Capítulo 19

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Brasil...

Pelo que ví estamos em uma cidade bem pequena. Klaus se decepcionaria, já que nem nessa cidade nem no estado tem praia. Estamos no final de uma rua sem saída, olhando para a direita, vejo uma quadra bem grande, cercada, do outro lado há um lote vago com alguma espécie de galpão do lado, em cada um dos lados há uma avenida de mão única e no dividindo essas avenidas tem uma pista para pedestres cercada árvores em toda a sua extensão, essas árvores formam uma vista até que bem bonita. Onde a rua acaba, um morro começa a se erguer e dá pra ver um caminho em que a grama está mais baixa, provavelmente a trilha.

A cidade é bem pequena. Tem 80.000 habitantes. É bem mal cuidada. Estamos em uma das avenidas principais. Os jovens costumam se reunir aqui principalmente as sextas à noite. Droga, é sexta a noite. Não sei por onde começar a procurar. Não sei o que procurar.

Pego meu celular e vou direto para o e-mail.

Estou aqui.

Não sei quem é e nem tenho muito interesse em saber, só quero minhas respostas, então deixo uma mensagem breve.

-Como você está, Five?- Pergunto, quebrando o gelo.

-Ah, S/N, muito obrigada pela preocupação, eu e meus irmãos estamos maravilhosamente bem plantados aqui, depois de uma viagem de milhares de quilômetros pro meio do nada feita em segundos, não precisa se preocupar.- Dramatiza Klaus.

-Quis dizer por causa do transporte, Klaus. Não começa com o drama tá legal.

-Precisamos de um lugar pra passar a noite. Para eu recarregar as energias.

-Tem um hotel por aqui.- Procuro a captura de tela que fiz dos hoteis,  restaurantes, supermercados e farmácias dessa cidade e mando pra Five.- Pronto. Podem ir, eu tenho umas coisas pra resolver. Luther, preciso que fique aqui pra me dar cobertura.

Não posso pedir para Five ficar, já que por mais que ele lute perfeitamente bem sem seus poderes preciso de alguém mais ameaçador. Vanya ativando seus poderes poderia servir também, já que com a pele pálida e os olhos vidrados qualquer um sentiria medo, mas não posso permitir que ela perca o controle. Ninguém sentiria medo de Allison, arrumada do jeito que está. Klaus... sem comentários. Diego também serviria, se ele não fosse tão estressadinho. Então oque me resta, é esperar que o tamanho de Luther intimide quem quer que seja.

-Viagem maravilhosa, S/N. Aliás, obrigada por avisar que era uma missão suicida!- Como eu disse, Diego é muito estressadinho.

Para estressa-los ainda mais vou até Five é lhe dou um celinho demorado. Quando nossos lábios se tocam novamente não existe mais Vanya, Allison, Luther, Diego ou Klaus. Não existe mais essa cidade desconhecida nem a ameaça eminente. Só existe eu e ele. E toda a química envolvida.

-Se cuida, tá?- Sussurro.

-Você também.- Sussurra de volta olhando em meus olhos. Me derreto T.O.D.A. Menino idiota.

Vejo eles seguindo pela rua e desaparecendo quando descem o morro. Solto um suspiro e me viro para Luther.

-Vamos tentar procurar por aqui okay. Vai naquele galpão que eu olho na quadra. Qualquer pessoa ou movimento suspeito você me grita que eu vou correndo. Se não achar nada a gente vem pra cá de novo. Se eu demorar me procura alí.- Digo apontando para a quadra. Luther assente, estala todos os dedos de uma vez só e vai em direção ao galpão a passos firmes.

Vou até a quadra com uma determinação que eu definitivamente não tenho. Por dentro eu estava literalmente tremendo de nervosismo. Pulo a cerca e abro o cabeado do portão enferrujado com um grampo de cabelo. Quando entro não me surpreendo, está imundo. O chão está tão coberto de poeira que as linhas coloridas estão quase invisíveis. As arquibancadas que estão nos dois extremos maiores do retângulo que forma a quadra estão cheios de latas e garrafas de cerveja, cigarros mais ou menos apagados, pacotes de lanches e coisas que eu preferia não ter visto. Parece improvável que alguém se esconderia aqui. Mas do outro lado tem uma porta, então vou até lá. Está destrancada. Abro bem lentamente com medo do que poderia sair de lá, quando terminode abrir a porta fecho os olhos c força mas nada acontece. Quando olho, o chão só está coberto de embalagens de camisinhas. Que nojo. Bem, não parece ter nada aqui.

Volto para o local de encontro com Luther enquanto abro meu e-mail para procurar alguma mensagem não lida ou que foi direto para a lixeira. Nada. Salto novamente a cerca e me viro para procurar por Luther quando vejo alguém de estatura alta, com uma faca em sua garganta.

A mas que merda em.

Faço a faca da mão da pessoa voar longe com um movimento de cabeça e a pego no ar.

-Tudo bem colega? Posso ajudar?- Pergunto girando a faca entre os dedos.

A pessoa vira assustada e quando me vê, arregala os olhos.

-Ah, S/N Denvers. É um imenso prazer.- A estranha tira a máscara que cobria seu rosto e solta seu cabelo. Seu cabelo ondulado e escuro cai sobre seus ombros como cascata, seus olhos escuros brilham e sua pele clara e lisa não tem uma ruga de expressão. Ela me lembra alguém...-Eu estava escrevendo para você. Aguardei por uma resposta e qual não foi a minha surpresa quando você disse que já estava aqui. Deculpa a demora. O grandalhão alí me assustou, achei que tivesse feito algo a você.- Faço um sinal para Luther ficar atrás de mim e lhe estrego a faca que tirei da mulher.- Luther não é? Dei sorte de só ter você aqui. Se os outros Hargreeves resolvessem me atacar eu estaria perdida. Aliás, meu nome é Pâmela. Pan, pros mais íntimos. Talvez você já tenha ouvido falar de mim, S/N. Meu nome completo é Pâmela William Fox.

Flashback

-Quem é essa?- Pergunto pegando um quadro de cima da escrivaninha do quarto de Louis.

-Minha mãe. O nome dela era Pâmela.

-Era?

-Ela morreu a algum tempo. Papai disse que ela morreu por causa de câncer. Não que eu me lembre de ela ter feito tratamento ou de ela ter que raspar o cabelo.

-Sinto muito, meu bem.

-Já te falei que não gosto quando me chama assim.

-Sinto muito, Louis.- Digo revirando os olhos. Ele me prende contra a parede com a mão em meu pescoço pronto para me enforcar. Mas eu estava puta de raiva nesse dia. Então com minha telecinésia eu também começo a enforcá-lo. Eu quase o matei nessa ocasião. Sorte a dele que Lia apareceu pra me buscar...

Flashback off

-Você morreu de cancer.- Digo chocada.

-Foi a desculpa que inventaram? Que maravilha. Dois covardes.- Diz Pâmela bufando.

Luther olhava confuso de mim para a mulher em nossa frente.

-Luther, essa mulher é a mãe de Louis. Que deveria estar morta a anos atrás...
                                                      
                                                      

Pâmela Fox

Pâmela Fox

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