Capítulo 6

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O caminho foi rápido, já que eu dormi na maior parte do percurso e na outra parte me mantive entretida ficando nervosa.

-O que vamos falar à eles?- Penso em voz alta.

-A verdade.

Não trocamos mais palavras. A motorista nos lançava olhares curiosos mas parava assim que Lia correspondia como se quisesse dar um soco nela. Era para EU parecer ameaçadora.

-Chegamos.- Disse a mulher.

Paguei com o restante do dinheiro e saímos do carro. Esperamos até a senhora virar a esquina com seu carro cinza .

-Tem tudo o que precisa?- Pergunto à Lia.

-Preciso de mais dinheiro. Vou arranjar identidades falsas para nós duas e mando todos os seus documentos para cá.

-Aonde vai ficar?

-Vou fazer minha identidade como se eu tivesse 18 anos, aí compro um apartamento ou algo assim.

-Vou sentir sua falta.

-Pode me ligar quando quiser. Vamos.- Diz Lia abrindo um sorriso amigável.

Relutante, dou três batidas na porta e aguardamos. Alguns minutos se passam até Lia se irritar e bater mais forte.

-ABRE ESSA PORTA, PORRA.- Lia grita o mais alto que pode.

-QUE MERDA, NÃO TENHO UM SEGUNDO DE PAZ.- Uma voz masculina grita de dentro da casa.

Um homem já adulto até que bem bonito abre a porta e nos olha de cima a baixo.

-Five, acho que é pra você.-Grita para alguém do lado de dentro da casa.

-Na verdade, precisamos de ajuda.- Explico.

-É. O mundo está prestes a ser dominado por uns filhos da puta de um universo paralelo ou outra realidade, foda-se o que é aquele lugar, o que importa é que eu e minha amigona aqui fugimos de lá e precisamos que você resolva esse pepino para a humanidade.- Lia diz, sem paciência com o homem parado à nossa frente.

-Entrem.- Responde ele com desdém.

Entramos dentro da casa, casa não, mansão. O homem que nos disse que se chama Diego nos leva até uma sala enorme e luxuosa. Estava me preparando para me sentar de maneira comportada mas lembro que queria parecer ameaçadora então jogo algumas almofadas do outro lado do grande sofá e me sento de maneira largada.

Diego chama outros adultos para nos encontrarem na sala. Todos se identificaram por Vanya, Allison, Klaus e Luther. Alguns segundos depois de todas as apresentações serem feitas um outro integrante da família chega, mas esse é um adolescente. Da minha idade mais ou menos. Ele se apresenta como Five, mas só depois de me olhar dos pés a cabeça assim como fez com Lia logo em seguida.

Five me deixou curiosa mas depois descubro mais sobre ele.

Passamos a hora seguinte explicando toda a merda que Louis e seu pai psicopata estão planejando fazer e respondendo as perguntas daquela família estranha.

-Vão à merda, caralho, já respondi essas perguntas mil vezes.- Diz Lia depois de fazerem a mesma pergunta várias vezes.

-Por que confiaríamos em uma gótica e uma sem educação sem paciência?- Pergunta Five, que decobri ser ignorante, grosso, sem respeito nenhum, orgulhoso, e inúmeros outros defeitos.

Esse garoto atingiu o auge da minha raiva e frustração. Com um pouquinho de telepatia o ergo do chão pelo pescoço. Seu olhar era de total confusão.

-Você vai pedir desculpas à Lia. A.G.O.R.A.- Digo usando controle mental.

-Me perdoa, Lia.

-Essa é minha garota.- Lia incentiva quando solto Five, que cai no chão.

Toda a sala dirige seus olhares chocados para mim.

-Isso é interessante. De que família você vem, S/N?- Diz Allison, a primeira a sair do estado de choque.

-Isso não importa. Vão nos ajudar ou não? Respondo, não querendo falar sobre minha família.

-Eu ouvi um boato.- A mesma mulher que pergunta da minha família diz. Nesse momento eu entro num estado de transe profundo, como se meu cérebro tivesse desligado mas meu corpo ainda funcionasse.-Eu ouvi dizer que você vai nos contar toda a verdade sobre esse suposto mundo paralelo.-Allison termina o que quer que tenha começado e toda a história é repetida.

Quando termino a última palavra, foi como se eu acordasse repentinamente de um sono muito profundo.

-Bem, acho que isso é suficiente.- Diz Allison.

Seus irmãos assentem e começam a me encarar novamente, então explico sobre meus poderes.

-Eu posso manipular qualquer coisa com a mente, como fiz com nosso amigo, Five- digo, debochada olhando para ele, que corresponde com um olhar irritado- também controlo mentes, como quando fiz ele pedir desculpas pelas merdas que falou sobre Lia- Lia solta uma pequena risada e Five revira os olhos, garoto arrogante- e posso materializar qualquer coisa qie eu quiser- digo, materializando uma rosa escura na minha mão- mas não coisas vivas-  digo, mostrando que a rosa é falsa.

-Temos que discutir sobre isso. Obviamente vamos ajudar, mas não fazemos ideia de como. Vocês tem lugar para ficar?- O homem enorme chamado Luther pergunta a nós duas.

-Eu não vou ficar para o banho de sangue. Vou me mandar daqui a pouco, assim que terminarem de encher a porra do meu saco de perguntas idiotas.- Lia diz, ainda ignorante. Piso no pé dela para fazê-la parar.

-E eu não preciso ficar aqui, posso ir para um hotel, sem problemas.- Respondo para amenizar a resposta de Lia.

Five solta um suspiro de alívio e eu lanço um olhar ameaçador em sua direção, mas ele é teimoso e só levanta uma sobrancelha, debochado.

-De jeito nenhum, você fica conosco. Lia pode ficar também, se quiser.- Diz Vanya, se mostrando a mais gentil.

-Tô fora. Vou para algum lugar bem longe assim que possível.- Diz Lia, ganhando outra pisada no pé, mais forte dessa vez.

-Muito obrigada, se não for muito incômodo acho que posso ficar por alguns dias, para ajudar nos planejamentos.

-Vai ser ótimo ter alguém que pode materializar bebida para mim a hora em que eu quiser. Já te considero minha irmã.- Diz Klaus, fazendo Lia rir um pouco.

-Five, leva as coisas da S/N p o quarto vago do Ben e depois mostr a casa pra ela.- Luther praticamente ordena. Five revira os olhos, vai até minhas sacolas de roupas, as segura e depois some no ar. Logo depois ele reaparece bem do meu lado, segura minha mão e começa a me mostrar a casa.

I Think I'm In Love...Onde histórias criam vida. Descubra agora