𝗠𝗮𝗹𝗮 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮 - 𝗧𝗵𝗼𝗺𝗮𝘀 𝗦𝗵𝗲𝗹𝗯𝘆

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Em mãos tinha uma taça de cristal que nela continha tequila gelada, o sorriso que estava meu rosto enquanto recebia os convidados com meu pai era mais falso que uma nota de três. Meus pais são ricos e isso é um fato, ricos porquê são uns filhos da puta que tiram dinheiro dos pobres além de aplicarem golpes, terem uma ganguezinha é o mínimo que eles tem. Por causa da minha família a primeira coisa que as pessoas pesam quando me vêem é acharem que eu sou uma burguesa safada que não liga para os sentimentos dos outros é uma garota branca mimada, comum pensarem isso, comum se aproximarem de mim por causa do dinheiro, comum eu ter tudo o que quero na hora que quero, então não estão com os pensamentos tão errados. Além ter sermos uma família marfiosa do méxico, fazer negócios com as gangues ou as outras marfias de Londres não era nada mal para os negócios.

Aquela merda de sorrir e ver pessoas mais ricas e nojentas entrarem na minha casa era cansativo pra cacete, depois de alguns minutos revirei meus olhos e chamei a atenção de meu pai rapidamente.

—Papá, mama, vou dançar. Licença! — disse educadamente virando-me para o salão de festa. Virei-me de costas para ambos sem esperar uma permissão, tomando um grande cole de minha tequila e em poucos segundos já estava a dançar com alguns outros jovens do baile.

Dancei até meus pés comecarem a doer, e nesse mesmo instante olhei para o garçom que passava por mim e o chamei a atenção, assim que ele veio até mim falei em seu ouvido como sussurro: "Me traz uma dose de tequila para molher a garganta...". Depois de minhas palavras ele balançou a cabeça positivamente e foi atrás de minha bebida, saí da pista de dança tirando meus saltos altos com uma pequena dificuldade, desta forma após tirar os sapatos conseguia sentir o chão frio. A música estava alta a dor de cabeça manifestou-se rapidamente assim como o garçom que voltou com meu copo de tequila, a única coisa que fiz foi suspirar e sair de dentro da mansão em direção ao jardim. Sentindo o vento frio e forte da noite passar pelo meu pescoço e bagunçar meus longos cabelos loiros, tirando o suor do meu corpo.

Enquanto virava o copo de uma vez caminhando em linha reta, descalça, de cabeça erguida, olhando as estrelas senti o cheiro incomodo de cigarro. Já tinha terminado minha bebida e já estava um tanto alcoolizada, fui seguindo o cheiro horrível de cigarro já que meu pai não fumava e não gostava de cigarro. Eu fumar dentro de casa foi um dos milhares motivos de nossas discussãoes, afrontar meu pai era uma das coisas que eu adorava fazer mas sinceramente depois de um tempo com um velho pervertido, ranzinza e machista, provoca-lo não era o suficiente.

Quando finalmente o cheiro do cigarro ficou mais forte havistei um homem alto, forte, de pele branca, cabelos curtos encostado em lugar do jardim com pouquíssima luminosidade e fumava sem preocupações. Sorri de lado e arrumei meus cabelos, coloquei o copo vazio no chão e coloquei meus sapatos devolta em meus pés, e então caminhei em direção ao homem que em poucos minutos, quando eu já estava pertinho dele notou minha presença levantando só cabeça e olhando-me dos pés á cabeça, seus olhos eram azuis como o mar e profundos também, tão belos.

—O que um homem tão bonito está fazendo aqui nesse escuro sozinho? Sem a companhia feminina. — flertei, jogando meu cabelo para trás e ajeitando o decote do meu vestido, sorrir latino e dei uma passada em meus lábios os deixando úmidos mas assim também senti o leve gosto de morango.

—Fumando. E o que uma moça tão jovem e bela está fazendo andando por aí sozinha? — flertou devolta dando um tragada forte em seu cigarro e soltando a fumaça no ar.

