Capítulo 8

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Arrumei minhas coisas no quarto pequeno e pecebi que eram pouquíssimas. Eu deveria ter comprado mais roupas, também preciso de um computador, e esse quarto necessita de uma decoração urgentemente.

Faço uma lista com tudo o que eu preciso, materializo mais dinheiro (eu preciso parar com isso) e desço as escadas.

-Cadê a Lia?- Pergunto para Vanya que está sentada na sala vendo TV.

-No bar com o Klaus. Eu me preocuparia se fosse você.- Faço um movimento positivo com a cabeça e vou atrás dela.

Quando a encontro ela está com uma garrafa de uma bebida transparente na mão, cantando desafinada uma música que eu não consegui distinguir e dançando em cima do balcão.

-Que merda em Lia. Vou sair. Não vai embora antes de eu chegar. Ou antes de estar sóbria.- Falo seca e saio antes que ela consiga formular uma resposta.

Vou em silêncio até o quarto de Luther e vasculho suas coisas tentando achar a chave do carro parado lá fora. Nada. Então tento o quarto de Diego. Bingo! Pego a chave e saio sem dizer nada.

Chego até o carro meio surrado e quando ligo o motor faz um barulho alto demais. Encolho os ombros esperando alguma advertência ou algo assim mas nada acontece. Olho em volta mas não vejo ninguém.

Dirijo até o shopping mais próximo (sim, aprendi a dirigir quando estive naquela outra realidade). No caminho começo a me fazer perguntas que eu deveria ter feito antes, como: Por que enquanto lá era meia noite, aqui estávamos em plena luz do dia? Louis consegue me seguir? Se ele vir, a Umbrella Academy toda vai sofrer as consequências. Eles são fortes o bastante? O que eles são?

Estava dividida entre obrigar alguém a me contar tudo ou fazer uma pesquisa até que sinto um peso extra surgir no carro. Olho para o lado e vejo Five com as pernas em cima do porta luvas e as mãos atrás da cabeça. Levei um susto mas não perdi o foco da estrada.

-Até que você conhece muito da cidade para alguém que não vem aqui faz dois anos.-Ele diz debochado, acabando com o silêncio.

-Vai a merda Five. Nunca vim aqui, mas não é tão difícil ler as placas.

-Ui, estressadinha. Nem parece que salvei sua vida hoje.

Para que ele desistisse de puxar conversa ligo o rádio. Uma música horrível começa a passar enquanto eu esoero e semáforo abrir, eu e Five olhamos fixamante para o aparelho por alguns segundos e então falamos juntos.

-Mas que merda.

Começamos a rir até que o sinal abre e eu continuo o caminho.

-Então, pra onde vamos?- Pergunta Five como se tivesse sido convidado.

-Bem, Eu vou ao shopping pela segunda vez no dia. Você vai se teletransportar de volta pra casa.

-Ou o quê?

-Ou eu bato o carro de Diego e falo que foi você quem não me deixou dirigir.

-Diego acha que você está dormindo no seu quarto e o carro dele foi roubado e eu,  omo um ótimo irmão, estou indo atrás do ladrão. Você deveria me agradecer, tem o álibi perfeito.

-Obrigada. Agora vai pra casa.

-Vou repetir a pergunta: Ou o quê?

Garoto esperto.

-Só não me estressa por favor.

Ele não responde e passamos o restante da curta viagem em silêncio até Five encontrar um CD de seu gosto e colocá-lo pra tocar.

I Think I'm In Love...Onde histórias criam vida. Descubra agora