentar mais um pouco que eu sei.

A senhora apenas acariciou o rosto de Mary antes de pegar no sono por conta dos remédios controlados que tomava dês do acidente na fábrica causado pelo os Kim's. Mary jurava por cada vida inocente na qual morrera naquele dia que teria a sua própria revanche para cima de Kevin e Scarlett, e isso incluía Jennie juntamente a família.

Jisoo acordou naquela manhã com uma forte e óbvia dor de cabeça pela quantidade exagerada do álcool que ingeriu na noite passada, não lembrava de nada, absolutamente nada, e também não fazia questão de lembrar.

Preparou o café para que as demais tomasse, mas não esperando para virar a xícara com o líquido preto e amargo de uma vez afim de se sentir mais sóbria e com menos dor de cabeça. Logo viu Chaeyoung saindo do seu quarto, enrolada em um roupão rosa claro e com seus cabelos avermelhados presos a um rabo de cavalo alto mau feito, sua pele sem qualquer marca de maquiagem, mas que não deixava de ser linda a vista, Jisoo a achava linda de todas as formas, dês que conheceu a menina tudo o que ela queria falar era aquilo, que ela era linda, perfeita e maravilhosa de qualquer jeito, chorando, brava, rindo ou até apenas existindo. Jisoo não conseguia controlar os seus pensamentos, muito menos o seu coração quando ela estava por perto. E talvez, nem quisesse controlar.

- Bom dia, Soo.

- Bom dia, eu fiz torradas.

- O cheiro está ótimo mesmo.

A garota sorriu se servindo com as coisas que havia na mesa, Jisoo a observou calmamente, cada movimento, capturado por ela, era tão estranho, tão dolorido que chegava a ser unicamente especial.

"Quem sabe um dia, Jisoo... quem sabe um dia..."

Jennie murmurou ao sentir alguns carinhos em seus fios, seus braços presos no pescoço da loira não saíram dali na noite passada, Lalisa sorriu em ver que a morena já estava acordada parcialmente e pode aproximar seu rosto do dela de uma forma cuidadosa e lenta.

- Você já estava acordada antes?

- A uns d-dez minutos.

- Para... não me olha... eu estou toda feia.

- V-você não c-consegue ser f-feia. Nem s-se você q-quisesse ser.

- Está delirando.

- V-você me f-faz delirar.

Lalisa sussurrou podendo sem preocupação colar seus lábios nos de Jennie que a aceitou de bom grado, mas a empurrando quando percebeu que Lalisa não queria apenas um simples e carinhoso selinho. Jennie rolou da cama correndo até o banheiro trancando a porta tocando os lábios de leve em saber que aquela garota a tirava de qualquer lugar ruim em questões de segundos.

- Bom dia, Lisa. Jisoo fez o café.

A loira assentiu puxando uma cadeira para que ela pudesse se juntar as meninas, sentiu o seu celular vibrar enquanto servia o seu suco e franziu o cenho, ninguém mandaria mensagem a ela a plena oito horas da manhã.

"Lalisa, precisamos conversar. Venha para casa quando puder."

Ela estremeceu de uma forma tensa e arrepiante após ler a mensagem do seu pai, leu aquilo com uma entonação de preocupação com uma pitada de desespero, o que quer que fosse, sabia que não estava preparada, sabia que não seria bom, nada que vinha daquele cara era bom dês do ocorrido.

- Podemos ir ao shopping mais tarde, o que acham?

- Preciso passar em casa e tirar essa roupa amassada antes, tenho a leve impressão que ontem o final da noite não foi muito bom.

- Suas impressões sempre estão certas, Jisoo - Jennie comentou se sentando no colo de Lalisa enquanto bebericava o suco da mesma, Chaeyoung sorriu com um pouco de dor em ver as duas daquele jeito, direcionando sua conversa a Jisoo, que já a encarava.

Chaeyoung sempre sentia uma segurança estranha em saber que Jisoo a olhava de um jeito especial, no fundo em um lugar meio escondido sabia de cada sentimento que sua melhor amiga tinha, mas tinha medo de se entregar juntamente e não ser suficiente, ela sentia que não era suficiente, se fosse, sua namorada não estaria com outra pessoa.

- Nos encontramos no shopping as cinco então e depois sessão de filmes na casa da Jennie - Jisoo repassou o dia distraída ajudando Chaeyoung a limpar a cozinha enquanto Jennie e Lalisa arrumavam a mesa.

Jennie sentia que Lalisa estava parcialmente estranha, mas não perguntava por estarem em um lugar nada apropriado para o desabafo da loira, mas perguntaria mais tarde aquilo. A única coisa que pode fazer naquele momento foi pular em seu colo em um ato de surpresa, fazendo a menina rir de uma forma simples e inocente.

- Tudo bem?

- S-sim.

Mas no fundo, Lalisa sabia que nada estava bem, longe de algo estar mais que bem.

Letras (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora