Capítulo 11

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Estávamos no carro, Five estava dirigindo e lançando olhares até mim de tempos em tempos pelo espelho. Tivemos que nos espremer naquele carro.

Do nada Five para o carro, lançando todos para frente.

-Porra. Quem está com as estradas?- Pergunta Five, parecendo bravo. Todos olham para Allison.

-Eu só estou com a minha. Deixei o restante com o Klaus e pedi pra ele entregar um pra cada.

-E por que você achou que podia confiar essa tarefa a Klaus, Allison?- Gritou Five em resposta.

-Meu Deus, Five. Pra que todo esse estresse? Allison, me empresta sua entrada por favor?- Ela me entrega um pequeno bilhete- Aprenda a manter a calma Hargreeves.- Digo, provocando-o enquanto faço sete cópias daquele bilhete com números diferentes para que o segurança da entrada da super exclusiva festa que está tendo na boate não note nada estranho.

-Graças aos céus! Achei que hoje seria meu fim. S/N, você salvou minha vida. Serei eternamente...

-Não pense que se safou, Klaus.- Five interrompe o discurso dramático de Klaus.

-Gente, vamos logo, a festa já começou.- Diz Vanya enquanto lança um olhar de repreensão para Five, que revira os olhos.

Chegamos a festa. O lugar visto de fora é ainda pior que eu imaginei. É enorme, do lado de fora um casal está dando uns amassos, o tal segurança é um homem jovem tão chapado quanto se estivesse realmente participando da festa, ele nem perceberia se simplesmente entrássemos. Mas dentro é ainda pior. Acho que o inferno é exatamente assim. Tem gente demais, o cheiro é de álcool, suor e aquela fumaça artificial, o teto está cheio de luzes brilhantes e coloridas que se mechem em círculos sem parar,  é tudo escuro, o único resquício de luz além das luzes de festa é uma luz roxa que cobre todoo ambiente. No centro, mulheres se esfregam nos homens, que as vezes tiram fotos, ou passam a mão ou começam a puxá-las para algum canto ou pra dentro do banheiro. Lia percebe que eu queria fazer algo bem ruim com aqueles homens, acho isso por que ela me segura pelos ombros e me conduz até o bar que cobre uma parede inteira no fundo do estabelecimento.

-Vou precisar das identidades se quiserem beber.- Diz o homem de trás do balcão.

-Ei, senhor. Eu ouvi dizer que você vai deixar a gente beber o quanto quiser e vai esquecer essa história de identidade.- Allison usa seus poderes com o homem, foi muito gentil da parte dela.

-Obrigada gata.- Diz Lia, já escolhendo sua bebida.

-Ela vai querer uma cerveja.- Diz Five. Mandão como sempre.

-Acho que não. O que tem a capacidade de me deixar bêbada mais rápido?- Pergunto ao homem que está meio hipnotizado. Ele coloca um pequeno copo em cima do balcão e eu bebo em um único gole. O gosto é horrível. Por que as pessoas pagam para ficarem com a garganta seca e ardente? E em alguns mitunos eu entendi por que. De repente o inferno que as pessoas chamam de festa não parecia mais tão ruim assim. O jeito em que as pessoas dançavam não era mais tão estranho. As luzes não eram mais incômodas, mas dançavam no ar e me hipnotizavam.

-Eu quero dançar.- Anuncio indo em direção à pista de dança.

Começo a me mecher no ritmo da música, ainda meio tímida, mais quanto mais tempo passava, mais a bebida me deixava corajosa. Depois e duas músicas volto ao balcão e só encontro Lia conversando com um homem de uns 20 anos e Five com uma garrafa de Vodka e um copo em sua frente. Pego a garrafa dele e viro antes que ele pudesse reclamar.

-Dança comigo Five!- Grito em meio ao barulho das outras pessoas.

-Eu não danço!- Grita de volta. Eu não tenho paciência pra isso. Pego ele pela gola da camisa e o arrasto até a pista de dança. Nesse momento uma música mais lenta começa a tocar, afastanto algumas pessoas da pista de dança. Quanto romantismo.

I Think I'm In Love...Onde histórias criam vida. Descubra agora