Capítulo 16

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Não consegui dormir a noite inteira e tive que tomar um café bem forte para não dormir durante a aula. Pensar no Lucas está me fazendo mal, eu tenho que passar um tempo pensando em mim mesma e hoje é o melhor dia para fazer isso.

Saio do elevador humorada e com forcas para aguentar tudo nesse dia, mas o meu bom humor desaparece quando vejo o Lucas encostado em seu carro.

O que ele está fazendo aqui?

Paro de tentar descobrir o que ele fazia ali e continuei andando em direcção a universidade discretamente, mas parece que não sou tão invisível assim.

- Naty! – diz ele segurando o meu ombro.

Eu me viro lentamente e levanto a minha cabeça para encara-lo e respiro fundo.

- O que foi? – pergunto serrando os meus punhos para tentar acalmar os meus ânimos.

- Podemos conversar? – pergunta ele olhando fixamente em meus olhos.

- Conversar o quê?! O que você está fazendo aqui? Qual é o seu problema? Você disse que eu deveria tirar o meu cavalinho da chuva porque "nós" nunca existiu e nunca vai existir! – acabo elevando a voz e me arrependo amargamente por ter feito isso porque ele faz uma cara confusa.

Ele não queria falar disso não é? Haaaaaaa! Que vergonha! Quero me trancar em casa por um mês.

- O que você está falando? – pergunta ele.

- Me deixe em paz! Você deve amar me fazer de idiota, ou talvez eu seja mesmo idiota! Ou talvez eu tenha visto coisas que não existem, mas isso não importa agora, só me diga o que você quer e vá embora – digo cruzando os braços, mas o meu rosto fica vermelho de vergonha e de raiva quando ele começa a rir.

- Está bem... a palhaça já fez o que tinha que fazer, agora me deixe em paz! – digo começando a caminhar, mas ele segura a minha mão e me puxa para um abraço.

- Espere... eu, eu só queria pedir perdão por ter sido tão duro com você antes – disse me envolvendo cada vez mais e eu não consegui raciocinar e deixei que ele me abraçasse – eu não sabia como lidar com isso e acabei te machucando, me perdoe Naty, por favor!

- Eu...

- O que você está fazendo com a minha namorada? – sou interrompida com a voz do Marcel.

O Lucas se afasta de mim e o Marcel me puxa para o seu lado, ele não estava nada contente com o que estava acontecendo.

- Nós estávamos só conversando, não invente coisas Marcel. – falou Lucas o encarando.

- Agora as pessoas conversão se abraçando? Eu não quero você tocando nela! – falou Marcel com os punhos cerrados.

Ele está com raiva de verdade ou é só encenação? Eu não quero descobrir isso tarde demais.

- Marcel, nós estamos atrasados, parem com isso por favor! – digo segurando a jaqueta que ele estava usando.

- Naty você pode seguir em frente, eu preciso conversar com o Lucas, nos falamos depois. – falou ele tirando a minha mão.

- Marcel, Por favor!

- Deixe a gente conversar Naty, se o Marcel quer conversar, não vejo motivos para não aceitar. – falou Lucas.

Está bem! Eu não me importo mais, que vocês se matem!

- Está bem, eu vou indo... – digo me dirigindo para a universidade sem olhar para trás.

(Na Universidade)

Entro na sala e me deparo com a Tânia sentada no meu lugar. Eu não estava com vontade nenhuma de conversar com ela, então decidi me sentar em outro lugar, mas ela me seguiu e perguntou:

- Você tem a certeza de que não quer se juntar a mim?

- Absoluta!

- Porquê? Você não gosta mesmo do Lucas?

- Isso não é da sua conta! E a Carol já contou o seu segredinho para o Lucas, então você não tem nada contra ela.

- Quem te falou isso?

- Isso não importa, mas a pessoa que me disse não inventaria isso.

- Isso? Ele não te falou do segredo?

- Não, e eu não quero saber!

- Há! Há! E você acredita nele? – perguntou em um tom de deboche e cruzou os braços.

- Sim! E não me interessa o que você descobriu, não quero saber!

- Então tá, não vou te contar que a qualquerzinha traiu o Lucas e acabou engravidando com isso, mas depois fingiu um acidente e culpou o Lucas por ter matado o bebe deles. – falou a Tânia.

- O quê?! Ela fez o quê? Não é possível, você deve estar mentido – falo.

- Pergunte para a sua fonte se eu estou mentindo, a qualquerzinha não é nenhuma santa e o Lucas deve estar sendo obrigado por essa louca a se casar com ele. – falou ela e depois voltou a se sentar no lugar dela.

Isso não é verdade, não pode ser... eu tenho que falar com o Marcel. Me levanto e me dirijo até a porta, mas quando vejo o professor entrando, sou obrigada a voltar.

Quando a aula termina saio correndo para a sala do Marcel e do Lucas, mas quando entro não vejo o Lucas na sala, eu ignoro isso e me dirijo até o Marcel.

- Marcel nós podemos conversar?

(Minutos depois)

- Eu não bati nele, se é isso que você queria perguntar – falou ele quando chegamos nas no terraço da universidade.

- Onde ele está?

- Ele tinha algo para fazer, então não veio – falou colocando as mãos nos bolsos das calças jeans pretas que colocava que combinavam com a jaqueta que ele usava – Se era só isso eu vou...

- Não! Espere, não era isso que eu queria perguntar – falo colocando uma das mãos na testa – eu queria perguntar se o Lucas está se casando porque quer ou porque foi obrigado?

- Eu pedi para você não ouvir nada do que a Tânia está insinuando, ela tentou te bater antes, porque você está acreditando nela?

- Eu não acreditei em nada! Mas porque você ficou nervoso com isso? É verdade o que ela me falou? É verdade que a Carol engravidou de outro homem e botou a culpa da perda do filho no Lu...

- Sim! Então pare com isso agora e nem pense em ficar falando isso para o Lucas.

- Você disse que ele sabia

- E ele sabe, só que... não fale com ele sobre isso, ele não vai gostar nada disso e vai achar que eu te contei sobre isso. – falou ele indo embora.

Essa história está mal contada, me perdoe Marcel, mas eu tenho que conversar com o Lucas sobre isso... 

The Ordinary GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora