Capítulo 15

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Fechei os meus olhos com as mãos e chorei mais, mas o Marcel tirou as minhas mãos e antes que eu pudesse fazer algo, senti os lábios dele encostando nos meus.

Fique sem reacção alguma, mas ele continuou me beijando. Seu beijo era suave e aos poucos ele perdia forças até que ele parou e olhou em meus olhos.

- Desculpa, eu, eu não sabia o que fazer – falei desviando o olhar, ruborizada.

- Você não precisa se desculpar por nada Naty, eu é que fui precipitado, mas eu não conseguia te ver chorando por ele – falou se levantando do sofá – você parece exausta, você precisa descansar um pouco, vou deixar você sozinha.

- Obrigado por aguentar o meu showzinho ridículo, e obrigada por me ajudar Marcel...

- Eu não sabia que você era tão sentimental, mas você não precisa aguentar tudo isso sozinha, afinal de contas você é a minha namorada agora, se precisar de um ombro para chorar você pode ligar para mim e virei o mais rápido que puder. – falou ele com um sorriso no rosto.

- Porque eu não me apaixonei por você Marcel?

- Há! Há! Engraçadinha, mas não precisa se sentir mal por isso, você não faz o meu tipo, com certeza você não teria chances comigo – falou em um tom convencido.

- É claro! Você não gosta de mulheres lindas e charmosas – falei cruzando as mãos fazendo beicinho.

- Não me faça rir Senhorita Natacha! Você pode ser muitas coisas, mas você não é charmosa – falou rindo.

As gargalhadas dele acalmaram os meus ânimos e acabei sorrindo sem querer.

- Finalmente você sorriu – falou ele se sentando novamente.

- Você não estava indo embora?

- Se você quiser que eu vá.

- Eu encontrei aquela garota que queria me espancar na Universidade. – falei encostando a minha cabeça no ombro dele.

- A Tânia? O que ela fez? Ela te bateu?

- Não, mas disse que conhece um segredo que pode acabar com o casamento do Lucas e da sua irmã e ela me propôs uma parceria para acabar com o noivado deles.

- Você aceitou?

- Não, e a-propósito, que segredo é esse que ela está falando, você não ficou surpreso quando falei sobre isso. – falei me afastando dos ombros dele para que pudesse o encarar.

- Não se preocupe em tentar descobrir sobre isso, a minha irmã já contou tudo para o Lucas – falou ele.

- Não é da minha conta não é?

- É algo que você não vai querer saber.

- Porquê?

- Está bem, eu vou te contar... - falou ele e fechou os olhos passando uma das mãos em seus fios loiros – Ela escondeu algo do Lucas e eu não posso contar nada do que aconteceu, desculpa.

Deve ter sido algo bem grave, mas não posso culpa-lo, isso não é da minha conta.

- Não há problema, entendo a sua situação, não vou te obrigar a falar nada e não vou procurar saber disso, não vou jogar sujo. – falei me levantando – você quer sair?

- Você deveria descansar!

- Eu não quero ficar sozinha aqui.

- Eu posso ficar a noite toda com você.

- Nos só temos algumas horas de namoro, não pretendo dormir com você!

- Você tem uma mente bastante fértil Senhorita Barbosa – disse ele.

(Algum tempo depois)

- Você deve parar de ficar comendo esse tipo de comida, isso vai te fazer mal um dia e você está engordado muito com isso – falou o Marcel dando um gole no suco de laranja que ele havia pedido.

- Pelo menos não vou morrer de fome que nem você! Você só pediu um suco e se diz a pessoa mais saudável do universo! – digo rolando os olhos.

- Eu sei quando comer, tenho um tempo especifico para comer, não fico me enchendo de comida o tempo todo e... – ele para de falar e presta atenção em algo que está atrás de mim.

- O que foi? O que você está vend... - digo e me viro para ver o que era, mas o Marcel me impediu colocando a mão dele sobre a minha.

- Eles não tinham outro lugar para ir? – fala ele voltando a olhar para mim – O Lucas e a Carol acabaram de entrar aqui.

- Eles estão vindo para cá? – pergunto.

- Não, não espere, eles nos virão e estão vindo para cá – falou ele – não se esqueça, eu sou o seu namorado e você não precisa esconder as coisas de mim Naty.

Eu fiquei confusa por um momento com o que o Marcel falou, mas depois ele beijou a minha mão e sorriu para mim, isso foi mais estranho ainda, mas só depois me apercebi o porquê dele ter feito isso quando olhei para o rosto do Lucas toda amarrada, ele não estava gostando nada daquilo.

Confesso que isso me deixou bastante contente, mas aquilo não era suficiente, ele precisa sentir o que eu estava sentindo também.

- Oi! Vocês aqui?! – falei dando um sorriso e cumprimentei a Carol.

- Nós estávamos aproveitando o nosso tempo livre – disse Carol olhando para o Lucas sorrindo – mas depois fiquei com fome, então decidimos comer aqui!

- Nós também! – disse Marcel olhando para mim – porquê vocês não se juntam a nos?

- Não vamos incomodar? – perguntou a Carol.

- Não, vocês podem se juntar a nós! – respondi.

Eles se sentaram e pediram o mesmo que nos pedimos. Depois de algum tempo conversando a Carol falou:

- Não vejo a hora de o final de semana chegar, assim nos poderemos ficar sozinhos na casa de praia da sua família amor!

- Eu também não vejo a hora – disse ele dando um beijo rápido nela.

Eu amo comer hambúrguer, mas depois daquela cena, não sei mais se vou conseguir comer sem me lembrar disso.

O Marcel viu a cara horrível que eu estava fazendo e me beliscou na coxa para que eu parasse.

- Que lindos! – falei – E nós amor? Quando a gente vai sair para passar o final de semana juntos?

- Quando você quiser – falou ele se aproximando de mim e me deu um beijo em meu pescoço.

Senti um arrepio que piorou depois que vi a cara feia que o Lucas fez, mas foi substituída rapidamente com um sorriso, o que me deixou confusa.

- O que vocês acham de viajar com a gente nesse final de semana? Poderíamos passar o final de semana em casal. – falou ele olhando em meus olhos.

Eu fiquei sem reacção e só consegui baixar os olhos para evitar o contacto visual com ele, mas o Marcel respondeu:

- Não acho que seja uma boa ideia, não queremos incomodar vocês. – falou ele colocando a mão em meu ombro – não é Naty?

Eu olhei para ele e quando estava prestes a concordar, a Carol se pronunciou.

- Não seria um incómodo, seria legal, poderíamos fazer coisas de casal e passarmos o tempo juntos! – falou em um tom humorado.

O que oLucas pretende com isso? Não foi ele quem disse para que eu parasse de criar expectativas?E agora dá uma de ciumento? Mas agora não vou cair mais nos joguinhos dele! Seele quiser que eu pare, ele também terá que parar!

The Ordinary GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora