Final

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- Deixe-me ver! Deixe-me ver!

Jennie pediu assim que Lalisa anunciou o grande acontecimento da noite, a loira mostrou a sua esposa o primeiro dente a nascer de Victor, que não estava entendo nada sobre o que as suas mães tanto comemoravam e até choravam. Lalisa tirou uma foto daquele momento tão especial, pegando o seu filho nos braços e o jogando para o alto mau acreditando que ele estava crescendo tão rápido assim.

- Acha que ele ficará com febre no dia do lançamento?

- Eu não sei, talvez. Mas eu posso remarcar não há problema nisso.

A loira falou ainda não acreditando que o primeiro dente do seu filho havia nascido, aqueles olhinhos puxados e castanhos a encaravam, rindo e batendo suas mãos pequenas enquanto a menina falava com uma voz doce e suave o quão incrível era aquilo. Jennie os encaravam com um sorriso besta nos lábios, via o quão cuidadosa e carinhosa a menina era com Victor e se perguntou o porque tudo demorou tanto?

- Filho, quando você ver a sua tia Jisoo da uma mordida bem forte na bochecha dela ok? Pra ela parar de ficar babando em você.

- Lalisa! Isso não é coisa pra se ensinar a ele!

- Sua mãe é chata, não é?

- Vamos ver quem é chata quando eu fizer greve.

Lalisa a encarou com as órbitas verdes arregaladas, engoliu seco e logo correu com Victor em seus braços pronta para encher a sua esposa de beijos e carinhos os quais tentavam ser um tipo de suborno para que a morena esquecesse o que havia acabara de falar, Jennie apenas riu sentindo as cócegas em seu pescoço empurrando fracamente Lalisa para o lado e terminado de guardar a roupa em seu closet.

O tempo de fato foi o melhor e provavelmente único amigo daquele casal, ele caminhou ao lado das duas, as vezes sendo necessário, as vezes sendo doloroso e real. O universo sempre conspirou a favor, mas não controlou toda a dor que elas tiveram nesse meio tempo, a dor da desconfiança e do abandonamento, não foi as piores dores que já experimentaram, mas foram as principais para mantê-las em um caminho certeiro para o amor. Mas no fundo, todo aquele céu escuro salpicado de estrelas, sabia que nada nem ninguém poderia separar aquele casal e agora aquela família tão simples. A ambição, o orgulho e a mentira não existiam mais naquela casa, desde então a sinceridade e a necessidade de dividirem as emoções - boas e ruins - começaram a serem frequentes e mais que aceitas e necessárias, começaram a ser uma rotina, sem vergonha ou medo de contar algo, de entender algo ou ouvir algo.

Lalisa lidou com cuidado e carinho cada momento ruim que se passava dentro de Jennie, seu temperamento forte, algumas vezes ficou com medo de tudo acabar, mas entendeu que Jennie era assim, e nada mudaria, ninguém a mudaria nem mesmo o seu amor por ela a mudaria. E estava tudo bem. Igualmente a ela, Jennie teve que entender e respeitar o estado de espírito da sua mulher que nem sempre estava alinhado a um estado bom, as vezes Lalisa queria apenas ficar sozinha em um canto lembrando de certas coisas, não queria ver ninguém ao menos falar com ninguém, e as vezes o que ela mais precisava era do abraço e do conforto de Jennie, que se adaptou com aquilo, ela amava aquela menina, e faria de tudo por ela. E mais uma vez... estava tudo bem.

Juntas, elas viajaram para os Estados Unidos, fizeram o procedimento da fertilização em vitro, não foi fácil, não foi nada fácil pois não deu certo de primeira, nem de segunda, Victor só chegou na vida delas na quarta tentativa do casal, mas quando veio trouxe uma luz tão grandiosa na vida de todos que Lalisa se perguntava se ele era realmente filho dela, ou um anjo enviado pela a sua mãe que agora de algum lugar a olhava com orgulho. Victor era parecido com Jennie, extremante parecido com ela, mas com apenas dez meses ambas garotas já percebiam a personalidade forte do garotinho, ligando aos pontos com Lalisa, que mesmo quieta e tímida era capaz de mudar todo o mundo.

Letras (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora