𝗗𝗼 𝗚𝗿𝗮𝘆 - 𝗠𝗶𝗰𝗵𝗮𝗲𝗹 𝗚𝗿𝗮𝘆

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Meu último cliente acabará de sair do quarto enquanto eu colocava uma nova langerie para o meu próximo cliente. Penteava meus curtos cabelos ruivos até ouvir a porta se abrir, suspirando fundo coloquei virei-me para meu novo cliente dando um sorriso falsamente malicioso, mas esse sorriso se vai rapidamente quando percebe que entrou para o "seu quarto" mais uma vez. Michael Gray, ou Shelby, desde aquela noite que ele veio para cá nunca mais parou de vir, eram todas as noites, nem sempre era sexo as vêzes ele só queria conversar sobre seus problemas ou algo parecido e o que mais me impressionava era que eu o escutava é o aconselhava porém não sabia se ele seguia esses conselhos até porque não o procurava depois que passava daquela porta, ele também não me procurava enquanto estava fora do meu emprego extra. Atualmente sou prostituta de noite e durante a amnhã era costureira, ganhava pouquíssimo dinheiro com isso então tive que arranjar algo extra para me sustentar sozinha. Não sei o porque mas desda noite que Michael me salvou daqueles estrupadores ele vem me visitando, não sei se isso é para eu pagar alguma coisa a ele ou algo do tipo.

Suspirei cansada e caminhei até a cama sentado-me na beirada da mesa, Gray ainda estava na porta me olhando de cima a baixo, quando cruzei minha pernas deixando minhas coxas mais a mostra e apontei para meu lado, o homem tirou seu casaco e chapéu colocando-os em cima de uma cadeira, tinha duas pistolas em baixo de seu casaco e também o colocou em cima da cadeira, do bolso ele tirou uma cartela de cigarros e um isqueiro, assim que sentou do meu lado acendeu seu cigarro e colocou o isqueiro e a cartela no chão ao lado da cama. O cigarro chegou aos seus lábios e saiu bem rápido assim como a fumaça, virando para mim passou sua mão por minha coxa a alisando gentilmente.

-S/N, já pensou em se casar? - perguntou-me tranquilamente olhando-me nos olhos. Sua pergunta me espantou um pouco, era certo que eu não tinha a mínima intenção de me casar, principalmente agora que eu era uma prostituta, quem se interessaria em mim? A não ser que fosse extremamente maluco.

-Já. - respondi secamente.

-Huh... Meu dia foi péssimo... - começou, tirando a mão de minha coxa e de jogando na cama. -Sinceramente... Eu não sei mais oque eu faço, tive discussã-

-Desculpe, mas se quiser mais um sessão de terapia saiba que não vai te-la. Eu sou prostituta não terapeuta. - o interrompi levando-me da cama e ajeitando minha camisola.

-Michael, sinceramente, se você quer algo diga logo! - gritei raivosa afastando-me dele de costas, estava indo para perto das armas, se ele perdesse o controle não poderia pegar suas pistolas.

O Shelby somente sentou na cama e olhou-me de cima a baixo dando uma tragada forte em seu cigarro e por fim jogando o resto do cigarro no chão e pisando em cima dele o apagando, ele levantou da cama e se aproximou lentamente de mim, a cada passo que ele dava se aproximando de mim eu dava três passos para trás até bater as costas em uma parede, Michael parou na minha frente não muito longe de mim olhando-me nos olhos.

-Acreditaria se eu dissesse que estou apaixonado por você? - falou simplesta passando a mão por meu cabelo carinhosamente, colocando minha franja atrás de minha orelha esquerda.

Aquilo sim era completamente surreal, Gray nunca pensei que ele fosse alguém romântico, mesmo escutando várias de suas histórias durante todo esse tempo, praticamente sei de toda sua vida além dos rumores dos Peaky Blinders serem uma gangue sangrenta e ele fazendo parte dela não imaginei que ele fosse diferente dela. Conhecia sua personalidade maliciosa, fria e agressiva mas romântica e fofa nunca vi nem sinal delas até agora, principalmente esse ser tão carinhoso.

-Quando eu te conheci achei que fosse só mais uma prostituta comum... - disse fazendo carinho em minha bochecha e olhando para ela. Isso era pra ser um elogiou ou um bom começo para se declarar? Por quê não foi nem um dos dois.

-Mas eu vi algo em você que nunca vi em ninguém. Não sei o porquê porém eu lhe amo demais, S/N. Só preciso saber se você me ama também, se não vou lhe deixar em paz, mas saiba que vou estar aqui para você e posso te tirar dessa vida. - terminando sua declaração aparentemente de amor, aproximoi seu corpo do meu abaixando sua cabeça até meu pescoço o beijando carinhosamente.

Suas palavras suavão como melhor nos meus ouvidos e se repitam na minha cabeça, enquanto suas mãos passavam por minhas curvas, fechei meus olhos e dei um suspiro de prazer quando senti a língua umidecida no meu pescoço, aquilo era tão bom, de alguma forma eu me entregava a ele me derretia em seu toque. Mesmo que ainda estivesse pensando sobre o que ele disse não poderia simplesmente resistir a ele, céus, todos os Shelby's tem esse toque ou é só ele?

-Eu te amo... - foi oque ele sussurrou no meu ouvido, seu hálito quente batendo contra meu pescoço frio. Mordeu o lóbulo de minha orelha e em seguida se afastou um pouco de mim olhando-me nos olhos e dando um sorriso que não conseguir reconhecer se era malicioso ou não.

-Michael... Eu também te amo. - confessei, não era um mentira mas também não era um completa verdade, era tudo confuso na minha cabeça. Um lado de mim amava Gray e o outro tinha medo dele, mas o lado do amor falou mais alto no calor no momento e resolvi ouvi-lo.




Eu e Gray eramos um só, sempre seremos um só.

▸ 𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘 𝗣𝗘𝗔𝗞𝗬 𝗕𝗟𝗜𝗡𝗗𝗘𝗥™Onde histórias criam vida. Descubra agora