Lalisa passou horas escolhendo uma boa roupa para poder sair como Jennie e Ryder naquela tarde, não via nada de interessante em seu guarda-roupa, a não ser as suas camisetas largas de rock junto a alguns moletons e calças de todos os estilos. Pensou em dar uma renovada em tudo, mas deixaria aquilo para mais tarde.
Ela preparou o seu café sem muita presa, sentindo falta do seu notebook que sempre ficava em cima da mesa, ela sempre o deixava ali, mas não deu importância talvez se esquecendo aonde teria o colocado. Se sentia mais livre quando o seu pai não estava, então se sentou na sala ligando a sua televisão e beliscando as torradas que acabara de fazer.
Ryder depois de pegar escondido um boleto qualquer que estava no nome da Jennie caminhou em silêncio até o quarto de hóspedes, pegando os seus fones e podendo ouvir a mensagem de voz de Mary.
"Oi, Jen. Só queria falar a você que ainda sou sua namorada e que adoraria se você me ligasse de volta"
O valor do boleto e o rastreamento do código fez Ryder ligar o seu laptop e ver o real motivo para que o cartão da sua irmã dera inválido nas duas tentativas. Mas ele desligou tudo assim que Jennie abriu a porta do quarto, fazendo o garoto e os seus dois animais de estimação dar um pulo de susto.
- O que você está fazendo?
- N-nada.
- Me parece envergonhado.
- Não estou.
- Ryder! Estava assistindo filmes pornô?!
- Jennie! - o menino choramingou incrédulo, se levantando e guardando o seu laptop novamente na mochila, claramente envergonhando com a situação mentirosa.
- Coloque seu casaco, vou te deixar na casa da Jisoo pois irei resolver algumas coisas no banco.
- Porque não posso ficar com a Lisa?
- Hum, ela não está me respondendo talvez esteja ocupada agora. Mais tarde sairemos juntos lembra?
Ryder concordou avisando aos seus melhores amigos que já já voltaria deixando a ração dos mesmo já pronta. A caminho, Jennie ouviu a mensagem de voz de Mary, sabendo que muitas coisas estavam indo longe demais e decidindo por um ponto final a tudo.
- Ok, Mary, venha ao meu apartamento a noite. Temos que conversar.
A morena não teve problemas em deixar seu irmão com a sua melhor amiga os dois já se conheciam e tinham uma relação boa ao ponto de vista. A menina aguardou na fila, com a mensagem do banco aberta em seu celular, aproveitaria a invocação da empresa para abordar sobre o problema em seus cartões.
- Bom dia, senhorita Kim. Algo meramente impossível e estranho aconteceu perante a sua conta - a moça entregou uma folha na qual estava destacado em negrito.
"Saldo bancário: - 000, 000, 000"
Jennie franziu o cenho olhando novamente para a balconista, querendo e precisando de uma explicação sensata para aquela brincadeira de mau gosto.
- O que tudo indica foi o esvaziamento da sua conta, para uma possível transferência parceria a essa.
- Eu estou... sem dinheiro? - a mulher a olhou com uma expressão óbvia no rosto, fazendo um misto de emoções nascer dentro de Jennie, e a maioria não era nada boa - C-como assim? Como estou sem dinheiro? Céus, isso é impossível!
- O banco está tomando as devidas providências perante a tudo isso, senhorita Kim. Mas nesse momento não há nada que possamos fazer a não ser aguardar.
Jennie apenas assentia ainda em um mundo fora daquele, assinando o papel de presença e podendo voltar para o apartamento da sua melhor amiga, ainda presa em um transe de choque que a fazia tremer, seu coração acelerar de uma forma que parecia que ele pararia a qualquer momento.
- Como assim zerada, Jennie? Como a sua conta bancária com mais de cem mil euros estaria zerada assim da noite pro dia?
- E-eu não sei! Eu não sei, Jisoo. Eu simplesmente não sei! - a morena agora podendo ter o seu ataque de desespero começou a chorar de uma forma assustadoramente dolorosa, não conseguindo nem segurar o copo com água, pois suas mãos tremiam de uma forma frequente.
- Já podemos saber que isso foi um roubo, pois o seu dinheiro não sumiria assim da noite pro dia.
- Roubo, Jisoo? Quem iria me roubar?!
- Qualquer um, Jennie, qualquer um pode roubar você, me roubar. Tenho que te lembrar que estamos no planeta terra, no planeta mais tóxico do sistema solar, você quer o que?
Jennie não soube responder, tirando o seu celular do bolso e digitando com um pouco de dificuldade para Lalisa, que estranhamente ainda não havia a respondido naquele dia.
96nini: Oi, Lili. Podemos remarcar o passeio? Aconteceu algo meio chato hoje, e cortou completamente o meu clima, espero que me entenda.
Lalisa começou a entrar em um nervosismos nada bom por não conseguir achar o seu celular nem o seu notebook em seu apartamento, já havia procurado em todos os cômodos, em todas as partes possíveis e impossíveis, mas não havia sinais dos aparelhos.
- Que m-merda! - esbravejou se jogando em sua cama, tentando de qualquer jeito lembrar aonde estava seus dois itens mais preciosos.
Ela cogitou a probabilidade de ter deixado o seu celular no apartamento de Jennie, era uma cogitação bem provável, já que não ligava muito para objeto, e nem sempre prestava atenção nele quando estava com a morena. Então ela se levantou e tentou abrir a porta, mas percebeu que estava trancada.
Lalisa andou até a cozinha procurando a chave reserva que sempre ficava na terceira gaveta, mas ela não estava ali. Ela achou aquilo perfeito, não bastava o seu notebook e o seu celular e agora a própria chave do seu apartamento.
Foi então que a loira percebeu que aquela era uma fechadura nova, e assim o seu desespero havia voltado com mais intensidade, não sabendo como se comunicaria com Jennie, e nem sabendo se seu pai voltaria naquela noite para lhe dar a chave reserva.
Mau ela sabia que o seu próprio pai havia a trancando com o único propósito de proibir o encontro de Jennie e Lalisa.
- Merda! Merda! Merda!
Ela chutou a porta de madeira emitindo um som de dor por aquilo, se sentia incapaz de fazer o qualquer coisa naquele momento, e se sentiria assim nas próximas semanas provavelmente.
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Letras (Jenlisa)
FanfictionUma vida nornal, sem regras, sem arrependimentos. Era assim que Jennie Kim vivia. Do outro lado da parede, uma menina insegura, com traumas, com medo, e sem comunicação com o mundo. Isso muda quando Lalisa descobre um lápis e papéis de cartas.