Eu acho que esse é o pior domingo que eu já vivi na vida. Acordei as catorze horas e o meu corpo está todo dolorido e para piorar, hoje a minha mãe trabalha no turno da manhã e eu tenho que fazer tudo sozinha.
Me jogo no sofá quando termino a limpeza da casa.
- Agora só faltam as compras – digo me levantando a contra-gosto.
Por mais que eu queira descansar, eu não posso, hoje é domingo e as lojas fecham mais cedo, vou ter que adiar a minha hora do descanso. Vou aproveitar para comprar uns salgadinhos e um bolo de chocolate para diminuir o meu estreasse.
Saio vestindo um moletom preto com capuz, uma calça jeans azul e chinelos, não organizo o meu cabelo, somente amarro ele em um rabo de cavalo, estou pensando seriamente em cortar o cabelo, talvez assim ele seja mais fácil de cuidar.
Saio de casa e me dirijo ao super mercado. Ao chegar me dirijo a minha prateleira favorita, a prateleira de salgadinhos, mas não sei mais se ela será a minha pra teleira favorita a partir de hoje.
- Naty, você aqui? – fala o Lucas se aproximando com o carrinho de supermercado.
Era só o que me faltava!
- Você aqui? Sério? Eu vivo aqui, eu é quem deveria perguntar o porquê de você estar aqui, você vive num bairro nobre onde existem supermercados bem chiques por perto, e você deixou de fazer compras perto da sua casa para vir para aqui fazer o quê? – pergunto.
- O que você esta insinuando? Agora não posso fazer compras onde eu quero só porque você vive nesse bairro? – perguntou ele se aproximando.
- Não se aproxime de mim... - digo dando um passo para trás.
- Naty...
- Natacha para você!
- Está bem, Natacha... podemos conversar? – perguntou ele.
- Não estou com vontade, tenho coisas para fazer e não tenho tempo para ouvir as suas justificações sem nexo e parabéns pelo noivado! Tomara que ele não aconteça! – disse saindo dali.
(Minutos depois)
Entro na em casa e me dirijo para cozinha para arrumar as compras.
Porque ele se aproxima de mim e depois me afasta da pior maneira? Ele realmente gosta de ficar brincando comigo, mas eu não vou aceitar ser tratada como um brinquedinho que ele usa quando está longe da namoradinha dele, não vou mesmo!
Saio da cozinha e me dirijo para o meu quarto, mas paro no meio das escadas quando escuto a porta sendo aberta. Me viro para saber quem seria porque a minha mãe esta hora está no hospital. Sinto uma pontada no coração seguido de uma raiva extrema quando vejo o namorado da minha mãe fechando a porta.
O que ele está fazendo aqui? Ele não deveria aparecer aqui enquanto a minha mãe não está. Desço as escadas com o celular pronto para chamar a polícia.
- O que você está fazendo aqui? – pergunto.
- A sua mãe não te avisou? Eu esqueci o meu relógio aqui ontem, então a sua mãe me entregou a chave para vir busca-lo – falou se aproximando.
Meu corpo ficou imóvel e acabei deixando o celular cair no chão, me abaixei para apanhar ele, mas ele foi mais rápido e pegou primeiro. Eu dei passos trás e ele me seguiu.
- Não se aproxime de mim! – gritei.
- Eu só quero te entregar o seu celular, o que você está pensando?
Sinto minha respiração falhar a medida que ele se aproxima, as minhas pernas perdem força e eu caio ficando sentada nas escadas e o ar fica cada vez mais difícil de respirar e sinto tonturas. Sinto a mão dele tocando em meu ombro, eu o empurro usando a forca que me resta, mas ele segura o meu braço e caímos juntos até o final da escada, quando recobro a consciência me levanto e me dirijo para a saída da casa, mas ele segura o meu braço e agarra o meu cabelo com forca e isso me faz gritar de dor.
- Cale a boca ou será pior para você! Eu não queria te fazer mal mas você vive se vitimizado e inventando coisas para me prejudicar, mas isso vai acabar hoje sua putinha! – sussurou em meu ouvido.
Tento me soltar, mas ele puxa cada vê mais forte o meu cabelo, então paro de me mexer.
- Me deixe em paz seu nojento! – falo – se você não me soltar eu...
- Você o quê? Vai gritar? Ou... - ele é interrompido quando alguém bate a porta.
Ele fecha a minha boca, mas a pessoa bate mais uma vez a porta.
- Nem se atreva a tentar algo! – sussurou.
- Naty! Ouvi você gritando, você está bem? – escuto a voz de Lucas do outro lado – se você não me responder eu vou chamar a policia! – gritou ele do ouro lado da porta.
Ele o viu entrando! Nunca fiquei tão feliz por ter sido seguida por alguém em toda a minha vida!
- Voce escapou desta vez, mas se você contar para a policia o que aconteceu aqui a sua mãe vai pagar por isso! – falou ele me soltando.
Eu sai dacasa imediatamente, quando estava fora da casa vi o Lucas se aproximando de mim,mas tudo ficou escuro do nada e senti meu corpo indo em direcção ao chão.
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The Ordinary Girl
RomanceNatacha Barbosa era uma garota normal como qualquer uma, mas os seus dias normais se foram embora quando ela começou a se tornar desapercebida para as pessoas, mas tudo munda quando Lucas é transferido para a Universidade em que ela estuda. Lucas...