—Hahaha, a jovem estava bebendo. E eu tenho 23 anos, querido. — falei passando a mão por dentro de meu cabelo o dando uma leve balançada, então aproximei-me mais do homem. Mesmo com a pouca iluminação dava para ver muito bem seu belo rosto, e ele parecia ser mais velho que eu, talvez só alguns anos a mais. Fiquei não muito longe e nem muito perto dele, somente uns cinco passos de distância. Ele olhava em meus olhos e eu olhava nos olhos dele, ele não estava sério e sim sereno já eu tinha um sorriso malicioso em meus lábios.

—Hm... Você quer trepar comigo? — rápido, bem direto. Suas palavras foram assim, olhando para mim de cima a baixo, me lendo. Eu ri de seu jeito tão direto, ele também deveria estar chapado para algo assim.

—Oh, tão direto. Mas respondendo a sua resposta, quero sim. — confirmei docemente, aproximei-me do homem colocando meus braços ao redor de seu pescoço, e jogou pelo seu cigarro fora o apagando e então agarrou meus lábios em um beijo calmo, tão calmo e tão gostoso. Em poucos minutos ele parou o beijo e olhou-me nos olhos.

—Qual seu nome? — perguntou-me com uma voz roca e um hálito fedendo a cigarro, era de se esperar.

—S/N Martínez. — respondi dando um sorrisinho malicioso, mas em poucos segundos ele foi embora como o "brilho" nos olhos do homem com quem estava agarrada.

Vamos lá, é normal isso acontecer, meu pai é um chefe da marfia e o sobrenome Martínez dava medo em muitas pessoas, por isso não custumava falar para as pessoas meu sobrenome especialmente para os caras que transava.

—Thomas Shelby. — apresentou-se a mim, largando minha cintura e afastando-me dele pegando mais um cigarro o acendendo e colocando na boca dando-lhe uma tragada forte e jogando a fumaça no ar.

—É um nome muito. — comentei sorridente. —Muito bonito para um gangster. Meu pai realmente adora fazer negócios com gente podre, não é? — disse debochada, o Shelby me olhou levantando uma sobrancelha curioso e talvez ofendido com a situação. —Não se preocupe, meu pai adora falar sobre seis negócios comigo e seu nome estava em uma dessas conversas, e bom, eu sei guardar segredo. — falei jogando meu cabelo para trás e olhando de cima a baixo com um sorriso gentil nos lábios, pelo menos eu esperava que fosse gentil.

—Assim como seu pai você gosta de se envolver com gente podre, não é? — respondeu-me grosseiramente, mesmo que eu não tenha feito nenhuma pergunta.

—Oh, talvez eu goste sim! E você, gosta de se envolver com garotas mais novas que você, Thomas Shelby? — falei irônicamente revirando os olhos e dando um risada baixa.

—Eu tenho 35, vá com calma "novinha". — falou dando mais uma tragada forte no cigarro.

—Oh, mas você é um-

—Senhorita Martínez?! — antes mesmo de conseguir responde-lo ouvi alguém me chamar, parecia ser a voz da Grace, uma de nossas empregadas e a mais próximo de mim. Meu pai sem dúvidas deve ter pedido a ela para me chamar, como é irritante.

Revirei os olhos irritada, também soltei um suspiro alto, já não aguentava mais aquilo. Olhei o Shelby que aparentemente estava esperando-me ir embora, rir de sua cara séria e fui até o mesmo dando-o um selinho que foi correspondido, em seguida virei-me de costas para ele saindo daquele lugar tão pouco eliminado e voltando para o caminho de tijolos vermelhos, caminhei tranquilamente afastando-me dele, e uma ponta de arrependimento surgiu no meu peito, poderia ter transando com ele ainda daria tempo? Oh, isso já não importava assim que Grace me encontrou arrastou-me até Papai que começou a me apresentar para os outros convidados.

Não sou má nem santa, mas como queria ter aquele homem dente de mim!

























▸ 𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘 𝗣𝗘𝗔𝗞𝗬 𝗕𝗟𝗜𝗡𝗗𝗘𝗥™Onde histórias criam vida. Descubra agora